sábado, 31 de agosto de 2013

Mais Médicos em Recife

Neste dia 2 de setembro.


         O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, recebe, nesta segunda-feira (2), em Recife, os profissionais brasileiros que começam suas atividades pelo Programa Mais Médicos em Pernambuco. Na primeira seleção do programa, 1.096 médicos com diplomas do Brasil confirmaram sua atuação em 454 municípios de todo o país. A partir da próxima semana, esses profissionais vão atuar em unidades básicas de saúde do interior e das periferias de grandes cidades.

     O Mais Médicos foi lançado pela presidenta da República Dilma Rousseff no dia 8 de julho e visa ampliar o número destes profissionais nas regiões carentes.

Recepção dos médicos brasileiros inscritos no Programa Mais Médicos
Data: 02/09
Horário: 10h
Local: Sala Caio da Fonte, Marante Plaza Hotel, Av. Boa Viagem 1070 – Recife (PE)



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ATUALIZAÇÃO DA CADERNETA DE VACINAÇÃO INFANTIL

Terminou hoje, 30 de agosto


       Menores de cinco anos devem ser levados aos postos para avaliação da caderneta. Ministério da Saúde passa a disponibilizar aplicativo para tablets e smartphones, com as vacinas ofertadas pelo SUS

      A campanha nacional para atualização da caderneta infantil terminou nesta sexta-feira (30). A ação foi realizada em parceria com estados e municípios. Crianças menores de cinco anos devem ser levadas aos postos de vacinação para que a caderneta seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo com a situação encontrada.

    A meta é vacinar as crianças que não estiverem com a caderneta em dia. O público nesta faixa etária é estimado em 14,4 milhões de crianças. Na campanha, são oferecidas todas as vacinas do calendário básico infantil: BCG, hepatite B, penta, inativada poliomielite (VIP), oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). As vacinas oferecidas são as mesmas da rotina.



      Durante o Dia D de mobilização, realizado no último sábado (24), o ministro Alexandre Padilha vacinou crianças contra poliomielite e convocou pais ou responsáveis a aproveitarem a campanha para colocar a vacinação das crianças em dia. “Hoje são tantas as vacinas oferecidas pelo SUS, de graça para a população, que algumas vezes fica difícil para os pais saberem se está tudo em dia. São disponibilizadas vacinas para quase 20 doenças. Esta é uma oportunidade para checar se as crianças estão com todas as vacinas em dia. Não podemos esquecer que a criança só fica, realmente, protegida depois que tomar todas as doses previstas no calendário básico”, explicou.

    O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que também participou da mobilização em Brasília, destacou a importância da ação. “É segunda vez que realizamos no Brasil um tipo de campanha como esta, com a oferta de todas as vacinas para atualizar o cartão da criança. Como o Programa Nacional de Imunizações oferece um número grande de vacinas - que são aplicadas em períodos diferentes - não é raro as crianças estarem com o calendário atrasado”, ressaltou.
APLICATIVO– Durante a mobilização, o ministro Alexandre Padilha anunciou o lançamento do aplicativo Vacinação em Dia para tablets e smartphones, disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A ferramenta é uma forma fácil, moderna e ágil de acompanhar o calendário vacinal de crianças e adultos. No aplicativo, estão disponíveis todas as vacinas ofertadas pelo SUS e o usuário poderá cadastrar até 10 carteiras de vacinação.

        A partir da inserção da primeira vacina no calendário, o aplicativo calcula quando o usuário deve comparecer novamente para uma nova imunização e envia um lembrete por mensagem. O usuário também irá receber um lembrete para comparecer aos postos de saúde a cada campanha sazonal, com destaque para o dia D, que normalmente acontece no primeiro dia da mobilização.

                             

       O aplicativo funcionará em tablets e smartphones que utilizem sistemas operacionais iOS e Android 2.2 ou superior. O usuário pode baixar o Vacinação em Dia no Google Play e futuramente na Apple Store.

ZÉ GOTINHA- Desde o dia 18 de agosto, estão sendo veiculados vídeos e jingles para divulgação da campanha em emissoras de TVs abertas e fechadas e nas rádios. Também foram produzidas peças para divulgação na internet, mídia indoor e mídia exterior e materiais gráficos. Para a operacionalização da campanha, o Ministério da Saúde disponibilizou a estados e municípios R$ 18,6 milhões. A ação envolve 34 mil postos fixos de vacinação - além dos volantes – e 350 mil profissionais de saúde, além da utilização de cerca de 40 mil veículos.

VITAMINA A- O Ministério da Saúde também passa a disponibilizar para as crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade - residentes em todos os municípios das Regiões Norte e Nordeste e municípios prioritários do Plano Brasil Sem Miséria das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul - a suplementação de vitamina A. A suplementação, com megadoses de vitamina A, contribui para a redução do risco global de morte, mortalidade por diarreia, além de ajudar no desenvolvimento e crescimento das crianças. A vitamina A também pode ser recebida na rotina dos serviços de saúde.


Fonte: Min da Saúde


MAIS MÉDICOS PARA MENOS MÉDICOS

O Ministério da Saúde esclarece.
        Que os municípios que se inscreveram no Programa Mais Médicos são proibidos, por força do termo de adesão e compromisso e da portaria interministerial, de demitir profissionais já contratados para substituí-los por participantes do programa. Os municípios que descumprirem esta regra serão excluídos do programa, com remanejamento dos médicos participantes para outras cidades, e serão submetidos a auditoria do Ministério da Saúde.
      Para assegurar o cumprimento desta regra, o Ministério da Saúde estabeleceu um conjunto de filtros preventivos:

         A prefeitura é obrigada a manter a quantidade de médicos na Atenção Básica que já tinha antes da adesão ao programa, sem ocupar estes postos com profissionais remunerados pelo Ministério da Saúde. Ou seja, os profissionais do Mais Médicos só podem ser incluídos para expandir a capacidade de atendimento naquela cidade, formando novas equipes de Atenção Básica ou preenchendo vagas naquelas em que faltava médico. O controle desta trava é feito online no sistema do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), impedindo que o médico participante do projeto seja direcionado a postos que estavam ocupados antes da adesão do município.
        Todos os médicos que já estavam cadastrados na Atenção Básica de um determinado município foram impedidos de se inscrever no programa para atuar nesta mesma localidade, o que impede a migração de profissionais para a bolsa do Mais Médicos dentro de uma mesma cidade.
       Enquanto participarem do Mais Médicos, os municípios só poderão desligar médicos da Atenção Básica em situações excepcionais justificadas à coordenação nacional do Programa Mais Médicos, como, por exemplo, descumprimento comprovado de carga horária e/ou outra falha ética ou profissional do médico.



Fonte: Min.da Saúde



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

FUMANTE PASSIVO - PRONTO PRA PASSAR DESTA PARA OUTRA

Ar poluído contém cerca de três vezes mais nicotina do
que a fumaça que o fumante recebe pelo filtro do cigarro


         Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a 3ª maior causa de morte no mundo é o tabagismo passivo. O ar poluído contém cerca de três vezes mais nicotina e até cinquenta vezes mais substâncias que causam câncer do que a fumaça que o fumante recebe pelo filtro do cigarro.


        É comum crianças que convivem com fumantes terem problemas respiratórios, de ouvido e também resfriados. Entre os menores de 2 anos, há 5 vezes mais chances de ocorrerem mortes súbitas (Síndrome da Morte Súbita Infantil), quando os pais são fumantes. Entre adultos que são fumantes passivos há o aumento de 30% do risco de câncer de pulmão e 24% de infarto.
          

       Amanda Brito, 23 anos, nunca fumou, no entanto, ela convive diariamente com fumantes. Ela se incomoda com hábito dos colegas. “Às vezes meu nariz coça só de eu estar próxima à fumaça. Peço aos amigos que não fumem na minha presença”, conta. A estudante é asmática e já passou mal em uma boate devido ao número de fumantes no ambiente. “Havia várias pessoas fumando a minha volta, fiquei sem ar, tive que ser retirada do local pelo segurança”, conta.
         

      Segundo o pneumologista Ricardo Meirelles, aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes têm mais chances de contrair doenças causadas pelo uso do tabaco.  Além de doenças a longo prazo, fumantes passivos também podem ter tosse, dores de cabeça, problemas alérgicos e irritação nos olhos. “Estudos mostram que garçons não-fumantes que trabalham em locais onde é permitido fumar tem duas vezes mais riscos de adquirirem doenças do pulmão. O risco é muito grande”, comenta.


         A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

2 - Em crianças:
• Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.

3 - Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Fotos:Arq.Felixfilmes.



domingo, 25 de agosto de 2013

ESPECIAL - ACE ( AGENTE DE CONTROLE DE ENDEMIAS )

NESTE MOMENTO ABORDAREMOS
UM TEMA PARA DISCUSSÃO.
QUESTÃO 1.
QUAL A ORIGEM DOS RECURSOS PARA A FUNÇÃO ?
QUESTÃO 2.
QUAL MINISTÉRIO CONTROLA E ADMINISTRA A FUNÇÃO?
QUESTÃO 3.
EM QUE PARTE DA REDE SUS ESTÁ INCLUÍDA A FUNÇÃO?
QUESTÃO 4.
QUAL PORTARIA MINISTERIAL REGULAMENTOU A FUNDÃO ACE ?
QUESTÃO 5.
QUAL ENTIDADE DE CLASSE DE NÍVEL NACIONAL REPRESENTA ACE?


TÉCNICO EM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE - 1.200 HORAS
        Atuando na perspectiva de promoção, prevenção e proteção da saúde, orienta e acompanha famílias e grupos em seus domicílios e os encaminha aos serviços de saúde. Realiza mapeamento e cadastramento de dados sociais, demográficos e de saúde, consolidando e analisando as informações obtidas; participa, com as equipes de saúde e a comunidade, da elaboração, implementação, avaliação e reprogramação do plano de ação local de saúde. Participa e mobiliza a população para as reuniões do conselho de saúde. Identifica indivíduos ou grupos que demandam cuidados especiais, sensibilizando a comunidade para a convivência. Trabalha em equipe nas unidades básicas do Sistema Único de Saúde, promovendo a integração entre população atendida e os serviços de atenção básica à saúde.



Agente de Controle de Endemias - ACE
       Vistoria de residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais para buscar focos endêmicos. Inspeção cuidadosa de caixas d’água, calhas e telhados. Aplicação de larvicidas e inseticidas. Orientações quanto à prevenção e tratamento de doenças infecciosas. Recenseamento de animais. Essas atividades são fundamentais para prevenir e controlar doenças como dengue, chagas, leishmaniose e malária e fazem parte das atribuições do agente de combate de endemias (ACE), um trabalhador de nível médio que teve suas atividades regulamentadas em 2006, mas que ainda tem muito o que conquistar, especialmente no que diz respeito à formação.

                       

        Assim como os agentes comunitários de saúde (ACS), os ACEs trabalham em contato direto com a população e, para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, esse é um dos fatores mais importantes para garantir o sucesso do trabalho. “A dengue, por exemplo, representa um grande desafio para gestores e profissionais de saúde. E sabemos que um componente importante é o envolvimento da comunidade no controle do mosquito transmissor. Tanto o ACS como o ACE, trabalhando diretamente com a comunidade, são atores importantes para a obtenção de resultados positivos”, observa.

                      


      O ACE é um profissional fundamental para o contole de endemias e deve trabalhar de forma integrada às equipes de atenção básica na Estratégia Saúde da Família, participando das reuniões e trabalhando sempre em parceria com o ACS. “Além disso, o agente de endemias pode contribuir para promover uma integração entre as vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental . Como está em contato permanente com a comunidade onde trabalha, ele conhece os principais problemas da região e pode envolver a população na busca da solução dessas questões”, acredita o secretário.


Precarização

      Durante muito tempo, as ações de controle de endemias foram centralizadas pela esfera federal, que, desde os anos 70, era responsável pelos chamados ‘agentes de saúde pública’. Mas, seguindo um dos princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1999 as ações de vigilância passaram a ser descentralizadas e hoje o município é o principal responsável por elas. O problema é que boa parte dos agentes ficou precarizada, sem um piso salarial comum e trabalhando por contratos temporários.


          Apenas em 2006 foi publicada a lei 11.350 , que descreve e regulamenta o trabalho dos ACEs e ACS. O texto diz que o trabalho dos agentes deve se dar exclusivamente no âmbito do SUS, que a contratação temporária ou terceirizada não é permitida (a não ser em caso de surtos endêmicos) e que deve ser feita por meio de seleção pública – alguns municípios já vêm realizando seleções. A lei diz ainda que um dos requisitos para o exercício da atividade do agente de endemias é ter concluído um curso introdutório de formação inicial e continuada. E aí surge um problema: se, por um lado, a qualificação é requisito para exercer esse trabalho, por outro, apenas alguns estados oferecem cursos de formação para esses profissionais. “Ainda não existe um padrão definido nacionalmente. É nessa proposta que stamos trabalhando”, explica Gerson Penna.


        O secretário se refere a um processo coordenado pelo Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (Deges/ SGTES/MS), com participação da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), da EPSJV/Fiocruz e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que pretende estabelecer referenciais curriculares para orientarem as escolas técnicas na elaboração de seus cursos, além de resolver uma outra questão: a definição do perfil de competências dos profissionais de nível médio. Isso porque o ACE é, na prática, responsável pelas atividades descritas no início deste texto, mas essas atribuições ainda não estão formalmente delimitadas. “As atribuições dependem do perfil epidemiológico da localidade onde os agentes trabalham e da organização dos serviços de saúde, pois o gestor municipal é soberano na definição de suas prioridades. Mas sabemos da necessidade de definir mais claramente os papéis de cada profissional quando pensamos o trabalho em equipe, e estamos empenhados nesse sentido”, explica Penna.


       Os ACS já têm suas ações estabelecidas pela Política Nacional de Atenção Básica e, segundo Carlos Eduardo Batistella, pesquisador da EPSJV, a definição das competências dos agentes de endemias é importante para que eles também venham a ter uma identidade mais forte. “Se compararmos os agentes de endemia aos agentes comunitários de saúde, creio que, apesar de todos os enfrentamentos, os ACS se veem com mais clareza como uma categoria profissional”, diz.


       Quanto à formação, a ideia que está se configurando é a de oferecer não apenas uma qualificação inicial, mas um curso técnico em vigilância. De acordo com Gerson Penna, uma formação ampla certamente atenderia de forma mais integral às necessidades da comunidade. “Quando falamos de endemias , muitos são os fatores que determinam esse problema ou interferem nele: há questões ambientais, sociais, culturais e econômicas, entre outras. Uma formação mais ampla torna possível compreender os problemas e realizar o iagnóstico com clareza, identificando seus determinantes e optando por ações mais eficazes, numa abordagem integral”, opina.

                   

Um pouco de história

     Quando as ações de vigilância foram descentralizadas, em 1999, coube à Funasa capacitar e ceder aos estados e municípios seus 26 mil agentes, conhecidos como guardas sanitários, supervisores, guardas de endemias ou matamosquitos. “O trabalho deles era caracterizado por uma atuação quase especificamente em uma doença: havia os guardas da malária, os guardas da dengue, os guardas da esquistossomose e assim por diante. Esses profissionais conheciam bem uma ou duas doenças, e sua formação era basicamente instrumental, ou seja, dissociada de qualquer base científica maior ou de conteúdos de formação mais ampla. A formação estava absolutamente restrita ao conteúdo técnico para o controle daquela determinada doença, de modo que eram feitos treinamentos de curta duração, respaldados por guias ou cartilhas elaborados dentro da própria Funasa”, diz Batistella.

       Para dar conta de um processo formativo voltado para esses trabalhadores, surgiu o Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde (Proformar ), através de um convênio entre a EPSJV, a Funasa e, mais tarde, a SGTES. O programa ofereceu cursos de formação inicial entre 2003 e 2006, com o objetivo de fazer com que os agentes atuassem mais articuladamente com a própria realidade. “A ideia era levar os alunos a realizarem um trabalho de campo nas áreas em que já atuavam, fazendo um diagnóstico das condições de vida e saúde da população, identificando situações de risco, potencialidades e vulnerabilidades do local”, explica Batistella, que coordenou o programa.

      Para estruturar o curso, teve início em 2001 uma série de oficinas em todos os estados brasileiros, elaborando diagnósticos e estudando o tipo de formação mais apropriado para atingir os trabalhadores da Funasa. “Mas, à medida em que realizamos as oficinas, nos deparamos com a seguinte realidade: além dos profissionais estimados, já havia outros milhares contratados pelos municípios e pelas secretarias estaduais. Em 2001, em vez de 26 mil, havia 85 mil trabalhadores a serem formados”, diz Batistella. Em quase três anos o Proformar qualificou 32 mil trabalhadores.

Próximos passos

        De acordo com Batistella, o Proformar poderia ser encarado como uma qualificação inicial – um primeiro módulo comum a todo o país – para um curso técnico em vigilância em saúde. “Nosso curso não aprofundava nenhuma prática específica da vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental ou da saúde do trabalhador, mas dava um conhecimento comum do SUS e da área de vigilância. Assim, como já tinha expressão em todo o país, poderia ser concebido como módulo introdutório em um itinerário formativo”, afirma, explicando que essa ideia acabou não se tornando uma diretriz nacional. “Os trabalhadores têm reivindicado a continuidade da formação, inclusive devido à obrigatoriedade estabelecida pela lei 11.350. Os agentes que já atuam no SUS e aqueles que passaram nos processos de seleção querem ter seus certificados, e outras pessoas querem ter a formação justamente para participarem do processo seletivo”, ressalta Batistella.

        Desde que o programa terminou, o MS começou a organizar o processo de construção de um itinerário formativo semelhante ao realizado para ACS e técnicos em higiene dental (THD). É justamente esse o processo que está em curso na SGTES, para definir o tipo de curso que se deseja oferecer e o profissional que se quer formar. E o primeiro passo desse processo foi uma pesquisa relativa às atribuições dos trabalhadores de nível médio nas áreas de vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental e de saúde do trabalhador, para verificar se havia perfis nítidos ou se as áreas se sobrepunham. A análise das entrevistas mostrou que, em muitos municípios, trabalhadores vinculados à vigilância atuavam em mais de uma área. “Isso foi registrado, em geral, nos municípios pequenos, que são a maioria no país. Neles, há uma espécie de atuação complexa. Enquanto isso, nos municípios de médio e grande porte e, em especial, nas capitais, a diferenciação
nas ações é muito maior. Há uma certa especialização e os profissionais atuam com identidade forte em apenas uma das vigilâncias”, diz Batistella. “Assim, percebeu-se que a variação nas atividades está bastante vinculada ao tamanho e à capacidade de organização dos municípios para o desenvolvimento dessas práticas”, completa.

      De acordo com Batistella, até o momento as questões levantadas ao longo desse processo, seja pelos trabalhadores seja pelas instituições formadoras, apontam para a necessidade de uma formação técnica integrada, envolvendo trabalhadores de todas as vigilâncias em uma formação ampla. A ideia é que, após as definições do MS, as escolas desenvolvam suas propostas de curso para apresentarem nos conselhos estaduais, à luz do perfil de competências e dos referenciais estabelecidos. “Hoje, algumas escolas já estão se movimentando para organizar essas propostas, que depois só vão precisar ser revisadas pelos referenciais. Como oferecemos na EPSJV o curso técnico de vigilância em saúde, recebemos em 2008 mais de dez escolas que pediram assessoria para construção curricular. Fizemos uma oficina de trabalho, procurando auxiliar as escolas na busca de referenciais teóricos e metodológicos para a estruturação de suas propostas”, conta Batistella, lembrando que, quando o referencial nacional estiver pronto, todas as Escolas deverão tê-lo como base.

      A vigilância e controle de vetores, em Fortaleza, são gerenciadas pelo Núcleo de Controle de Endemias (Nucen), que também coordena o trabalho de educação e mobilização em saúde, cujo foco é a conscientização, por parte da população, no combate à proliferação dos focos do mosquito.

     Os agentes de controle de endemias, ou agentes sanitaristas, contribuem para melhorar a saúde em nossa cidade, exercendo um trabalho importante para diminuir a incidência de doenças. Eles atuam no controle da dengue, leishmaniose visceral (calazar), leptospirose, raiva e doença de Chagas, além do combate a proliferação de baratas, cupins e escorpiões.

       Dentre as principais ações realizadas pelos os agentes sanitaristas, no combate à dengue, estão as visitas diárias a domicílios, quinzenais a pontos estratégicos (borracharias, oficinas mecânicas, sucatas, cemitérios e canteiros de obras) e locais de difícil acesso. Durante as visitas acontece a identificação dos focos do mosquito, o tratamento de depósitos (como a proteção de pneus e garrafas) e a destruição dos depósitos inservíveis (como casca de ovo e copos descartáveis). As ações de rotina, além de contribuir para a redução da infestação por Aedes aegypti, podem evitar a sua reintrodução em outras áreas.

      Os agentes identificam e orientam os proprietários de terrenos baldios, para que realizem limpeza sistemática do local; realizam os bloqueios dos casos de dengue, notificados pela vigilância epidemiológica ou informados pelas equipes motorizadas; fazem a vedação e telamento de caixas d'água; promovem parcerias com os municípios limítrofes (Maracanaú, Eusébio e Caucaia), para ações integradas de controle focal; utilizam o UBV (ultra baixo volume), ou fumacê costal, um equipamento de controle químico, usado em bloqueios e borrifação de prédios públicos, canais, galerias e antes de eventos com grande aglomeração de pessoas.

       Realizam reuniões de sensibilização junto à população, para prevenir a infestação de dengue nos imóveis, capacitação para agentes comunitários de saúde, sobre vigilância e controle da dengue e outras endemias. Trabalham com educação em saúde (orientação, panfletagem e conscientização da população), em operações especiais de tratamento químico no período pré e pós a realização de grandes eventos (carnaval, festejos juninos, fortal, halleluya e outros). Também são responsáveis pelo peixamento, colocação de peixe-beta em caçimbas, tanque de água permanente.

     As ações também se estendem a coleta de pneus, em parceria com a empresa municipal de limpeza e urbanização – emlurb, de segunda a sábado, cada dia em uma regional diferente, com um agente identificando os pontos de coleta, como pequenas borracharias, locais já conhecidos de abandonos de pneus e terrenos baldios. Além de atividades especiais, voltadas para órgãos públicos, com o objetivo de evitar a proliferação de focos, treinamento dos encarregados pela limpeza e manutenção do local e articulação com outras secretarias municipais.

       Os agentes são responsáveis pelo Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), pesquisas larvárias, feitas nos momentos das visitas, que estimam a presença do mosquito em imóveis da capital. O objetivo é que gestores e população conheçam os locais mais críticos, possibilitando uma atuação mais eficaz para a eliminação dos criadouros de mosquitos.

     A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o índice seja inferior a 1%. A taxa significa a quantidade de imóveis onde se encontram larvas do mosquito transmissor. É fundamental que os depósitos de difícil acesso sejam rotineiramente inspecionados, devendo ser adotada estratégia diferenciada para essa inspeção.

     Para facilitar o trabalho dos agentes sanitaristas, a identificação desses profissionais pela população, oferecendo mais segurança aos moradores diante da visita domiciliar realizada por eles, a Prefeitura de Fortaleza entrega fardamento completo a cada um. O fardamento é importante também para promover economia com vestuário pelos agentes.

     OS AGENTES DE CONTROLE DE ENDEMIAS DEVEM ANTES DE TUDO SE EMPODERAR OS DIREITOS ATRAVÉS DA LEITURA SOBRE A ORIGEM, CONCEITOS, ATRIBUIÇOES E REGULAMENTAÇÃO LEGAL DESTA PROFISSÃO.

ABAIXO ESTÃO AS INFORMAÇOES DE FONTES OFICIAIS SOBRE A PROFISSÃO DE ACE.

SOBRE A SAÚDE DOS ACE
MODELOS DE PROVAS PARA CONCURSO DE ACE


REFERÊNCIAS:


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Redação e resumo: Marcos Felix ( ACS e adm. deste blog )
Fotos: Arq. Felixfilmes.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CALCULE SEU PESO IDEAL E TENHA UMA BOA QUALIDADE DE VIDA

O que é IMC


         IMC significa Índice de Massa Corporal e trata-se de uma medida do nível de gordura de cada pessoa. É uma media de referência internacional reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

        O método de cálculo do IMC é simples e rápido e permite uma avaliação geral para definir se uma pessoa se encontra em risco de obesidade.
Para determinar o IMC, basta dividir o peso do indivíduo (massa) pela sua altura ao quadrado. A massa deve ser definida em quilogramas (kg) e a altura em metros.

       Portanto, a fórmula de cálculo do IMC = massa / (altura x altura). Por exemplo, uma pessoa que pesa 58 kilos e mede 1,65 metros terá como resultado um IMC de 21,3. De acordo com os dados de referência, esta pessoa tem um peso adequado à altura.

                  

Os dados de referência para um adulto estão indicados abaixo:

< 18,5    - Baixo peso
18,5-24,9 - Normal
25,0-29,9 - Sobrepeso

30,0-34,9 - Obesidade Leve

35,0-39,9 - Obesidade Moderada
40,0-49,9 - Obeso Mórbido

50,0-59,9 - Super Obeso

> de 60,0 - Super Super Obeso


        É importante lembrar que essa tabela não é válida para crianças. O IMC infantil possui uma tabela específica que deve ser verificada ao longo do tempo. Isso porque as crianças têm tendência a emagrecer conforme vão crescendo.

       Uma outra fórmula para cálculo da gordura corporal é denominada RIP (Recíproco do Índice Ponderal) e calcula-se dividindo a altura (em centímetros) pela raiz cúbica do peso (em quilos).


O que é Qualidade de vida:


        Qualidade de vida é o método usado para medir as condições de vida de um ser humano, esse método envolve o bem físico, mental, psicológico e emocional, relacionamentos sociais, como família e amigos e também saúde, educação e outras circunstâncias da vida.

       A Qualidade de Vida é medida pela Organização Mundial da Saúde, que desenvolveu um questionário para aferir a qualidade de vida. Esse questionário é composto por seis domínios: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos.

     O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano é um modo de medir a qualidade de vida nos países, comparando riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores, é uma maneira de avaliação e medida do bem-estar de uma população.

      Qualidade de vida foi um conceito criado pelo economista J.K. Galbraith, em 1958, que veicula uma visão diferente das prioridades e efeitos dos objetivos econômicos de tipo quantitativo. De acordo com este conceito, as metas político-econômicas e sociais não deveriam ser perspetivadas tanto em termos de crescimento econômico quantitativo e de crescimento material do nível de vida, mas sim de melhoria em termos qualitativos das condições de vida dos homens. Isso só seria possível através de um melhor desenvolvimento de infraestrutura social, ligado à supressão das disparidades, tanto regionais como sociais, à defesa e conservação do meio ambiente, etc.

      Geralmente, saúde e qualidade de vida são dois temas muito relacionados, uma vez que a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e esta é fundamental para que um indivíduo ou comunidade tenha saúde. Mas, não significa apenas saúde física e mental, mas sim que essas pessoas estejam bem consigo mesmo, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio.

      Para garantir uma boa qualidade de vida, deve-se ter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter uma alimentação equilibrada, relacionamentos saudáveis, ter tempo para lazer e vários outros hábitos que façam o indivíduo se sentir bem, que tragam boas consequências, como usar o humor para lidar com situações de stress, definir objetivos de vida e fazem com que a pessoa sinta que tem controle sobre sua própria vida.

     Qualidade de vida é diferente de padrão de vida, e muitas pessoas confundem os termos. Padrão de vida é uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

RECADASTRAMENTO DO BOLSA FAMILIA EM RECIFE - PE

<<<< DOIS AVISOS >>>>

Beneficiários do Bolsa Família devem fazer
recadastramento até o dia 13 de dezembro

 


        A Prefeitura do Recife informa que as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) devem ficar atentas ao recadastramento no programa. O Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome comunica que, àqueles que receberam uma correspondência informando que teriam até o dia 17 de janeiro para fazerem o procedimento, o prazo final foi antecipado e será possível se recadastrar até o dia 13 de dezembro de 2013. Isto porque o encerramento financeiro do Governo Federal acontece no dia 20 de dezembro deste ano, ou seja, em janeiro de 2014 os beneficiários que não forem recadastrados serão bloqueados no PBF automaticamente.


       O segundo aviso importante é a respeito das 1,6 mil famílias no Recife que estão com o recurso suspenso por não cumprirem as condicionalidades exigidas pelo programa, entre as quais, a frequência escolar e a não atualização da carteira de vacinação de suas crianças. Para evitar que essas famílias percam o direito ao benefício, a PCR está fazendo um mutirão para atender essas pessoas na próxima semana, pois as mesmas só terão até o dia 31 de agosto para regularizar a situação. Para isso, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos está entrando em contato com todas essas famílias por telefone, solicitando o comparecimento nos postos de atendimento – RPA 5 e 6 na Empresa de Urbanização do Recife (URB), e as demais regiões nos seus respectivos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS).

    Aos que não receberam o comunicado por telefone, evitem comparecer aos locais citados entre os dias 26 e 30 de agosto para resolver demais pendências, no sentido de não causar tumulto.

CRAS Santo Amaro: 3355 3255
CRAS Boa Vista: 3355 3234
CRAS Alto Santa Terezinha: 3355 7874
CRAS Campina do Barreto: 3355 3252
CRAS Nova Descoberta: 3355 6610
CRAS Dois Irmãos: 3355 6610
CRAS Iputinga: 3355 6258
CRAS Roda de Fogo: 3355 7303
CRAS Totó: 3355 0208
CRAS Mustardinha: 3355 0208
CRAS Boa Viagem: 3355 8916
CRAS Ibura: 3355 3226
CSU Afrânio Godoy: 3355 6924
CSU Eraldo Gueiros: 3355 3253
CSU Novaes Filho: 3355 4452
CSU Bido Krause: 3355 0211
URB
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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A MANCHA QUE NÃO É FALTA DE HIGIENE - PRESTE ATENÇÃO

O que é acantose nigricans?

 

     A acantose nigricans é uma doença rara da pele, caracterizada por hiperqueratose (excesso de queratina) e hiperpigmentação (lesões de cor cinza e engrossadas, que dão um aspecto verrugoso ). É frequentemente associada à obesidade e endocrinopatias, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, acromegalia, doeça do ovário policístico, diabetes insulino-resistente, síndrome metabólica, e Síndrome de Cushing.
        Embora possa ocorrer em qualquer local da superfície corpórea, a área mais atingida é a região posterior do pescoço, seguida pelas axilas, face lateral do pescoço, superfícies flexoras dos membros, região periumbilical, inframamária, mucosa oral ou mesmo, em casos raros, planta dos pés e palma das mãos.
      As principais causas são as endocrinopatias: a obesidade é o distúrbio mais comum, freqüentemente associado ao hiperinsulinismo, ao diabetes mellitus e à resistência à insulina.
   

Alguns casos são congênitos. Outros podem ter sido induzidos devido ao uso de drogas, como corticoesteróides e anticoncepcionais orais. As acantoses malignas, por outro lado, são geralmente provocadas devido a tumores no trato gastrintestinal.  Quando há proliferação de células da epiderme em direção à derme, diz-se ser uma acantose.

COMO SE DESCOBRE A DOENÇA (DIAGNÓSTICO)
      Os sinais da acantose nigricans são bastante evidentes. Em muitos casos eles geram incômodos sociais, já que podem estar em áreas bem expostas, como o rosto ou pescoço. As lesões progridem de forma lenta. Muitas vezes só se nota estas quando já estão bem escuras e espessas. Diante dos sinais a pessoa deve procurar imediatamente um médico.

     Acantose_Nigricante No consultório uma cuidadosa análise clínica será feita, assim como algumas dúvidas serão tiradas com relação ao histórico familiar e com relação aos hábitos alimentares. Ao analisar a aparência das lesões, a coloração, a espessura e a extensão, por exemplo, o profissional já tende a suspeitar de um caso de acantose nigricans. Como as lesões são, geralmente, os únicos sintomas da doença, são nelas que o médico concentrará sua atenção.

     Pacientes obesos ou portadores de alguma patologia endócrina fazem parte do grupo de risco para a acantose nigricans. O médico levará isto em conta no seu diagnóstico. Quando este for confirmado deve-se dar início imediato ao tratamento, para que novas lesões não surjam e para que as mesmas sejam amenizadas. O tratamento pode envolver sessões de laser e aplicação das pomadas, entretanto, não existem medidas específicas para acantose.
 

SINTOMAS
    As lesões surgem de forma progressiva e gradual. Aos poucos certas áreas do corpo começam a ficar mais e mais escuras. Tanto nos homens quanto nas mulheres elas possuem a mesma aparência. Em pessoas obesas possuem lugares em comum, entretanto, na grande maioria os locais mais acometidos são as dobras e as pregas como as axilas, a virilha e o pescoço. Não são doloridas e somente em algumas pessoas costumam provocar coceiras. As acantoses malignas podem vir acompanhadas de sintomas mais fortes, já que geralmente estão associadas a tumores.

      Os sinais mais evidentes de acantose nigricans são, portanto, áreas escuras e grossas em regiões de dobras e pregas. Podem ou não causar coceira. Diante destes indícios não deixe de buscar por ajuda. Apesar de não trazerem muitos transtornos algumas acantoses podem ser malignas ou ser sintomas de outras doenças preocupantes.

PREVENÇÃO
      Certas acantoses possuem origem congênita, nestes casos não há muito o que se fazer. Basicamente, é importante consultar com frequência um médico especialista para que a saúde de sua pele esteja sempre monitorada. Casos na família também devem servir como um fator preocupante. Existindo parentes com tal disfunção realize exames de rotina e cuide do seu corpo. A obesidade, por exemplo, é uma das principais condições que leva a pessoa a desenvolver acantose nigricans. Portanto, mantenha hábitos alimentares saudáveis e pratique exercícios físicos. O sedentarismo é algo que deve ser evitado por todos.acantose-nigricans

     Alguns medicamentos, como hormônios de crescimento e pílulas anticoncepcionais, também podem acabar provocando estas lesões na pele. Fique atento a este fato e diante de qualquer evidência converse com um profissional.

TRATAMENTO
    Não há atualmente um método de tratamento único para acantose nigricans. Alguns remédios são utilizados com o intuito de prevenir alterações na pele e amenizar as já existentes. E é nisto que o tratamento acaba se baseando.

     Sessões de laser e de dermoabrasão estão provocando resultados favoráveis em muitas pessoas e são algumas das alternativas mais recorridas. Estes procedimentos ajudam a amenizar os danos e a deixar a superfície acometida menos espessa. As áreas escuras e grossas da pele deixam muitos pacientes com vergonha de sair à rua ou de usar pouca roupa.  Um acompanhamento psicológico pode ser considerado para ajudá-los a levar uma vida melhor. Grupos de apoio também são uma boa alternativa.

                    

MAS...ATENÇÃO.
São conhecidos quatro tipos de acantose nigricans
Síndrome de Miescher: forma benigna e hereditária;
Síndrome de Gougerot Carteaud: forma benigna e possivelmente hereditária, mas que surge em mulheres jovens;
Pseudo-acantose nigricans: forma juvenil e benigna associada a alterações endocrinológicas;
Acantose maligna: manifestações paraneoplásicas do adulto associada freqüentemente com tumores do trato gastrointestinal ou genitourinário, como linfomas e melanomas.
A acantose nigricans evolui de forma lenta e resulta em escurecimento progressivo das áreas afetadas e as lesões não são acompanhadas de outro sintoma. Normalmente, acomete axilas, virilhas e pescoço, mas, em certos casos, pode afetar lábios, palmas das mãos, plantas dos pés, entre outras áreas.
      Não existe um tratamento específico para esta doença. O correto é  tratar a causa da acantose nigricans. No entanto, quando a causa não é encontrada, existem produtos de uso tópico derivados dos retinóides que são uma opção para a melhora do aspecto das lesões, sendo que devem ser prescritos pelo médico de acordo com cada caso. Em certos casos, medicações orais também podem ser prescritas, como a tretinoína (como por exemplo, Retin-A), entre outras. Tratamentos dermatológicos como a dermoabrasão o laser terapia pode ajudar a suavizar a espessura de determinadas áreas afetadas.
      Diante dos sinais é imprescindível buscar por ajuda. Somente um profissional poderá avaliar cada situação e decidir se é ou não grave. Nunca realize auto-medicações. O uso incorreto de fármacos pode piorar um estado ou ainda mascarar doenças mais graves. Portanto, consulte sempre um profissional para saber qual é a melhor abordagem. Existem no mercado alguns cremes e pomadas com vitamina A que ajudam a deixar a pele mais brilhante e esconder um pouco as lesões. Pergunte sobre esta opção para o médico. Tire com ele as dúvidas e converse sobre as incertezas, sua saúde depende disto.

      Acantose Nigricans é visto em homens e mulheres. É mais comum em quem está acima do peso, têm a pele mais escura e tem condições de diabetes ou pré-diabetes.

      A frequência de Acantose Nigricante varia entre grupos étnicos e aparece em:
1% dos Caucasianos
6% dos Latinos
13 por cento dos Americanos africanos
34 por cento dos Americanos Nativos

     Todos os grupos étnicos são igualmente em risco de Acantose Nigricans, quando o índice de massa corporal (IMC) é bem acima do normal.

EM OUTRAS PALAVRAS

     Com o uso demasiado de insulina em sua corrente sanguínea, frequentemente pode ocorrer a Acantose Nigricans, pois quando você come, seu corpo converte carboidratos em moléculas de açúcar, como a glicose. Algumas destas glicoses são usadas para energia enquanto o resto é armazenado. Para usar a glicose para energia, a insulina também deve ser usada. A insulina permite que a glicose entrar as células.

     Pessoas obesas tendem a desenvolver resistência à insulina ao longo do tempo. Embora o pâncreas produz insulina, o corpo não pode usá-la corretamente. Isso cria um acúmulo de glicose no sangue, que pode resultar em altos níveis de glicose e insulina na corrente sanguínea.

     Excesso de insulina faz com que as células normais parem de reproduzir em uma taxa rápida. Para aqueles com pele escura, estas novas células têm mais melanina. Este aumento de melanina produz um remendo da pele que é mais escura que a pele em torno dela. Assim, a presença de Acantose Nigricans é uma forte indicação de diabetes futura. Se esta é realmente a causa, é relativamente fácil de corrigir com controle adequado de dieta, exercício e açúcar no sangue.

Medicamentos

      Acantose Nigricans também pode ser desencadeada por certos medicamentos como pílulas anticoncepcionais, hormônios de crescimento humanos, medicamentos da tireóide e até mesmo alguns suplementos de musculação. Todos esses medicamentos podem causar alterações nos níveis de insulina. Medicamentos usados para aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia também têm sido associados a Acantose Nigricans. Na maioria dos casos, a condição desaparece quando os medicamentos são interrompidos.

Outras causas potenciais

Em casos raros, Acantose nigricante pode ser causada por:
câncer no estômago (adenocarcinoma gástrico)
distúrbios da glândula adrenal como a Doença de Addison
distúrbios da glândula pituitária
níveis baixos de hormônios da tireóide
altas doses de vitamina B3

                    

      Manter um estilo de vida saudável pode prevenir geralmente Acantose Nigricans. Perder peso, controlar sua dieta e, talvez ajustar quaisquer medicamentos que contribuem para a condição são etapas cruciais de tudo. Escolhas de estilo de vida mais saudável também irá reduzir o seu risco para muitos outros tipos de doenças além da Acantose Nigricans.


FONTES PARA PESQUISAS:



Fotos:Arq.Felixfilmes