quarta-feira, 27 de novembro de 2013

AÇÃO DE GRAÇAS E SAÚDE PRA TODA A FAMÍLIA

É o dia observado como "um dia de gratidão" a DEUS
pelos bons acontecimentos
(a boa colheita) ocorridos durante o ano.


      Neste dia, as pessoas dão as graças com festas e orações em família. A maioria das pessoas celebra o dia de Ação de Graças se reunindo com a família e os amigos para um banquete tradicional.
     Nos EUA e no Canadá, é feriado nacional - Thanksgiving. É um feriado comemorado anualmente nos EUA na quarta quinta-feira de novembro. No Canadá a Thanksgiving é comemorado na segunda segunda-feira de outubro (a colheita acontece mais cedo por causa da diferença de temperatura).
     O Dia de Ação de Graças se destaca de outros feriados porque pode ser comemorado por praticamente todo mundo. Ele não está ligado a uma religião especificamente e as pessoas podem celebrá-lo da maneira como quiserem.


     As únicas tradições essenciais são fazer uma refeição com amigos ou com a família e agradecer pelo que se tem e pelo que 'colheu' no ano que passou. No mundo dos feriados, o Dia de Ação de Graças é o mais simples e puro possível. Veja +
    O primeiro Thanksgiving foi comemorado pelos colonos e índios americanos da colônia Nova Inglaterra no início do século 17, com a intenção de agradecer a Deus pela ótima colheita daquele ano. 
    Sua verdadeira origem, entretanto, remonta aos festivais de colheita tradicionais em muitas partes do mundo desde tempos antigos. Hoje em dia o dia de Ação de Graças é uma comemoração da vida doméstica, centrado na casa e na família.

  


    No ano de 1909, Joaquim Nabuco, embaixador do Brasil nos EUA assistiu ao dia de Ação de Graças e, impressionado, declarou: "quisera que toda a humanidade se unisse neste mesmo dia, para um Universal agradecimento a Deus".
    O presidente Eurico Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, em 17/08/49. O presidente Marechal Castelo Branco o regulamentou no ano de 1965, oficializando a quarta quinta-feira do mês de novembro para a comemoração em todo território Nacional"





Fotos:Arq.Felixfilmes


terça-feira, 26 de novembro de 2013

EdPopSUS - AULA INAUGURAL EM RECIFE - PE

Curso de educação popular em saúde
foi aberto na Fiocruz PE

Foto:Marcos Felix (ACS-Recife)

      Um momento de integração, com espaço para canto e poesia popular. Esse foi o clima da abertura do Curso de Educação Popular em Saúde (EdPopSUS), que lotou o auditório da Fiocruz Pernambuco nesta segunda-feira (25/11). O encontro reuniu representantes dos movimentos populares e gestores da saúde com os agentes comunitários (ACS) e de vigilância em saúde (AVS) do estado que serão alunos dessa capacitação. O encontro também marcou o início das atividades pedagógicas, que terão momentos presenciais e à distância. 
Foto:Solange Argenta-FioCruz-PE
       O EdPopSUS tem como objetivo formar os agentes  de saúde em relação às práticas educativas, de mobilização social, promoção da saúde e promoção da equidade, tendo como referencial político-pedagógico a Educação Popular em Saúde. A promoção do curso é da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministério da Saúde, ficando a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) responsável pela coordenação nacional do mesmo e a Fiocruz Pernambuco pela coordenação no estado.  A capacitação, com 54 horas/aula, será realizada, simultaneamente, nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal. A meta do Ministério da Saúde é capacitar 24 mil agentes em todo o país e 3.240 em Pernambuco distribuído em três módulos. Em seguida será oferecida uma etapa de aperfeiçoamento.


 Foto: Solange Argenta-FioCruz-PE

    A pesquisadora da Fiocruz PE e apoiadora nacional do curso, Paulette Albuquerque, destacou a importância do curso, nascido dos movimentos sociais e que faz parte da implantação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde, publicada no Diário Oficial da União na semana passada (portaria nº 2.761 de 19 de novembro de 2013).
    O diretor da Fiocruz Pernambuco, Sinval Brandão Filho, deu as boas vindas ao encontro, que contou com as presenças da secretária executiva de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde de Pernambuco, Cinthia Alves, dos secretários de saúde do Recife, Jailson Correia e de Olinda, Tereza Miranda e do representante da Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde (ANEPS), Cledson Reis, entre outras lideranças. Para Tereza Miranda "o grande diferencial desse trabalho é aprender a realizar uma troca respeitosa com os saberes da educação popular", assegurou.

LISTA ATUALIZADA DAS TURMAS
NÚCLEO PERNAMBUCO

             




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

EDPOPSUS--LOCAIS E DATAS DAS AULAS

VEJA NO LINK ABAIXO OS LOCAIS E 
DATAS DE SUA CIDADE E ESTADO




NUCLEO PIAUÍ--EDUCANDOS ( REMANESCENTES )

NÚCLEO - RJ DISTRIBUIÇAO DE TURMAS COM SEUS MEDIADORE-EDUCADORES

****************************************
NÚCLEO-PE LISTA DOS EDUCANDOS - REGIAO METROPOLITANA
NÚCLEO-PE LISTA DOS EDUCANDOS - SERTAO E AGRESTE

AULA INAUGURAL DIA 25.NOV. RECIFE

Foto:Marcos Felix (ACS-Recife)

ABAIXO LOCAIS E DATAS DAS AULAS PRESENCIAIS.
NÚCLEO PERNAMBUCO





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PENSE SEMPRE POSITIVO, MESMO EM SITUAÇÕES NEGATIVAS

Certamente não serão necessários grandes
estudos científicos para provar
o enorme benefício do pensamento positivo.


      O que dizer de quem recorrentemente se vitimiza? De quem tem uma tendência exagerada para olhar para o erro? De quem se movimenta pela maledicência? Será que as pessoas que recorrentemente antecipam cenários catastróficos e improváveis andam alegres a maioria dos seus dias? O que dizer de quem se crítica duramente e perdeu toda a sua autoestima? Será que encarar as dificuldades como um fardo alivia o esforço despendido? Quando você está confiante, bem-disposto, seguro, de bem com a vida, em controle das situações, quando perspetiva vir a ser bem sucedido, como  você pensa? Claramente, sem dúvida alguma, arrisco a dizer que pensa sempre positivo.
Pense sempre positivo. Vete todos os seus pensamentos negativos.
        Ainda que cada um de nós não possamos ser imunes aos pensamentos negativos, ou seja, até determinado ponto não possamos evitar que alguns pensamentos negativos nos invadam a mente, podemos não os seguir. No exato momento que temos consciência que estamos a ser tomados por uma avalanche de pensamentos intrusivos e negativos, podemos orientar a nossa atenção para a construção de pensamentos capacitadores, para pensamentos positivos. Desta forma, podemos pensar positivo, mesmo perante pensamentos negativos ou situações negativas.


Dicas para pensar positivo, mesmo em situações negativas:

ACREDITE EM SI MESMO

      A autoconfiança é um sentimento profundo da crença em nós mesmos que nos motiva para a ação deliberada. Na posse de autoconfiança lançamos mais facilmente desafios a nós mesmos. Acreditamos ter capacidades e habilidades para solucionar problemas que possamos estar a enfrentar. Acreditamos conseguir organizarmo-nos melhor no sentido de irmos ao encontro das nossas necessidades, objetivos e sonhos. O ponto de partida extremamente importante é a convicção de que você é capaz de conquistar algo significativo, ou que você tem, pode descobrir, ou construir algo especial para contribuir para ser bem sucedido.


DEFINA METAS CLARAS

      Se você não sabe por onde caminhar, poderá ir ter a um lugar que não quer ou que não gosta.  Se você perspetivar metas mais ambiciosas mas que tenha a perceção de serem alcançáveis, então fica no caminho certo para realizá-las. Oriente-se por aquilo que quer alcançar e não por aquilo que teme. Foque a sua mente nos seus objetivos ao invés de ficar paralisado pelo pessimismo ou negatividade.


CONSTRUA UMA IMAGEM MENTAL DO SEU SUCESSO

     Imagine-se a realizar os seus objetivos ou sonhos. Saboreie a experiência de ver-se a ultrapassar uma dificuldade, a bater um recorde, a ser promovido, o seu livro a ser publicado, a fazer uma venda, a dar um discurso e obter aplausos, a vencer uma corrida, a viver o seu sonho. Quando simulamos o que desejamos alcançar, aumentamos a probabilidade de construirmos também os passos necessários que asseguram as ações que nos levam à materialização da nossa visão.


TENHA VOZ ATIVA E RESPONSABILIZE-SE PELA SUA VIDA

      Quando remetemos as dificuldades e problemas que enfrentamos apenas para o que está ao nosso redor ou para os outros, podemos vir a desenvolver uma mentalidade de vítima. Não seja vítima de si mesmo. Não culpe os outros ou as circunstâncias. Você é o capitão do seu barco e deve decidir para onde quer ir e como quer ir. Se você está descontente com um aspeto da sua vida, então formule um plano para mudar o que pode ser mudado e siga em frente. Obviamente, por vezes a vida impõe toda a sua ferocidade, bate forte, derruba-nos, inflige-nos sofrimento, e naturalmente sentimos algum tipo de mágoa face às próprias circunstâncias. Mas o que importa perceber é que se nos remetemos à negatividade, vamos piorar ainda mais aquilo que já está mau. Após a tempestade da vida, compete-nos a nós mesmos decidir o caminho a seguir. O caminho da vitimização ou o caminho da responsabilização do futuro?

FALE PARA SI MESMO

      Torne-se no seu próprio motivador, orientando-se verbalmente de forma positiva. Por exemplo: no início do dia pode dizer para si mesmo: “Eu vou encontrar um forma de sentir-me melhor.” Ou, “Eu vou focar-me na melhoria do meu humor.” Quando as coisas dão errado ou você venha vacilar, não dê desculpas insalubres, ao invés diga algo como: “Eu não dei a devida importância ao que estava a realizar, mas eu posso aprender com esta falha.” A forma como narramos a nossa história ou como falamos para nós mesmos, momento a momento, tem um impacto enorme na maneira como olhamos o mundo e como vamos instituindo um padrão mental de pensamento. Tenha atenção à forma como fala consigo. Monitorize o seu diálogo interno autocrítico e escolha cuidadosamente as palavras que usa para orientar as suas ações e para moldar as suas crenças.


SUBSTITUA PENSAMENTOS NEGATIVOS POR PENSAMENTOS POSITIVOS

       Use as autoverbalizações positivas para superar as dúvidas, incertezas e negatividade dos pensamentos que tomam conta da sua mente. Deliberadamente construa um diálogo consigo mesmo que oriente os seus recursos e capacidades para a construção de soluções, tomando uma atitude positiva: “Eu posso superar este desafio.” Você não deve ignorar os problemas que enfrenta, nada disso. Mas com os problemas ou dificuldades em mente, deverá esforçar-se por adotar uma atitude construtiva e otimista que faça emergir toda a sua criatividade e capacidades de criação de soluções.
      Lembre-se dos dons com que você nasceu: Quando paramos para pensar acerca das coisas que ainda temos e somos capazes de fazer em vez de nos preocuparmos com o que não temos ou não estamos recebendo, isto muda a nossa perspetiva para melhor. Tomamos consciência que possuímos uma capacidade inata para aprender, para resolver problemas, para arranjarmos soluções quando tudo parece estar perdido. Que temos capacidade para procurar ajuda, para procurar informação, para nos motivarmos.
      Somos nós os atores da nossa vida, somos aquele que tem capacidade para pensar, para fazer, para criar e executar aquilo que pensamos poder ajudar-nos e servir-nos. Quando percebemos que temos em nós os recursos que nos permitem chegar onde pretendemos, deixamos de olhar para nós mesmo como vítimas, ou com auto-piedade. Recusamo-nos a olhar para nós como coitados, como miseráveis, ou com má sorte.


APRENDA A RELAXAR E A APROVEITAR A VIDA

    Promover a alegria e satisfação de vida é um investimento com enorme retorno positivo. Se você pode rir de coisas significativas, faça-o. A livre expressão da nossa energia face ao que apreciamos é promotor de bem-estar. Num estado de ser positivo, mais facilmente lidamos com as agruras da vida e com os obstáculos que se impõem.

    Não tente fazer tudo ao mesmo tempo. Não se torne sobrecarregado com o trabalho. Deliberadamente atribua a si mesmo pequenos mimos e faça coisas que no seu retorno o façam sentir-se bem. Relaxe, aprecie as coisas que tem de bom na vida. Use o seu corpo para beneficiar do bem-estar que pode usufruir através dos cinco sentidos. Reserve um tempo para você. Energize-se, disponha de algum do seu tempo e promova a alegria de vida.
    Se as pessoas que pensam positivo conseguem sentir-se mais realizadas, vivem mais tempo e são mais felizes do que as que pensam negativo, então porque razão muitas delas adotam um padrão de pensamento negativo? A resposta é que muitas pessoas acham que o pensamento negativo é a única opção, que é a única realidade. Não caia nessa armadilha. Pense positivamente.


Fotos:Arq.Felixfilmes



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

CONSCIÊNCIA NEGRA E SAÚDE

CULINÁRIA AFRO-BRASILEIRA


      Estima-se que, ao longo de quase quatro séculos, mais de de 11 milhões de africanos tenham sido trazidos para a América como escravos. Cerca de 4 milhões, para o Brasil. Coube a essa multidão suportar a parte mais difícil da construção do Novo Mundo: o trabalho mais duro, a carga mais pesada, a violência mais brutal. Os anos se passaram, o trabalho escravo deixou de ser a opção mais rentável e a escravidão foi legalmente banida. Como resultado de acontecimentos tão terríveis, ainda hoje os descendentes dos antigos escravos representam uma parcela significativa da população mais pobre e marginalizada do Brasil. Entretanto, essa não é a única parte da história, apesar de ser a mais conhecida, pois, do período escravocrata até o presente, muitos também encontraram caminhos para superar as dificuldades. Insubmissos, criativos e disciplinados, esses homens e mulheres viveram histórias vitoriosas.

     Dentre os limitados caminhos disponíveis aos escravos ou seus descendentes para alcançar a liberdade e prosperar, alguns foram especialmente importantes. Alguns deles utilizaram a criatividade e sensibilidade para dar vida a obras de artes visuais ou musicais que mudaram a trajetória das artes no Brasil. Outros se engajaram em lutas, fugas, revoltas, criaram organizações de ajuda mútua, conseguindo superar a opressão. Houve também os que, munidos apenas da própria fé, se tornaram líderes espirituais para milhares de brasileiros. E ainda os que tiveram acesso ao conhecimento, por meio da tradição ou da ciência e, sabendo aproveitar essa oportunidade, prosperaram como empresários, cientistas, intelectuais.

    Todas as histórias contadas aqui se passam na Bahia, especialmente em Salvador e cidades do Recôncavo. A razão é simples. Durante os primeiros séculos da colonização, Salvador era a capital do Brasil e também uma das  cidades mais importantes das Américas. Como o sistema escravocrata dominava, a população da cidade era, em sua maioria, formada por africanos e brasileiros negros e mestiços. O censo realizado em Salvador em 1807 contabilizou 50% de negros, 22% de mulatos e apenas 28% de brancos. Um predomínio que, aliás, se mantém até hoje. Por isso é que surgiram lá tantas expressões culturais de matriz africana que depois se espalharam por todo o país, como o samba-de-roda, a culinária afro-brasileira, a capoeira, o candomblé. Por isso aconteceram lá tantos episódios importantes para a história do negros. Assim, conhecer essas histórias é também conhecer melhor o Brasil.


   Há muitas formas de aprender: ler, ouvir, observar, praticar. Em busca de conhecimentos, homens e mulheres africanos e brasileiros percorreram todos esses caminhos, sempre com disciplina. Algumas mulheres encontraram esse saber na tradição. Fizeram de um fardo – a profissão de cozinheira – um poder. Aproveitando ingredientes e técnicas africanas, aprendidas com as mães e amigas, elas criaram aqui a culinária afro-brasileira. O sabor conquistou a todos e proporcionou a muitas dessas quituteiras, como as baianas de acarajé, a tão sonhada liberdade, independência financeira e até prosperidade. A fabricação desse bolinho ainda segue a receita tradicional e envolve tantos cuidados e mistérios que foi reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil. Em outro texto, contaremos a história de homens que encontraram esse conhecimento nos livros, nas universidades e no autodidatismo. São engenheiros, médicos, advogados, escritores e cientistas sociais que realizaram obras fundamentais para o Brasil. Mesmo em um país escravocrata, onde quase todas as portas estavam fechadas, eles descobriram os caminhos para o crescimento.

    A cena se repete há décadas, sempre no mesmo lugar. No pequeno largo que dá acesso à lagoa do Abaeté, ela surge sem avisar. Toda de branco, veste-se majestosamente, com uma longa saia engomada, linda bata feita de rendas e torço delicado sobre os cabelos. Maquiagem, um discreto esmalte cor-de-rosa, colar, brincos, pulseiras e anéis dourados completam a indumentária dessa filha de Oxum e Iansã, que combina fala mansa e temperamento obstinado. Com andar firme, mas sem pressa, mal olha para os lados ao atravessar a rua, enquanto os carros param para vê-la passar. Quem a vê assim, como uma rainha, nem imagina que a vida de Cira é feita de muito esforço. Ela acorda cedo, compra pessoalmente os ingredientes, participa do preparo da massa e acompanhamentos, orienta suas funcionárias sobre cada detalhe. Depois vem a hora da venda na rua, fritando os bolinhos e atendendo os fregueses até altas horas, todos os dias. Quem começou tudo foi a sua mãe, que já ocupava esse lugar antes dela nascer. Naquele tempo, Itapuã era pouco habitada, a clientela era pequena e mesmo no resto da cidade não havia muitas vendedoras da iguaria. Hoje, as coisas mudaram. Aonde quer que elas estejam – Cira, Dinha1, Loura, Chica, Ivone, Neinha, Regina e tantas outras – uma multidão se desloca diariamente para reverenciá-las e deliciar-se com o quitute incandescente que somente elas sabem fazer: o acarajé.


     Feito apenas com feijão fradinho, cebola, sal e frito no azeite de dendê fervente, não é à toa que esse misterioso bolinho tem a cor e a temperatura do fogo. O acarajé é um alimento sagrado, oferecido a Oyá, também conhecida como Iansã, a deusa africana que controla os ventos, as tempestades, os relâmpagos e tem poder sobre o fogo. Na religião dos orixás, os homens dialogam com os seus deuses através dos sacrifícios e oferendas de alimentos. O acará é um deles e veio parar no Brasil através dos escravos africanos iorubás. Como eram as mulheres negras que dominavam as cozinhas, não demorou para que essa e outras receitas africanas começassem a ser conhecidas e admiradas nas mesas brasileiras, conta Luis da Câmara Cascudo em seu livro A cozinha africana no Brasil. No Brasil colonial, acarajés, abarás e carurus, entre outros pratos, eram vendidos nas ruas em tabuleiros que as escravas de ganho equilibravam sobre suas cabeças, enquanto iam cantando pregões para atrair a freguesia. Com o que conseguiam juntar, muitas até conseguiram comprar a própria liberdade.

  

     Corajosas, independentes e empreendedoras, as “baianas”, como são chamadas, foram aos poucos arriando seus tabuleiros e se fixando em pontos estratégicos da cidade. Montar um tabuleiro para vender quitutes na rua, típico hábito africano, passou a significar, cada vez mais, a garantia do sustento da família. Além do preço acessível, do sabor delicioso e das qualidades nutricionais do bolinho de feijão, a simpatia das vendedoras sempre foi um tempero a mais, ajudando a conquistar uma freguesia cativa. Em Salvador, a partir da segunda metade do século XX, muitas delas ficaram famosas, como Romélia, Vitorina, Damásia e Quitéria, espalhadas principalmente pelo Centro e Comércio. Nas últimas décadas, a cidade cresceu na direção norte, levando prosperidade às baianas que trabalhavam perto do mar: Dinha, no Rio Vermelho; Dona Chica, na Pituba; Cira, em Itapuã. Mas há muitas outras rainhas do dendê, como Regina, na Graça e Rio Vermelho, a Loura no Horto Florestal, Dona Ivone no Bonfim ou Neinha nas Mercês.

    A vinda dos africanos não significou somente a inclusão de formas de preparo e ingredientes na dieta colonial. Representou também a transformação da sua própria culinária. Muitos pratos afro-brasileiros habitam até hoje o continente africano, assim como vários pratos africanos reinventados com o uso de ingredientes do Brasil, como a mandioca, também fizeram o caminho de volta.

      Sem duvidas, as grandes matrizes da diversa e variada cozinha brasileira está em um Portugal ampliado com a África, com o Oriente e com as centenas de culturas indígenas. No que se refere aos ingredientes africanos que vieram para o Brasil durante a colonização, trazidos pelos traficantes de escravos e comerciantes, esses constituem hoje importantes elementos da cultura brasileira. Seu consumo é popular e sua imagem constitui parcela importante dos ícones do imaginário do país.

     Pode-se caracterizar a cozinha de herança africana no Brasil como adaptativa, criativa e legitimadora de muitos produtos africanos e não africanos que foram incluídos regionais e em outros de presença nacional. O nosso tão celebrado coco-verde vem da índia, passando antes pela África Oriental, África Ocidental, Cabo Verde e Guiné para então fixar-se no Nordeste brasileiro.

     Vieram da África, entre outros, o cocô, a banana, o café, a pimenta malagueta e o azeite-de-dendê. Sobre este, dizia Camara Cascudo: “O azeite-de-dendê acompanhou o negro como o arroz ao asiático e o doce ao árabe”. O dendezeiro é uma palmeira de origem africana, e de sua polpa se extrai o azeite que dá a cor, o sabor e o aroma de tantas receitas deliciosas como o caruru, o vatapá e o acarajé.

Das delicias da África Brasileira todos já pudemos degustar.

     Quem não se demorou em torno a um fogão quente de arroz doce ou de pé de moleque aguardando a rapa do tacho, ou não esperou impaciente que a pamonha estivesse cozida ou a batata doce de São João cheirando por entre as brasas?

   Hoje em dia, os pratos e os temperos da cozinha negra fazem parte da nossa alimentação. São saboreados no dia-a-dia e também nas festas populares. Os caldos, extraídos dos alimentos assados, misturados com farinha de mandioca (o pirão) – já conhecido pelos índios – ou com farinha de milho (o angu), são uma herança dos africanos. Podemos lembrar que da África também vieram ingredientes tão importantes como o coco e o café.

A popular pamonha de milho, por sua vez, origina-se de um prato africano, o acaçá.

Não se pode deixar de mencionar um dos pratos afrobrasileiros favoritos do país: a feijoada, que também se originou nas senzalas. Os negros recebiam todas as sobras de alimentos dos donos das fazendas e faziam a mistura com o feijão, resultando em um alimento de grande consistência. O prato se tornou tradicional na cultura afro-brasileira e hoje faz parte de muitas festas. O prato leva como principais ingredientes carne defumada e de porco, couve e farofa.

     Doces de frutas como banana, jaca e laranja eram feitos na Serra da Barriga, antigo Quilombo dos Palmares.

    Os vegetais ocupam um papel importante na culinária africana, sendo a principal fonte de vitaminas e fazendo parte de vários pratos constituídos de milho, mandioca, inhame e feijão. Esses vegetais também fornecem fonte secundária de proteínas. Em geral, folhas verdes e hastes jovens são coletadas, lavadas, cortadas e preparadas no vapor ou fervidas em combinação com especiarias e outros vegetais como cebola e tomate.

     Os temperos utilizados na comida afro-brasileira são o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. O cuscuz já era conhecido na África antes da chegada dos portugueses ao Brasil, e tem origem no norte da África. No Brasil, o cuscuz é consumido doce, feito com leite e leite de coco, a não ser o cuscuz paulista, consumido com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes. O leite de coco é usado para regar peixes, mariscos, arroz-de-coco, cuscuz, mungunzá e outras iguarias.

    A cozinha negra fez valer os seus temperos, os verdes, a sua maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo ingredientes; fez a mesma coisa com os pratos da terra; e finalmente criou a cozinha brasileira, descobrindo o chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos com camarão seco e a usar as panelas de barro e a colher de pau.

Manifestação Cultural

O candomblé tem uma relação muito especial com a comida. Os devotos servem para os santos comida que pertencem à tradição africana. Como as comunidades negras se espalharam pelo Brasil, a culinária que veio da África se espalhou por todo o país.

“Olubajé: o banquete sagrado dos orixás“. Olubajé é um ritual onde são servidos alimentos da religiosidade afro.É também dedicado ao orixá Obaluaiê, o senhor da Terra. A cerimônia é indispensável nos terreiros de candomblé, prolongando a vida, e trazendo saúde a todos os filhos e participantes do axé.


      Festa de São Cosme e Damião: A festa é caseira, mas farta. Todos os anos, no mês de setembro, ela acontece em milhares de lares baianos. Difícil imaginar uma mais sincrética. O “Caruru de São Cosme e São Damião” homenageia os santos gêmeos da igreja católica, os Ibêjis do candomblé e também as crianças. Tudo precisa ser feito no mesmo dia: caruru, xinxim de galinha, vatapá, arroz, milho branco, feijão fradinho, feijão preto, farofa, acarajé, abará, banana-da-terra frita e os roletes de cana. A dimensão da oferenda é medida pela quantidade de quiabos do caruru. Cada um faz como pode: mil, três mil ou até 10 mil quiabos. Quando a comida fica pronta, coloca-se uma pequena porção nas vasilhas de barro aos pés das imagens dos santos, ao lado das velas, balas e água. Depois, serve-se o caruru a sete meninos com, no máximo, 7 anos cada. Eles comem juntos, com as mãos, numa grande gamela de barro ou bacia. Só então é a vez dos convidados participarem da celebração.
      A história da devoção a São Cosme e São Damião é antiga e atravessa continentes. Na Bahia, a fé nos santos irmãos ganhou importância principalmente pelo sincretismo com Ibeji, o orixá duplo dos nagôs, que representa os gêmeos. Alguns usam só quiabo, cebola, sal, camarão e azeite de dendê. Outros acrescentam castanha, amendoim, pimentão e tomate. Nutricionalmente, o caruru é um prato rico em ferro proveniente do quiabo e o dendê fornece vitamina A pela presença do betacaroteno, bom para a pele e para os olhos. Já com as castanhas e o amendoim, o prato é fonte de proteínas e gorduras insaturadas.
LEI 10639/03
    Desde a década de 90, o surgimento de um aparato jurídico normativo que contemplasse a diversidade étnico-racial era reivindicado intensamente pelo Movimento Negro; na discussão acerca das minorias raciais, étnicas, sexuais, religiosas etc.

    A relevância da questão racial para o equacionamento da questão social no país ficou mais evidente quando, durante a campanha presidencial de 2002, os principais candidatos à presidência da República se viram obrigados a tratar, no debate público em rede nacional de televisão, o tema das ações afirmativas para negros.

     A positividade do cenário se expandiu quando Lula sancionou, no dia 09 de janeiro de 2003, a lei nº 10639, a primeira do seu governo. A referida lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e introduz a obrigatoriedade da temática história e cultura afrobrasileira no Ensino Básico públicos e privados. Durante o primeiro ano, em meio a controvérsias e ambiguidades, o diagnóstico que inspirava as iniciativas governamentais em relação à questão étnico-racial, como citamos abaixo, coincidia com as expectativas da maioria dos grupos e entidades negras espalhados por todo o país. Além disso, o surgimento, no âmbito do Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Continuidade Alfabetização e Diversidade (SECAD), em 2003, indicava a importância que o tema da diversidade étnicoracial assumiria na área de política social do governo Lula.

    No ano seguinte, o Conselho Nacional de Educação CNE, a partir da Resolução n. 1, de 17 De Junho de 2004, favorece a formulação de diretrizes específicas para a educação das relações raciais.

20 de novembro - dia nacional da CONSCIÊNCIA NEGRA


OU CONSCIÊNCIA HUMANA ?

    Quase QUATRO QUINTOS da nossa História (é pouco isso?) foram vividos sob o regime escravocrata. A escravidão não foi praticada indiscriminadamente contra todos os seres humanos que aqui viviam até 1888. Não é possível que hoje queiramos fingir para nós mesmos que as consequências da escravidão sejam ainda sentidas, sem qualquer distinção, por brancos e negros.
    Falar que o Dia da Consciência Negra deveria ser substituído por um dia da “consciência humana” no nosso país seria como sugerir que todo esse passado de violência atroz contra os negros seja esquecido. Combinamos assim: “faz de conta que ninguém foi tratado diferentemente em razão da cor de sua pele e, por isso, hoje somos todos iguais. Humanos, com as mesmas oportunidades. Né?” Isso é o cúmulo da falta de consciência histórica!
     Se os seres humanos não tivessem inventado um sistema de dominação que submete outros seres humanos a um poder instituído com base na marginalização da maioria em razão de traços como origem geográfica e cor da pele, aí sim, seria lindo celebrar a humanidade como uma coisa harmônica.
     Mas, enquanto persistirem os efeitos dessas experiências de subjugação, exploração e aculturação que se abatem sobre aqueles a quem foi negado até o direito de serem reconhecidos e respeitados como seres humanos, temos a obrigação moral de reconhecer que infelizmente, no estágio evolutivo em que nos encontramos hoje, muito pouco há para se celebrar em razão do fato de sermos “todos seres humanos”, mas há muito o que se lembrar a respeito de tudo o que já se fez neste país contra seres humanos que, por causa da cor de sua pele, foram subcategorizados como uma raça inferior não pertencente à espécie humana.



Fontes:
Fotos: Arq.FELIXFILMES


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O QUE É EdPoPSUS ?

EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE PARA
FORTALECER O SUS - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE



OBJETIVO DO PROJETO
       Contribuir para aprimorar a atuação dos profissionais das equipes de Atenção Básica em Saúde, em especial, dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias ( AVS, ASP, entre outros)  em relação às práticas educativas, de mobilização social, promoção da saúde e promoção da equidade, tendo como referencial político-metodológico a Educação Popular em Saúde.
       Como objetivo específico, a realização do Curso Introdutório de Educação Popular em Saúde, com 53 horas e duração de um mês, para de 24.000 ACS/ACE, organizados em 3 Turmas de 8.000 estudantes cada.
      No Programa será utilizado o conceito ALUNO-EQUIPE, ou seja, para dar conta da multiplicidade de olhares necessários à de compreensão e à intervenção nas questões relativas ao processo de trabalho na saúde. Neste sentido, cada equipe será formada por um conjunto de ACS/ACE, entre 4 a 6 profissionais, preferencialmente de uma mesma Unidade de Saúde, podendo pertencer a diversas Equipes de Saúde da Família.
    Em sua primeira fase abrangerá,  preferencialmente as Capitais e Regiões Metropolitanas dos estados do Ceará, Piauí, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Distrito Federal,  Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
       O Programa envolverá, aproximadamente, 500 Atores Estratégicos, com os seguintes perfis:
     24 Orientadores de Aprendizagem: Coordenação pedagógica do processo, articulação dos atores locais. Trabalham direto (acompanham) com o mediador auxiliam o monitoramento do processo. Relação: 01 Orientador Pedagógico acompanha 10 Mediadores. Função: Estabelecer e manter articulado os grupos de mediadores e educadores populares de cada estado.
   120 Educadores Populares: Experiência em redes e espaços de participação e diálogo com movimentos populares. Pessoas identificadas nas localidades por sua articulação com movimentos e práticas populares de cuidado. . Relação: 01 Educador Popular para 02 Mediadores. Função: Acompanhará os estudantes nos momentos presenciais. Articula teoria com aspectos do cotidiano do ACS/AVS. Apoia a formulação de estratégias, o diálogo e a construção de ações, participará do momento de identificação do problema, desenvolver ações (oficinas) de trocas de saberes , promover vivências de práticas populares de cuidado e de reconhecimento dos espaços e saberes comunitários pelos ACS/AVS  Não necessariamente será pessoa com formação em nível superior.
  240 Mediadores: São pessoas com experiência em processos de formação, acompanhamento de grupos e compreensão do campo da Educação Popular em Saúde, Educação à Distância e Metodologias Participativas e Diálogo com movimentos sociais/populares. Relação: 01 Mediador acompanha até 08 Equipes de 05 Alunos cada, totalizando 40 alunos organizados em equipes. Função: Apoiará o processo de identificação do problema, estimulará a utilização do material disponibilizado. Vínculo direto entre o Curso e o Estudante.  Acompanhar e orientar estudantes nas atividades de Conexão e Presenciais.

COMITÊ GESTOR
     Com a responsabilidade da condução política do programa foi criado o Comitê Gestor, que tem como atribuição manter a unidade do projeto e construir viabilidade e sustentabilidade para sua execução foi constituído um Comitê Gestor, composto por:

APOIADORES NACIONAL SGEP
    Além do Comitê foi concebida uma estrutura descentralizada, composta por profissionais de referência para o tema da Educação Popular organizando uma Rede de Apoiadores Nacionais.
    Este conjunto de reúne atores sociais ligados aos Movimentos Sociais, às Universidades e aos Coletivos de Educadores Populares e tem como objetivo apoiar os demais núcleos em seus afazeres.

OS APOIADORES:

       
RAY LIMA                                             VERA DANTAS                                      PAULETTE CAVALCANTE
APOIADOR NACIONAL CE                   APOIADORA NACIONAL CE                       APOIADORA NACIONAL PE
                                                                                                                   Médica sanitarista, 
                                                                doutora em saúde pública,
                                            professora da Universidade   
                                           de Pernambuco e pesquisadora                                              da Fiocruz Pernambuco.
                                          Trabalha com os agentes 
                                           comunitários de saúde.
                                           Atua na formação              
                                           dos residentes em saúde.       



JOSÉ IVO PEDROSA - APOIADOR NACIONAL PI
Médico, Doutor em Saúde Coletiva. Professor da Universidade Federal do Piauí. Sujeito, pesquisador, ator e aprendiz de educação popular em saúde.

                
            GERT WIMMER                                                 RENATA PEKELMAN -                    VANDERLÉIA PULGA 
        APOIADOR NACIONAL RJ                           APOIADORA NACIONAL RS            APOIADORA NACIONAL RS
Dentista Especialista em Odontologia em                                                                   
Saúde Coletiva- UnB, Especialista em Saúde                                                            
da Família- Residência multi-profissional                                                                    
ENSP Fiocruz e Educador Popular                     

                          
VERA JOANA BORNSTEIN - APOIADORA NACIONAL RJ
Graduada em Serviço Social pela UFRJ, mestrado em Administração em Saúde na Universidade Nacional Autônoma de Nicarágua e doutorado em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz: orientador Eduardo Stotz, título da tese: O agente comunitário de saúde na mediação de saberes. Principais temas trabalhados: educação popular em saúde, saúde coletiva, saúde da família e gestão dos serviços de atenção


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ESPECIAL DIA 12 DE NOVEMBRO A SAÚDE BÁSICA EM FOCO

EM CARÁTER EXTRAORDINÁRIO HAVERÁ SEÇÃO PARA A
VOTAÇAO DO PISO NACIONAL
DOS AGENTES COMUNITÁRIOS SAÚDE
E COMBATE ÀS ENDEMIAS.


O CAMINHO DAS PEDRAS
O INÍCIO, O MEIO E OS FINS
DO LONGO CAMINHO DA TRAMITAÇAO DOS PROCESSOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PISO NACIONAL DOS AGENTES DE SAÚDE NO BRASIL.

PL 7495/2006 Inteiro teor 
Projeto de Lei
Situação: Pronta para Pauta no PLENÁRIO (PLEN)
Origem: PLS 270/2006
Identificação da Proposição
Autor
Senado Federal - Rodolpho Tourinho - PFL/BA
Apresentação
06/10/2006
Ementa
Regulamenta os §§ 4º e 5º do art. 198 da Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de pessoal amparado pelo parágrafo único do art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006, e dá outras providências.

Explicação da Ementa
Cria 5.365 (cinco mil, trezentos e sessenta e cinco) empregos públicos de Agente de Combate às Endemias, no âmbito do Quadro Suplementar de Combate às Endemias da FUNASA. Revoga a Lei nº 10.507, de 2002. Regulamenta a Constituição Federal de 1988.

Indexação 
Regulamentação, Constituição Federal, Saúde, Regime Jurídico, Agente Comunitário de Saúde, Agente de Combate às Endemias, (SUS), responsabilidade, Estados, requisitos, residência, comunidade, formação profissional, ensino fundamental, dispensa, processo seletivo, participação, Conselho de Saúde, Fundo Estadual de Saúde. _ Criação, emprego público, quadro de pessoal, (FUNASA), Quadro Suplementar, Agente de Combate às Endemias, vigilância epidemiológica, jornada de trabalho, contratação, prazo, enquadramento, pessoal, proibição, contrato temporário, terceirização, ressalva, combate, endemia.

Informações de Tramitação

Forma de Apreciação
Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

Regime de Tramitação
Urgência art. 155 RICD


Despacho atual:

Data Despacho
08/04/2010 Às Comissões de 
Educação e Cultura; 
Seguridade Social e Família; 
Trabalho, de Administração e Serviço Público; 
Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e 
Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). 
Em consequência, determino a criação de Comissão Especial para apreciar o PL 7495/06 e seus apensados, nos termos do art. 34, II.
Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
Regime de Tramitação: Prioridade


************************************8


09/06/2010
Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7495, de 2006, do Senado Federal, que "regulamenta os §§ 4º e 5º do art. 198 da Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de pessoal amparado pelo parágrafo único do art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006, e dá outras providências" (cria 5.365 empregos públicos de Agente de Combate às Endemias, no âmbito do Quadro Suplementar de Combate às Endemias da FUNASA) ( PL749506 )
Aprovado requerimento do Sr. Maurício Rands que requer a realização de Seminário no Estado de Pernambuco para discutir o Projeto de Lei número 7.495 de 2006 e seus apensos, debatendo temas como o Piso Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias, além de outros assuntos suscitados na Comissão Especial.
Aprovado requerimento do Sr. Geraldo Resende que requer a realização de Seminário descentralizado na cidade de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul, para discutir o Projeto de Lei número 7.495 de 2006 e seus apensos.
Aprovado requerimento do Sr. Efraim Filho que requer a realização de Seminário na cidade de João Pessoa, no Estado da Paraíba, sem ônus para a Casa, para debater o Projeto de Lei número 7.495 de 2006 e seus apensos
Aprovado requerimento do Sr. Geraldo Resende que requer a realização de Seminário descentralizado na cidade de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul, para discutir o Projeto de Lei número 7.495 de 2006 e seus apensos.
Aprovado requerimento do Sr. Efraim Filho que requer a realização de Seminário na cidade de João Pessoa, no Estado da Paraíba, sem ônus para a Casa, para debater o Projeto de Lei número 7.495 de 2006 e seus apensos
Aprovado requerimento do Sr. Efraim Filho que requer a realização de Seminário na cidade de João Pessoa, no Estado da Paraíba, sem ônus para a Casa, para debater o Projeto de Lei número 7.495 de 2006 e seus apensos

**************************************

04/10/2011
Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7495, de 2006, do Senado Federal, que "regulamenta os §§ 4º e 5º do art. 198 da Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de pessoal amparado pelo parágrafo único do art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006, e dá outras providências" (cria 5.365 empregos públicos de Agente de Combate às Endemias, no âmbito do Quadro Suplementar de Combate às Endemias da FUNASA) ( PL749506 )
Apresentação do Parecer do Relator, PRL 1 PL749506, pelo Dep. Domingos Dutra Inteiro teor
Parecer do Relator, Dep. Domingos Dutra (PT-MA), pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa de todos os projetos sob parecer; pela NÃO IMPLICAÇÃO EM AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DE RECEITA OU DESPESA dos Projetos de Lei nº 6.033, de 2009, nº 6.035, de 2009, nº 6.129, de 2009, nº 7.401, de 2010; nº 1.355, de 2011; nº 1.399, de 2011; e nº 1.692, de 2011; pela COMPATIBILIDADE E ADEQUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA dos Projetos de Lei nº 6.754, de 2010, nº 7.495, de 2006, nº 298, de 2007, nº 6.111, de 2009, nº 6.681, de 2009, nº 7.056, de 2010, nº 7.095, de 2010; 7.363, de 201; nº 486, de 2011; e nº 658, de 2011, e, no mérito, pela aprovação dos Projetos de Lei nº 7.495-A, de 2006; nº 298, de 2007; nº 6.033, de 2009; nº 6.035, de 2009; nº 6.111, de 2009; nº 6.129, de 2009; nº 6.681, de 2009; nº 6.754, de 2010; nº 7.056, de 2010; nº 7.095, de 2010; nº 7.363, de 2010; nº 7.401, de 2010; nº 486, de 2011; nº 658, de 2011; nº 1.355, de 2011; nº 1.399, de 2011; e nº 1.692, de 2011, na forma do Substitutivo; e pela INCOMPATIBILIDADE E INADEQUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA dos Projetos de Lei nº 4.568, de 2008, nº 4.907, de 2009, e nº 6.460, de 2009

*****************************


23/10/2013
PLENÁRIO ( PLEN ) - 20:07 Sessão Deliberativa Extraordinária
Discussão em turno único.
Prejudicado o Requerimento do Dep. José Guimarães, Líder do PT, que solicita votação nominal para o Requerimento de retirada de pauta deste Projeto de Lei.
Prejudicado o Requerimento do Dep. José Guimarães, Líder do PT, que solicita a retirada de pauta deste Projeto de Lei.
Votação do Requerimento do Dep. José Guimarães, Líder do PT, que solicita o adiamento da discussão por duas sessões.
Encaminhou a Votação o Dep. Sibá Machado (PT-AC).
Em razão do resultado proclamado pela Mesa: "Rejeitado o Requerimento", foi solicitada a verificação da votação pelos Deputados José Guimarães, Líder do PT; e Arnaldo Faria de Sá, na qualidade de Líder do PTB, passando-se à sua votação pelo processo nominal. 
Prejudicado o Requerimento por falta de "quorum" (OBSTRUÇÃO). Sim: 5; não: 202; abstenções: 4; total: 211.  Votação
Adiada a discussão por falta de "quorum" (OBSTRUÇÃO).

*******************************

30/10/2013
PLENÁRIO ( PLEN )
Apresentação do Requerimento n. 8937/2013, pelo Deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que: "Requer a inclusão, na Ordem do Dia do Plenário, do Projeto de Lei nº 7.495/2006, que "regulamenta os §§ 4º e 5º do art. 198 da Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de pessoal amparado pelo parágrafo único do art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006, e dá outras providências"". Inteiro teor
Apresentação do Requerimento de Inclusão na Ordem do Dia n. 8948/2013, pelo Deputado Dimas Fabiano (PP-MG), que: "Requer apoio e Inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei 7495/2006 que trata do piso salarial dos agentes comunitários de Saúde". 

******************************

04/11/2013
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )
Indeferido o Requerimento n. 8.888/2013, conforme despacho do seguinte teor: "Indefiro o Requerimento n. 8.888/2013, nos termos do art. 142 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, porque os Projetos de Lei n. 7.495/2006, 6.523/2013 e 6.524/2013 tratam de matérias correlatas. Publique-se. Oficie-se."

***********************************

VEJA NO JORNAL DA CÂMARA FEDERAL ALGUMAS NOTÍCIAS SOBRE O ASSUNTO.

              

FONTE:  CÂMARA FEDERAL


A CONACS TEM UM CONVITE

        A CONACS – Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde, por intermédio de sua Diretora Presidente, vem por meio desta CONVOCAR, todos os ACS e ACE do País para participarem da “4ª VIGÍLIA NACIONAL DO PISO SALARIAL DOS ACS E ACE”, que se realizará nos dias 12 e 13 de novembro de 2013, na Esplanada dos Ministérios, Brasília -DF a partir das 08:00 horas da manhã do dia 12/11, com concentração no Congresso Nacional. Na programação ainda deverá constar a apreciação da votação do PL 7495/06 e Audiências no Senado Federal a fim de discutir a aprovação do PL 7495/06 e outros temas de financiamento da saúde pública do País.

           É de igual forma fundamental que todos os colegas ACS e ACE, independentemente de serem ou não filiados a alguma Federação ou Sindicado da categoria se mobilizem nos dias 11 e 12 de novembro, através de PARALIZAÇÃO GERAL com concentração nas prefeituras, reivindicando apoio dos Prefeitos ou fazendo mobilização e abordagem aos Deputados e Senadores de cada Estado nos Aeroportos das capitais, especialmente nos dias 11/11 e 12/11 e em horários de vôos com destino a Brasília, e aqueles que tiverem condições, venham em caravanas para Brasília, pois precisamos de todos!

      Esclarecemos que esta mobilização é em caráter de urgência e está sendo promovida com o objetivo de obtermos uma posição dos Deputados e Senadores diante da regulamentação do Piso Salarial Nacional dos ACS e ACE, já que depende exclusivamente dos parlamentares a regulamentação da EC 63/10. A presença e participação de todas as Federações filiadas à CONACS, sindicatos da categoria, ACS e ACE e simpatizantes da causa, será fundamental para a conquista dos nossos objetivos de aprovação do Piso Salarial Nacional.

      OBS: Em tempo, informamos que esta mobilização será organizada pela CONACS e demais entidades sindicais envolvidas no movimento! Maiores informações serão disponibilizadas a qualquer momento via site www.conacs.com.br , podendo entrar em contato via telefone 062 9949-8365 / 8196-3838, 062 3505-1315 (13:00h às 17:00h), ou ainda por e-mail conacs2011@hotmail.com.  

        Sem mais para o momento e certa de contar com a presença e participação de todos, envio votos de amizade e apreço.

A União faz a força!

Ruth Brilhante de Souza
Presidente da CONACS