terça-feira, 16 de julho de 2013

FÉRIAS, INVERNO E CRIANÇA - CUIDADOS

E MUITOS CUIDADOS REQUER DOS PAIS
NESTE PERÍODO DE FÉRIAS DURANTE
O INVERNO.
                                               Foto: Wavebreak Media /Corbis

         O período das férias escolares no inverno requer cuidados redobrados dentro de casa. Diferente do verão, nesta época do ano não há tantas atividades ao ar livre, mas é preciso estar atento a quedas, intoxicações e queimaduras entre os pequenos. De acordo com o pediatra Ronaldo Lerch, do Hospital da Criança Conceição (RS), o mais comum de se acontecer com crianças de até 14 anos são as quedas, que vão de tropeços às tentativas de sair do berço. A incidência maior de acidentes ocorre com meninos e a maioria não precisa de internação hospitalar.
         “Os acidentes que ocorrem durante as férias de inverno são diferentes. No verão, há mais quedas de skate, bicicleta, patins, afogamento na praia. Nas férias de julho, a maioria das crianças fica dentro de casa por causa do frio e opta por assistir televisão ou jogar videogame. Para evitar acidentes domésticos, os pais precisam ficar atentos para não deixarem medicamentos ou produtos de limpeza ao alcance das crianças, por exemplo”, observa o pediatra.
          No banheiro, é indicado usar tapetes antiderrapantes. Na cozinha, é recomendável atenção para não deixar panelas quentes à beira do fogão. Também é importante nunca deixar baldes e tanque cheios quando tiver crianças pequenas. Evitar móveis pontiagudos e proteger tomadas para evitar choques também são medidas de prevenção contra acidentes domésticos.
      Outro desafio durante férias é conseguir driblar as guloseimas que tanto chamam a atenção das crianças. Ronaldo Lerch lembra que o ideal é tentar conservar os horários das refeições e incluir todos os grupos alimentares. Opções para amenizar o frio como frutas assadas e sopas de legumes são alternativas saudáveis e nutritivas.

Fonte: Ana Paula Ferraz / Comunicação Interna do Ministério da Saúde

                                                Foto:Arq Felixfilmes

          No período de férias escolares, a criançada acaba abusando dos doces e, ocupadas com as brincadeiras, se esquecem da limpeza correta dos dentes. Com isso, é comum o aumento no número de casos de cárie, lesão que aparece na superfície do dente. Segundo dados do Ministério da Saúde, 60% das crianças com até cinco anos de idade já tiveram o problema. O coordenador do Programa de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, alerta que quanto mais açúcar na alimentação, maior a chance de a criança ter cárie e outras doenças da boca.
          Pucca ressalta que os pais ou responsáveis devem ficar atentos não só a quantidade e frequência de açúcar ingerido pela criança, mas também ao açúcar escondido nos alimentos. ”Que é aquele açúcar que vem nos alimentos e que, às vezes, as pessoas esquecem que têm nesses alimentos, por exemplo, os achocolatados, às vezes se coloca muito achocolatado no leite da criança, que às vezes, inclusive, mama mesmo que não se adicione o açúcar aquilo também tem açúcar. Então, é fundamental que após toda a alimentação da criança a higiene do dente da criança seja feita”, explica.
       O coordenador diz que os pais não devem acrescentar açúcar aos alimentos naturais como suco de frutas. ”É importante saber que o açúcar ele não deve nem ser adicionado porque o açúcar que é necessário para o organismo ele já está contido nos alimentos, então, o açúcar branco invariavelmente acaba fazendo mal e é importante saber que esse açúcar branco, além de provocar cáries dentárias , ele vai ter uma repercussão sistêmica em outras doenças que a pessoa pode desenvolver na adolescência, na vida adulta, como, por exemplo, o diabetes”, recomenda.
       O ideal, segundo o coordenador de Saúde Bucal, Gilberto Pucca, é reduzir aos poucos a quantidade de açúcar que se utiliza nos alimentos até o organismo se adaptar. O Ministério da Saúde conta com o Programa Brasil Sorridente que oferece tratamento dentário de graça pelo Sistema Único de Saúde.
      Com a chegada do período de férias escolares, as crianças passam a ficar mais tempo dentro de casa e, com isso, é comum o aumento de acidentes. O perigo pode estar na escada, no tapete da sala, na tomada de luz, na caixa de medicamentos ou na panela em cima do fogão. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre os principais acidentes estão as quedas, seguidas por envenenamentos, sufocamentos e afogamentos.
      A coordenadora da Área de Acidentes e Violências do Ministério da Saúde, Marta Silva, faz um alerta a vigilância constante por parte dos pais e responsáveis. ”A criança não tem esse conhecimento do risco. Então cabe a nós, adultos, pais, responsáveis, familiares, professores, cuidar das crianças. Tanto em casa como na creche ou numa escola. E mesmo na rua você tem que estar cuidadoso.”
    A coordenadora da área de acidentes e violências do Ministério da Saúde, Marta Silva, dá dicas de como deixar os pequenos longe dos perigos. ”Janelas com grade ou tela. Tomar todo o cuidado quando estiver manipulando o fogão, deixar a criança afastada e nunca deixar a panela ou vasilha quente  num lugar que a criança possa alcançar. Todo cuidado com material de limpeza é pouco, porque corre o risco mesmo da criança tomar. Aí você pode ter intoxicações desde as leves até as severas.”
     De acordo com levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 2009, mais de nove mil crianças entre zero e 12 anos foram atendidas nas principais emergências do País vítimas de acidentes domésticos.

            
    Foto: Brüderchen & Schwesterchen GmbH/Corbis                        Foto: Marcello Casal Jr./Abr

       Incentivar os filhos à pratica esportiva é fundamental para o seu desenvolvimento, além de combater o sedentarismo e as doenças que podem surgir de forma precoce por conta da falta de exercícios. As atividades físicas na infância são importantes para o desenvolvimento físico e cognitivo da criança. Desde pequena, ela deve ser estimulada a se movimentar, contanto que ela se sinta à vontade e seja respeitada as limitações em cada fase.
     Para isso, as atividades devem ser direcionadas aos pequenos sempre de forma recreativa e lúdica. Segundo o coordenador do Programa de Melhoria da Qualidade de Vida – Geração Saúde (CAS/CGESP/SAA/SE/MS) –, Rodrigo Rocha, o incentivo ao exercício físico deve surgir na forma de uma brincadeira. “Criança gosta da parte recreativa, então não se pode cobrar a parte técnica, como, por exemplo, saber a técnica da natação, a técnica do futebol. Ela vai se desenvolver de forma natural. Não há uma idade certa para iniciar uma atividade, a criança deve se sentir à vontade para praticar exercícios”, explica.
     A motivação para os exercícios é ainda melhor se os pais também forem fisicamente ativos. “Se os pais têm uma vida ativa, isso estimula os filhos a praticarem uma atividade. A natação para bebês acompanhados das mães auxilia na respiração e no tratamento de asma e de outras doenças respiratórias. Serve até mesmo como tratamento terapêutico também”, acrescenta o educador físico do Geração Saúde, Francisco Flávio Albuquerque.
    É importante não forçar a criança a praticar um esporte, pois pode transformar a diversão numa responsabilidade que ela ainda não deve ter. “Deve-se respeitar o tempo do amadurecimento da criança. Vemos muitos pais errando em cobrar os filhos para que eles se transformem no atleta que ele gostaria de ter sido. Isso queima etapas do desenvolvimento e a criança pode se tornar um adulto frustrado ou que não gosta de se movimentar, trazendo riscos a sua saúde”, enfatiza Lucinéa Fernandes, educadora física do Geração Saúde.
     Brincando de se exercitar - Experimentar vários esportes diferentes ajuda a diversificar o aprendizado da criança. A princípio, as atividades devem envolver muita recreação e cada fase sugere um esporte diferente. “Abaixo dos quatro anos não é indicado introduzir a criança em esportes como lutas, pois ela não tem tanto desenvolvimento motor e equilíbrio”, explica Francisco. Atividades como natação e balé são mais indicados para esse começo de vida.
     Acompanhando o crescimento, as noções do esporte entram de forma lúdica na atividade. “Quando se dá aulas de judô para crianças a partir de quatro anos, não se ensina a técnica em si, mas simulações, ensinando a imitar o movimento de um animal, coisas que elas vão assimilando. Com o tempo, elas vão pegando a técnica”, ensina Francisco. “Até o quinto ano escolar, a criança vê a recreação através dos jogos. Quando vai para o ensino fundamental, já começa a ter alguns fundamentos dentro da grade curricular da escola, onde se trabalha algumas modalidades como futebol e basquete. Com o avanço das séries, isso vai se aprofundando”, complementa Rodrigo.
     Na hora de matricular o filho em uma escolinha de esportes, os pais devem estar atentos à segurança do local para a atividade não envolver acidentes. “Com criança a gente sempre precisa estar de olho. É necessário ficar atento aos fatores de segurança do ambiente aonde vai levar seu filho e conhecer o profissional que estará guiando ele nas atividades”, finaliza Lucinéa.

Fonte: Fabiana Conte / Comunicação Interna do Ministério da Saúde



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