quinta-feira, 26 de novembro de 2015

RECIFE ABRE VAGAS PARA ACOLHIMENTO EM RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS



       Prefeitura abre 150 vagas para atender usuários de crack e outras drogas em comunidades terapêuticas
     Fruto de uma iniciativa pioneira, o Recife vai ganhar um reforço na rede de acolhimento às pessoas com problemas decorrentes do abuso ou dependência de drogas. Trata-se de edital que contrata vagas em entidades terapêuticas, lançado na tarde desta quinta-feira (26) pelo prefeito Geraldo Julio, que financiará 150 vagas, no valor de R$ 40 per capita por dia, para adolescentes e adultos do Recife. Pela primeira vez uma prefeitura busca parceria com entidades para reforçar a atuação na recuperação de dependentes químicos.


      "O Brasil vem perdendo a batalha contra as drogas e a gente precisa somar esforços. Não só o Governo Federal e Estadual, mas o Municipal também, além da sociedade civil organizada que já realiza esses trabalhos, e que já salva muitas vidas na nossa sociedade. Estamos aumentando o número de vagas da nossa rede de assistência e com isso vamos ajudar muito mais pessoas a se recuperarem", declarou o prefeito Geraldo Julio, que foi o primeiro prefeito no Brasil a promover, através de edital, uma ampliação da rede de assistência aos usuários e dependentes químicos.
    Para se habilitar, as comunidades interessadas têm que funcionar de acordo com o Marco Regulatório descrito na resolução 01/2015 do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD), e atender às exigências descritas no edital municipal. Também precisarão  corresponder à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 29/2011 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que orienta como vai funcionar o serviço.


       “O edital terá a seleção em duas fases: a habilitação no edital, e depois uma pré-qualificação. Compreendendo os pré-requisitos, essas entidades, que já realizam o acolhimento de dependentes ou com problemas decorrentes do abuso ou dependência de substância psicoativas, poderão integrar a nossa rede, ampliando nossa capacidade de atuação no resgate dessas pessoas, para que depois elas possam se integrar à sociedade de forma saudável", explicou a secretária de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas do Recife, Aline Mariano.



      As novas vagas se dividem em 85 para o público adulto, sendo 30 femininas e 55 masculinas. As outras 65 vagas serão destinadas a adolescentes, sendo 30 femininas e 35 masculinas, cada uma terá o pagamento relativo à prestação dos serviços ofertados, proporcionalmente aos dias de utilização. O valor previsto é de R$ 40,00 per capita por dia.


       De acordo com o terapeuta em Dependência Química e representante da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas, Jorge Gomides, essa iniciativa é de fato um grande avanço para o enfrentamento das drogas no Recife. "Este é um trabalho há muito tempo realizado por várias comunidades terapêuticas no Brasil, que agora foi reconhecido pelo Marco Regulatório. Recife de fato sai na frente, porque é o primeiro município a ter um edital como este, desta magnitude, com esta importância que é o financiamento de vagas, e isso que vai garantir que muitas famílias fiquem tranquilas por saber que seus entes usuários têm mais oportunidade de ingressar em um ambiente qualificado para se recuperarem", afirmou.


     A revisão da regulação da vigilância sanitária sobre o tema foi discutida por Lopes na Agência e atende ao que aponta a nova política de enfrentamento do Crack e outras drogas, do Governo Federal.

      Como a nova medida, espera-se que esse trabalho de recuperação seja feito de forma cada vez mais qualificada, tendo em vista, inclusive, os vindouros aportes de recursos financeiros do Governo Federal para a estruturação e o desenvolvimento de projetos de promoção da saúde, hábitos de vida saudáveis, terapia ocupacional, formação, geração de renda e inserção social.


      As comunidades terapêuticas são instituições da sociedade civil que prestam relevante serviço para a mitigação da vulnerabilidade social de usuários e dependentes de drogas - hoje, especialmente o Crack.

    Com a nova RDC há a perspectiva de maior aproximação dessas instituições, que funcionam como equipamentos sociais da comunidade, aos estabelecimentos e estratégias de prestação de serviços da rede assistencial de saúde, seja pública ou privada.

    É importante destacar o esforço coletivo que, em tempo mais que recorde, proporcionou a iniciativa, a elaboração, a interlocução e participação de interessados, os ajustes e a aprovação da resolução pela Diretoria Colegiada da Anvisa.
Também foi fundamental para o processo regulatório a participação e envolvimento do Poder Legislativo, que instalou em 2011, na Câmara dos Deputados, a Comissão Especial de Combate às Drogas, e no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar das Comunidades Terapêuticas. As atividades desenvolvidas pelos deputados e senadores aceleraram e qualificaram o trabalho relacionado à atualização da regulação sanitária sobre o tema.

      A nova RDC 29 certamente em muito contribuirá para que mais pessoas envolvidas com o Crack e outras drogas possam ser acolhidas, recuperadas e reinseridas na sociedade.


Conheça as diferenças entre a antiga RDC 101/2001 e a RDC 29/2011.


      Projetos de inserção social realizados por entidades privadas podem ser contemplados em edital publicado hoje no Diário Oficial da União pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Senad/MJ. Serão selecionados três projetos de inclusão socioeconômica, um no Distrito Federal e dois para Pernambuco, sendo um obrigatoriamente no município de Recife.                 


    Esses projetos precisam ser formados por ações de inclusão no mercado de trabalho formal (oferta de cursos de qualificação profissional e apoio para inclusão e permanência no emprego) e/ou de geração de renda por meio do cooperativismo social (promoção de cooperativas e empreendimentos solidários novos ou já existentes). Mais informações no edital no Diário Oficial da União

    Os recursos para financiamento dos projetos são oriundos das emendas parlamentares nº 28260025, 28850019 e 25730007 e beneficiarão pessoas com problemas decorrentes do uso de drogas em situação de vulnerabilidade social. Serão destinados R$ 300 mil para a proposta no Distrito Federal; R$ 200 para a proposta de Pernambuco e mais R$ 300 mil para Recife. 

     O recebimento de propostas será via portal de Convênios (SICONV) até 6 de dezembro. Os resultados serão divulgados no Diário Oficial da União, na página do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas – OBID (www.obid.senad.gov.br), no próprio SICONV, e informado por comunicação eletrônica às entidades selecionadas. 




RDC NO DIÁRIO OFICIAL



















Redação e imagens: Divisão de Comunicação deste blog.












quarta-feira, 18 de novembro de 2015

MICROCEFALIA NO BRASIL



IOC/Fiocruz identifica a presença de Zika vírus em dois casos de microcefalia

      O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Flavivírus, concluiu diagnósticos laboratoriais que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras relativas a duas gestantes do estado da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia, conforme publicado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (17/11). O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso das técnicas de RT-PCR convencional e de RT-PCR em tempo real. Os resultados obtidos foram reconfirmados através da técnica de sequenciamento parcial do genoma viral detectado nas amostras. Foi detectado o genótipo asiático – são conhecidos dois genótipos do vírus Zika, os genótipos asiático e africano. Os resultados foram comunicados ao Ministério da Saúde. Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar diretamente, de forma causal, a infecção pelo virus Zika com a microcefalia. Tal entendimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério da Saúde e outras instituições de saúde que investigam as causas de microcefalia no país.

      A descoberta da presença do vírus não é suficiente para estabelecer uma relação causal entre o vírus Zika e os casos de microcefalia nestas gestantes, porém traz dados novos que são relevantes para o esforço de esclarecimento dos casos. Tendo em vista o aumento na notificação de casos de microcefalia, o Ministério da Saúde decretou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, no dia 11 de novembro.

        Historicamente, o IOC atua na resposta a temas relevantes em saúde pública por meio da geração de dados científicos sobre desafios emergentes. Exemplo desta atuação pautada nas questões de saúde do país, o próprio Laboratório de Flavivírus foi criado a partir da ação pioneira do Instituto no estudo da dengue, ainda nos anos 1980.

MICROCEFALIA
Ministério da Saúde divulga boletim epidemiológico

      O Ministério da Saúde divulga nesta terça-feira (17) o primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia, cujo aumento do número de casos no país tem sido monitorado e investigado pela pasta. Até o momento, foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete estados da região Nordeste.

   O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), primeiro estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).

     A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.

    Além deste apoio, nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde enviou a todas as secretarias estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas informações serão constantemente atualizadas.

     Ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos sete estados. Todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas pelo Ministério da Saúde e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento.

     A Fiocruz, que participa das investigações, notificou nesta terça-feira (17) que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.

    Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia. Tal esclarecimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério e outras instituições envolvidas na investigação das causas de microcefalia no país.

    O Ministério da Saúde está tratando deste assunto com a prioridade e responsabilidade que o tema exige, dando transparência aos dados e às informações, com previsão de divulgação semanal do boletim epidemiológico da doença.

    Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.

     Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento. O fato já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.

       Aos gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário online que, a partir desta quarta-feira (18), estará disponível a todas as secretarias de saúde.

    Sobre as gestantes, é importante que elas mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.

     É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

       A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
MICROCEFALIA


Ministério da orientações às gestantes sobre os casos de microcefalia

Sobre os casos de microcefalia na região Nordeste, o Ministério da Saúde orienta às gestantes:

1 -Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;

2 - Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;

3 - Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;

4 - Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;

5 - Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipentes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);

6 - Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas,  usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes;

Até que se esclareçam as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Nessa consulta, devem avaliar as informações e riscos de sua gravidez para tomar a sua decisão.

Não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. As informações estão sendo divulgadas conforme o andamento das investigações. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família.

O Ministério da Saúde, em completa parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, continuará recebendo as ocorrências, dando apoio técnico e mantendo ativo o COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública), para o estudo, a investigação e a definição do agente causador do aumento da ocorrência de microcefalia.



O QUE É MICROCEFALIA


O que é Microcefalia?
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça da pessoa é significativamente menor do que a de outros da mesma idade e sexo. Microcefalia normalmente é diagnosticada no começo da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.

Crianças com microcefalia tem problemas de desenvolvimento. Não há tratamentos para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida. A microcefalia pode ser causada por uma série de problemas genéticos ou ambientais.

Causas
Microcefalia é o resultado de um crescimento anormal do cérebro que pode ocorrer no útero ou na infância. Microcefalia pode ser genética. Algumas outras causas são:

Malformações do sistema nervoso central
Diminuição do oxigênio para o cérebro fetal: algumas complicações na gravidez ou parto podem diminuir a oxigenação para o cérebro do bebê
Exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez
Desnutrição grave na gestação
Fenilcetonúria materna
Rubéola congênita na gravidez
Toxoplasmose congênita na gravidez
Infecção congênita por citomegalovírus.
Doenças genéticas que causam a microcefalia podem ser:

Síndrome de Down
Síndrome de Cornelia de Lange
Síndrome Cri du chat
Síndrome de Rubinstein - Taybi
Síndrome de Seckel
Síndrome de Smith-Lemli–Opitz
Síndrome de Edwards.
    A microcefalia normalmente é detectada pelo médico nos primeiros exames após o nascimento em um check-up regular. Contudo, caso você suspeite que a cabeça de seu bebê é menor do que a de outros da mesma idade ou não está crescendo como deveria, fale com seu médico.




Riscos da toxoplasmose durante a gravidez



      Uma mulher grávida pode tomar precauções que as ajudem a reduzir a probabilidade de contrair a toxoplasmose. Uma das primeiras providências é cuidar do seu contato com gatos. Os gatos são os grandes hospedeiros do parasita que provoca a infecção e potenciais transmissores da doença.

       O gato infectado transmite a doença através de suas fezes. No entanto, se tomarem cuidados especiais, os gatos não representarão perigo algum. Tenha muito cuidado com a alimentação dos gatos.



O consumo de carne crua ou mal cozida, de aves, peixes, répteis e outros mamíferos, não é aconselhável porque pode hospedar o parasita da doença. Quando o gato come uma carne contaminada, contrai a doença. Os parasitas de suas fezes podem ser levados pelo vento e podem chegar a ser depositados em frutas, verduras e legumes. Por isso, a transmissão da toxoplasmose pode ser feita também pelo consumo de frutas, verduras, e legumes mal lavados. Em razão disso, é aconselhável que antes de consumir esses alimentos, devemos lavá-los muito bem. Se tiver gato em casa, escolha uma alimentação com ração, e que o gato saia o menos possível da casa.

As mulheres grávidas devem evitar a limpeza das caixas onde depositam as fezes dos gatos, fazer trabalhos de jardinagem sem luvas, devem beber leite pasteurizado, e lavar bem as mãos ao manipular carnes e vegetais crus.



Diagnóstico de Microcefalia
A microcefalia é diagnosticada por meio do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do bebê. O médico irá colocar uma fita métrica em torno da cabeça do bebê e marcar seu tamanho. Esta medida e também o tamanho da criança serão feitas durante os primeiros anos de vida do bebê e comparadas com uma tabela padronizada a fim de determinar se a criança tem microcefalia.
O médico também pode solicitar exames como: tomografia computadorizada da cabeça, ressonância magnética e exames de sangue para ajudar a determinar a causa da microcefalia.

Prevenção
Se a causa da microcefalia for genética é possível preveni-la. Consulte um geneticista antes de ter um outro filho. Fazer o pré-natal adequado e evitar o álcool e as drogas durante a gestação são atitudes importantes para prevenir a microcefalia.

Complicações possíveis
A criança com microcefalia pode ter outros problemas como:

Retardo mental
Atraso nas funções motoras e de fala
Distorções faciais
Nanismo ou baixa estatura
Hiperatividade
Epilepsia
Dificuldades de coordenação e equilíbrio
Alterações neurológicas.
Algumas crianças com microcefalia terão a inteligência normal.


Perguntas e respostas – Microcefalia
- O que é a microcefalia?
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro
não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico
(PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.
- Quais as causas desta condição?
Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as
substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
- A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem
familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da
sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o
desenvolvimento e a qualidade de vida.
- Como é feito o diagnóstico?
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser
feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar
busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Por isso, é importante que os profissionais de
saúde fiquem sensíveis para notificar os casos de microcefalia no registro da doença no Sistema
de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
- Qual o tratamento para a microcefalia?
Dependendo do tipo de microcefalia, é possível corrigir a anomalia por meio de cirurgia.
Geralmente, as crianças, como já informado, precisam de acompanhamento após o primeiro ano
de vida. Nos casos de microcefalia óssea existem tratamentos que propiciam um desenvolvimento
normal do cérebro.
- Quais estados estão apontando crescimento de casos de microcefalia acima da
média?
O Ministério da Saúde está os casos de microcefalia em Pernambuco, estado que tem
apresentado aumento de casos da doença, classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como situação inusitada em termos de saúde. Temos recebido relatos de profissionais de saúde
sobre o mesmo corrido nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Todas essas suspeitas
estão sendo investigadas e todos esses locais contam com a atuação de profissionais de saúde do
ministério.
- Há registro de ‘surtos’ de microcefalia em outros países?
Por enquanto, não há relatos na literatura cientifica e nem casos registrados em outros países da
associação do zika vírus com a microcefalia. No entanto, nenhuma hipótese está sendo
descartada. 
- Que exames estão sendo realizados nas crianças e nas gestantes dos estados (PE,
RN e PB) que já notificaram o Ministério da Saúde?
A partir dos casos identificados em Pernambuco, como já informado, estão sendo realizadas
investigações epidemiológicas de campo, tais como: revisão de prontuários e outros registros de
atendimento médico da gestante e do recém-nascido. Também estão sendo feitas entrevistas
com as mães por meio de questionário. Os casos seguem para investigação laboratorial e exames
de imagem como a tomografia computadorizada de crânio.
- Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde?
Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não
prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames
previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que
perceberem durante a gestação. Além disso, é importante que os profissionais de saúde estejam
atentos à avaliação cuidadosa do perímetro cerebral e à idade gestacional, assim como à

notificação de casos suspeitos de microcefalia no registro de nascimento no Sinasc.




Fonte: Ministerio da Saúde










Redação e imagens: Divisão de Comunicação deste blog.











domingo, 1 de novembro de 2015

SAÚDE DO HOMEM EM DESTAQUE - NOVEMBRO AZUL



       O problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando, e, com isso, o tema conquista espaço nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo. O conhecimento sobre a situação dessa doença permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma direcionada para a modificação positiva desse cenário na população brasileira.
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) destaca-se pelo seu papel nacional no desenvolvimento de ações estratégicas de estruturação e implementação da política de prevenção e controle do câncer, incluindo, de forma especial, seu compromisso na disseminação de informações que contribuam para o estabelecimento de prioridades em termos de saúde pública.


          A inclusão das ações de controle de câncer entre os 16 Objetivos Estratégicos do Ministério da Saúde para o período 2011 – 2015, com destaque para as ações de redução da prevalência do tabagismo e de ampliação de acesso, diagnóstico e tratamento em tempo oportuno dos cânceres de mama e do colo do útero, assim como a publicação da nova Política Nacional de Prevenção e Controle de Câncer na Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas (PNPCC-RAS), por meio da Portaria no 874, de 16 de maio de 2013, são exemplos destacados dessa premissa.


    Como vem fazendo ao longo dos últimos 18 anos, em cumprimento ao compartilhamento de informações e experiências desenvolvidas, o INCA oferece à sociedade brasileira mais um volume sobre a estimativa de casos novos de câncer, para prover gestores, serviços de saúde, universidades, centros de pesquisa e sociedades científicas com informações atualizadas que possam subsidiar um maior conhecimento sobre a ocorrência da doença na população brasileira e nas suas regiões.

       Atualmente, esta publicação é realizada a cada dois anos, sempre com base nos dados gerados pelos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). Neste volume, foram considerados 19 tipos específicos de câncer, com base na magnitude e no impacto. As informações são apresentadas de forma consolidada para o país como um todo e de forma desagregada para Estados e capitais.

        Essas informações são cada vez mais utilizadas, em áreas já estabelecidas, como a do planejamento das ações para a prevenção e controle do câncer, bem como em artigos científicos, dissertações e teses relacionadas ao câncer, além de se configurarem como importante instrumento dos meios de comunicação de massa e da imprensa em geral.

       Nesse sentido, a regularidade da oferta de informações atualizadas é uma estratégia, sob a ótica da vigilância, para que se possa descrever e explorar analiticamente o cenário da incidência do câncer no país, apoiando-se nas premissas da melhoria e da atualidade das informações dos RCBP e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

      As estimativas apresentadas nesta edição são mais uma ferramenta importante para o desenvolvimento do sistema de vigilância do câncer, que tem como grande desafio colocar Apresentação em prática o uso dessas informações e o conhecimento da realidade do país, para que as necessidades da população sejam priorizadas e atendidas pela política pública de saúde, conforme preconizado no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011 – 2022, do Ministério da Saúde. 


INTRODUÇAO


     O Brasil vem sofrendo mudanças em seu perfil demográfico, consequência, entre outros fatores, do processo de urbanização populacional, da industrialização e dos avanços da ciência e da tecnologia. A essas novas caraterísticas da sociedade brasileira, unem-se os novos estilos de vida e a exposição, ainda mais intensa, a fatores de risco próprios do mundo contemporâneo. 

    Esse processo de mudança demográfica, denominado de “envelhecimento” da população, associado à transformação nas relações entre as pessoas e seu ambiente, trouxe uma alteração importante no perfil de morbimortalidade, diminuindo a ocorrência das doenças infectocontagiosas e colocando as doenças crônico-degenerativas como novo centro de atenção dos problemas de doença e morte da população brasileira. 

    Assim como a transição epidemiológica, também a vigilância foi reformulada, para ampliar o seu objeto, incluindo hoje o grupo de doenças crônico-degenerativas, que, pela importância crescente na morbimortalidade do país, vem, progressivamente, sendo acrescentado ao repertório tradicional da vigilância epidemiológica. 

     A vigilância de câncer destina-se, como em qualquer sistema de vigilância, a produzir informações para a tomada de decisões. Essas informações provêm dos registros de câncer, dos grandes sistemas de informação em saúde, de análises e estimativas, bem como de pesquisas e estudos epidemiológicos. 

      É importante relembrar que câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 tipos diferentes de doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células anormais com potencial invasivo. Além disso, sua origem se dá por condições multifatoriais. Esses fatores causais podem agir em conjunto ou em sequência para iniciar ou promover o câncer (carcinogênese). 

      O desenvolvimento da maioria dos cânceres requer múltiplas etapas que ocorrem ao longo de muitos anos. Assim, alguns tipos de câncer podem ser evitados pela eliminação da exposição aos fatores determinantes. Se o potencial de malignidade for detectado antes de as células tornarem-se malignas, ou numa fase inicial da doença, tem-se uma condição mais favorável para seu tratamento e, consequentemente, para sua cura. 

     A prevenção e o controle do câncer precisam adquirir o mesmo foco e a mesma atenção que a área de serviços assistenciais, pois o crescente aumento do número de casos novos fará com que não haja recursos suficientes para dar conta das necessidades de diagnóstico, tratamento e acompanhamento. A consequência serão mortes prematuras e desnecessárias. Assim, medidas preventivas devem ser implementadas agora para reduzir a carga do câncer, como as estratégias para o controle do tabagismo, relacionado ao câncer de pulmão, entre outros; a promoção da alimentação saudável, para a prevenção dos cânceres de estômago e intestino, entre outros; a vacinação para Papilomavírus humano (HPV) e hepatite, contra o câncer do colo do útero e de fígado. De igual modo, a adoção de estilos de vida mais saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade física, permitirá um melhor controle dos cânceres de mama, próstata e intestino. Essas medidas crescem em importância, principalmente em países como o Brasil, que se encontra em um processo de transição econômica, o que o faz ganhar, progressivamente, o ônus global do câncer observado em países economicamente desenvolvidos. 

    De acordo com estimativas mundiais do projeto Globocan 2012, da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc, do inglês International Agency for Research on Cancer), da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 14,1 milhões de casos novos de câncer e um total de 8,2 milhões de mortes por câncer, em todo o mundo, em 2012. A carga do câncer continuará aumentando nos países em desenvolvimento e crescerá ainda mais em países desenvolvidos se medidas preventivas não forem amplamente aplicadas. Nesses, os tipos de câncer mais frequentes na população masculina foram próstata, pulmão e cólon e reto; e mama, cólon e reto e pulmão entre as mulheres. Nos países em desenvolvimento, os três cânceres mais frequentes em homens foram pulmão, estômago e fígado; e mama, colo do útero e pulmão nas mulheres. 

     Em 2030, a carga global será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes por câncer, em consequência do crescimento e do envelhecimento da população, bem como da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento. 

     É com base nas informações de 23 Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), alimentados por uma rede de 282 Registros Hospitalares de Câncer (RHC), que se consolida o sistema de morbidade por câncer – com informações oportunas e de qualidade (padronizadas, atualizadas e representativas da população brasileira). A esse sistema, agrega-se o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para a elaboração da estimativa de 19 tipos de câncer, apresentada para o território nacional, estados e capitais, por gênero. 

     No Brasil, a estimativa para o ano de 2014, que será válida também para o ano de 2015, aponta para a ocorrência de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, reforçando a magnitude do problema do câncer no país. O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil). 

       Sem considerar os casos de câncer de pele não melanoma, estimam-se 395 mil casos novos de câncer, 204 mil para o sexo masculino e 190 mil para sexo feminino. Em homens, os tipos mais incidentes serão os cânceres de próstata, pulmão, cólon e reto, estômago e cavidade oral; e, nas mulheres, os de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e glândula tireoide. É incontestável que o câncer é hoje, no Brasil, um problema de saúde pública, cujos controle e prevenção deverão ser priorizados em todas as regiões, desde as mais desenvolvidas – cultural, social e economicamente – até às mais desiguais. As abordagens orientadas para enfrentar esse problema de saúde são, necessariamente, múltiplas, incluindo: ações de educação para saúde em todos os níveis da sociedade; prevenção orientada para indivíduos e grupos; geração de opinião pública; apoio e estímulo à formulação de legislação específica para o enfrentamento de fatores de risco relacionados à doença; e fortalecimento de ações em escolas e ambientes de trabalho. 

       De outro lado, atividade fundamental é o monitoramento continuado dos programas de prevenção e controle implementados para combater o câncer e seus fatores de risco. Esse monitoramento incorpora a supervisão e a avaliação dos programas como atividades necessárias para o conhecimento do andamento e do impacto no perfil de morbimortalidade da população, bem como a manutenção de um sistema de informações oportuno e de qualidade, que subsidie análises epidemiológicas como produto dos sistemas de vigilância. 

    O INCA permanece mobilizado em prover gestores, profissionais da saúde e da comunicação e a sociedade em geral de informações sobre câncer, contribuindo a cada biênio com as estimativas, que serão a base para a tomada de decisões, em todas as esferas de atuação, para o enfrentamento dessa doença.


METODOLOGIA


      Estimou-se o número de casos novos de câncer para todas as unidades da federação (UF) e respectivas capitais para o biênio 2014/2015 pelo método proposto por Black et al. (1997). Esse método permite obter a taxa de incidência de câncer para uma determinada região, multiplicando-se a taxa observada de mortalidade da região pela razão entre os valores de incidência e mortalidade da localidade onde exista RCBP. Para a presente análise, optou-se pela utilização da razão entre as taxas de incidência e mortalidade (I/M), obtida pelo quociente entre a taxa bruta da incidência e a taxa bruta da mortalidade. O período de referência utilizado foi aquele compreendido entre 2002 e 2011 (período de maior concentração de informações sobre a incidência). A fonte de informação, para os óbitos, foi o SIM, enquanto, para a incidência, foram os RCBP. 

     Para cada região geográfica, utilizou-se a mediana da razão I/M dos registros correspondentes àquela região, exceto para a região Norte, para a qual se considerou a mediana da razão I/M obtida para o Brasil. As respectivas razões foram aplicadas às taxas de mortalidade estimadas por regressão linear para o ano de 2014 por UF e respectivas capitais. Quando o modelo linear não se mostrou aplicável, utilizou-se como alternativa a taxa média dos últimos cinco anos. Obtiveram-se, assim, as estimativas das taxas de incidência e o número de casos novos para o biênio 2014/2015. Ou seja: 


Em que: TIL = Taxa de incidência estimada para a UF ou capital. 

TML = Taxa de mortalidade estimada pela série histórica de mortalidade para UF ou capital. 

IR = Taxa de incidência das localidades dos RCBP (período entre 2002 e 2011). 

MO = Taxa de mortalidade das localidades onde existem RCBP (período entre 2002 e 2011).

      A estimativa de casos novos para as cinco regiões geográficas e para o Brasil foi obtida pela soma dos valores absolutos por UF. As taxas correspondentes foram obtidas dividindo-se os valores de casos novos das regiões geográficas ou do Brasil pelas suas respectivas populações. 

     Todos os valores absolutos estimados foram arredondados para dez ou múltiplos de dez. As taxas de incidência apresentadas referem-se aos valores obtidos antes do arredondamento. 

     A fim de descrever o padrão geográfico da ocorrência de câncer, as taxas de incidência obtidas para as UF e Distrito Federal foram representadas espacialmente baseadas nas distribuições das taxas por quartil. 

       As populações utilizadas como denominador para o cálculo das taxas apresentadas na presente publicação, censitárias (1980, 1991, 1996, 2000 e 2010) e intercensitárias, foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Para o ano 2014, a população utilizada foi a da projeção populacional para 2014 obtida do IBGE. Como a informação populacional não estava desagregada por sexo, ela foi obtida tomando-se como base a distribuição proporcional por sexo da população do censo 2010 (Anexo A)

     Os critérios gerais para a seleção das localizações de câncer que constam na presente publicação incluíram a magnitude da mortalidade ou da incidência (por exemplo: câncer de mama, próstata, pulmão e pele não melanoma), assim como aspectos ligados ao custo e a efetividade de programas de prevenção (por exemplo: câncer de mama, colo do útero e cavidade oral). 

      Neste trabalho, apresenta-se a estimativa para o biênio 2014/2015 do número de casos novos e respectivas taxas brutas para câncer em geral e 19 localizações selecionadas. A seleção dos tumores baseou-se na Classificação Internacional de Doenças para Oncologia, Segunda Edição (CID-O 2), para o período entre 2002 e 2004, e a Terceira Edição (CID-O 3), para o período entre 2005 e 2011, sendo convertida para a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, Décima Revisão (CID 10). Foram incluídos os cânceres cuja localização primária encontra-se abaixo descrita: 

Todas as neoplasias (C00 a C97; D46, exceto C77-C79).
Cavidade oral (C00-C10).
Esôfago (C15).
Estômago (C16).
Cólon e reto (C18-C21).
Laringe (C32).
Traqueia, brônquio e pulmão (C33-C34).
Melanoma maligno da pele (C43).
Outras neoplasias malignas da pele (C44).
Mama feminina (C50).
Colo do útero (C53).
Corpo do útero (C54).
Ovário (C56).
Próstata (C61).
Bexiga (C67).
Sistema Nervoso Central (C70-C72).
Glândula tireoide (C73).
Linfoma de Hodgkin (C81).
Linfoma não Hodgkin (C82-C85; C96).
Leucemias (C91-C95).

     Serão apresentadas, em separado, as estimativas dos casos novos de câncer do útero sem outra especificação (C55) somada aos casos de câncer de colo do útero (C53) para o biênio 2014/2015 (Figuras 40 e 41 e Anexo B). 

     Uma vez que o cálculo da estimativa guarda estreita dependência com as informações de mortalidade, quanto melhor a qualidade dessa informação, melhor a informação estimada para a incidência. A partir do ano de 2005, observou-se uma melhoria na informação sobre mortalidade no Brasil, refletida pela qualidade da informação obtida na causa básica da morte na declaração de óbito. O quadro atual, entretanto, ainda apresenta certo grau de subnotificação e percentual elevado de classificação por “causas mal definidas” em algumas UF. As estimativas aqui apresentadas, portanto, são reflexos desse cenário. Outro fator a ser considerado é a progressiva expansão da população coberta pelos RCBP, bem como a constante busca pela melhoria da qualidade das informações, fazendo com que, a cada ano, a validade e a precisão das estimativas anuais aumente. 

     Cabe enfatizar que é recomendada cautela na interpretação e na utilização das estimativas para analisar tendências temporais. Tal cuidado justifica-se em virtude de mudanças ocorridas na metodologia e, principalmente, em razão da melhoria da qualidade das informações ao longo do tempo. 

   A base de dados utilizada para mortalidade, embora de qualidade, possui uma defasagem de, aproximadamente, dois anos, portanto, o efeito de uma mudança aguda no quadro da mortalidade no período entre 2012 e 2014 não será captado pelas projeções atuais. 

    A base de dados de incidência obedece à estrutura e à dinâmica de cada um dos RCBP. Atualmente, o período de informações disponível varia desde 1987 até 2011. A qualidade das informações difere de registro para registro e também varia de ano para ano, uma vez que os RCBP modificam sua série de casos, melhorando a qualidade e a atualidade das informações. 

    Embora haja limitações, acredita-se que as estimativas sejam capazes de descrever padrões atuais de incidência de câncer, possibilitando o dimensionamento da magnitude e do impacto dessa doença no Brasil.


Câncer no homem

     O Ministério da Saúde tem trabalhado na estruturação das unidades de atendimento do SUS e intensificado ações para detecção precoce de câncer na população masculina. A Lei nº 13.045, de 25 de novembro de 2014, reforça a importância de preparar os serviços públicos e envolver os profissionais de saúde de forma a garantir atendimento adequado e humanizado. Para isso, devem orientar os pacientes sobre os sinais e sintomas da doença, encaminhá-los para a realização de exames quando houver indicação clínica e deixar clara a diferença entre rastreamento populacional em pacientes assintomáticos e detecção precoce.

       Entre a população masculina total, o câncer de próstata representa a segunda causa de mortalidade por neoplasias. Já entre homens de 20 a 59 anos, esse tipo de câncer representa a 12ª causa de mortalidade por neoplasias. “A ocorrência desse tipo de câncer se dá de forma muito mais acentuada entre homens idosos, com um aumento significativo de incidência a partir dos 60 anos e maior mortalidade após os 80 anos", destacou Angelita Hermann.

      Em relação às mulheres, os homens têm mais excesso de peso, menor consumo de frutas, legumes e verduras, consumo abusivo de bebidas alcoólicas e tabagismo, situações que podem se refletir em uma maior mortalidade por doenças do aparelho circulatório, principalmente entre os mais velhos, e também por causas externas, predominantemente entre os mais jovens. Esses comportamentos de risco também facilitam a ocorrência de acidentes, violência e doenças infectocontagiosas, como Aids/HIV e tuberculose


Novembro azul 

      O INCA/Ministério da Saúde não recomenda o rastreamento do câncer de próstata, como esclarece em nota técnica. Está disponível no site do INCA o Informativo Detecção Precoce ( nº 2/2014 ) que aborda recomendações para a detecção precoce desse câncer no Brasil e estratégias para o controle da doença.





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Fonte: INCA








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