domingo, 19 de agosto de 2018

CÂNCER DE FÍGADO E PÂNCREAS




O QUE É CÂNCER


     Câncer é o nome genérico para um grupo de mais de 200 doenças. Embora existam muitos tipos de câncer, todos começam devido ao crescimento e multiplicação anormal  e descontrolado das células. A enfermidade também é conhecida como neoplasia. A ciência médica que estuda o câncer se denomina Oncologia e é o oncologista o profissional que trata a doença.  Os cânceres que não forem tratados causam doenças graves e morte.
As Células Normais do Corpo
O corpo humano é composto de trilhões de células vivas. Essas células normais do corpo crescem, se dividem e morrem de forma ordenada. Durante os primeiros anos de vida de uma pessoa, as células normais se dividem mais rapidamente para permitir que a pessoa se desenvolva. Depois, na fase adulta, a maioria das células se divide apenas para substituir células desgastadas ou células que morrem ou para reparar danos.
Como o Câncer Começa

      O câncer se inicia quando as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a crescer fora de controle. Esse crescimento é diferente do crescimento celular normal. Em vez de morrer, as células cancerosas continuam crescendo e formando novas células anômalas. As células cancerosas também podem invadir outros tecidos, algo que as células normais não fazem. O crescimento fora de controle e a invasão de outros tecidos é o que torna uma célula em cancerosa.

       O corpo humano é formado por trilhões de células que se multiplicam por meio de um processo chamado divisão celular. Em condições normais, esse processo é ordenado e controlado e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo.

     Em contrapartida, existem situações nas quais estas células, por razões variadas, sofrem uma mudança  tecnicamente chamada de carcinogênese, e assumem características aberrantes quando comparadas com as células normais.

     Essas células perdem a capacidade de limitar e controlar o seu próprio crescimento passando, então, a multiplicarem-se muito rapidamente e sem nenhum controle.

    As células se tornam cancerosas devido a um dano no DNA. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que só isso.

      Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo são denominados genes supressores do tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou por desativação dos genes supressores do tumor.

      As pessoas podem herdar um DNA anômalo, mas a maioria dos danos do DNA é causada por erros que ocorrem quando a célula normal está se multiplicando ou por exposição a algum elemento do meio ambiente. Às vezes, a causa do dano ao DNA pode ser algo óbvio, como o tabagismo ou a exposição ao sol. Mas é raro saber exatamente o que causou o câncer de determinada pessoa.

Na maioria dos casos, as células cancerígenas formam um tumor. No entanto alguns cânceres, como no caso da leucemia, raramente formam tumores. Em vez disso, estas células cancerosas acometem o sangue e órgãos que produzem as células sanguíneas, chegando a tecidos onde elas se desenvolvem.


Como o Câncer se Espalha

     As células cancerosas costumam se espalhar para outras partes do corpo onde elas começam a crescer e formar novos tumores. Isso acontece quando as células cancerosas entram na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos do corpo. Ao longo do tempo, os tumores irão substituir o tecido normal. Esse processo de disseminação do câncer é denominado metástase.

Como os Cânceres se Diferenciam

     Independente do local para onde a doença se espalhou, o tipo de câncer leva o nome do local onde se originou. Por exemplo, o câncer de mama que se disseminou para o fígado é denominado câncer de mama metastático, e não câncer de fígado. Da mesma forma, o câncer de próstata que se espalhou para os ossos é chamado de câncer de próstata metastático, e não tumor ósseo.

    Diferentes tipos de câncer podem se comportar de formas distintas. Por exemplo, o câncer de pulmão e o câncer de pele são doenças muito diferentes, que se desenvolvem de formas diferentes e respondem a distintos tipos de tratamentos. Por essa razão os pacientes com câncer precisam receber o tratamento adequado para seu tipo específico de câncer.

Entendendo os Diferentes Tipos de Câncer

    Os tipos de câncer podem ser agrupados em categorias mais amplas. As principais categorias incluem:

Carcinomas. Começam na pele ou nos tecidos que revestem ou cobrem os órgãos internos. Existe um número de subtipos de carcinoma, incluindo adenocarcinoma, carcinoma de células basais, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células de transição.
Sarcomas. Começam no osso, cartilagem, gordura, músculo, vasos sanguíneos ou outro tecido conjuntivo ou de suporte.
Leucemias. Começam no tecido que produz o sangue, como a medula óssea, o que provoca um grande número de células anormais que entram na circulação sanguínea.
Linfomas e Mielomas. Começam nas células do sistema imunológico.
Cânceres do Sistema Nervoso Central. Começam nos tecidos do cérebro e da medula espinhal.

Tumores Benignos

     Nem todos os tumores são malignos. Os tumores não cancerígenos são denominados benignos. Os tumores benignos podem causar problemas, como crescerem em demasia e pressionarem outros órgãos e tecidos saudáveis. No entanto, eles não invadem outros tecidos e órgãos. Dessa forma, não se disseminam para outras partes do corpo (metástases)

CÂNCER DE FÍGADO

      Nos Estados Unidos, a infecção por hepatite C é a causa mais comum de CHC, enquanto na Ásia e nos países em desenvolvimento, a hepatite B é mais comum. As pessoas infectadas com ambos os vírus têm um alto risco de desenvolver hepatite crônica, cirrose e câncer de fígado. O risco é ainda maior se forem bebedores pesados ​​(pelo menos 6 bebidas padrão por dia).

     O VHB e o VHC podem se espalhar de pessoa para pessoa através do compartilhamento de agulhas contaminadas (como no uso de drogas), sexo desprotegido ou parto.
Cirrose


     A cirrose é uma doença na qual as células do fígado são danificadas e substituídas pelo tecido cicatricial. Pessoas com cirrose têm um risco aumentado de câncer de fígado. A maioria (mas não todos) das pessoas que desenvolvem câncer de fígado já tem alguma evidência de cirrose.
Uso pesado de álcool
     O abuso de álcool é uma das principais causas de cirrose nos Estados Unidos, o que, por sua vez, está associado a um aumento do risco de câncer de fígado.
Diabetes tipo 2
   Diabetes tipo 2 tem sido associado a um risco aumentado de câncer de fígado, geralmente em pacientes que também têm outros fatores de risco, como o uso pesado de álcool e / ou hepatite viral crônica. Este risco pode ser aumentado porque as pessoas com diabetes tipo 2 tendem a ter excesso de peso ou obesidade, o que, por sua vez, pode causar problemas no fígado.
Infecção com parasitas
    A infecção pelo parasita causador da esquistossomose pode causar danos ao fígado e está ligada ao câncer de fígado. Este parasita não é encontrado nos EUA, mas a infecção pode ocorrer na Ásia, África e América do Sul.
Uso do tabaco
    Fumar aumenta o risco de câncer de fígado. Os ex-fumantes têm um risco menor do que os fumantes atuais, mas ambos os grupos têm um risco maior do que aqueles que nunca fumaram.


O câncer de fígado pode ser prevenido?
     Muitos cânceres de fígado podem ser prevenidos pela redução da exposição a fatores de risco conhecidos para esta doença.

CÂNCER DE PÂNCREAS

       O pâncreas é uma glândula localizada na região superior do abdômen, atrás do estômago, e é um dos órgãos que integram o sistema digestivo. Ele é composto por três partes – cabeça, corpo e cauda – e possui duas funções distintas: a função endócrina, responsável pela produção de insulina (hormônio que controla o nível de glicemia no sangue) e a função exócrina, responsável pela produção de enzimas envolvidas na digestão e absorção dos alimentos.

     Câncer de pâncreas é raro em jovens com menos de 30 anos. A enfermidade atinge praticamente na mesma proporção homens e mulheres, em geral, com idade superior a 50 anos, especialmente entre os 65 e os 80 anos.


      Na maioria dos casos, não é possível determinar a causa da doença, mas o fator de risco mais importante é o cigarro. Os outros são: pancreatite crônica, aplicações anteriores de radioterapia, diabetes mellitus tipo 2, exposição prolongada a pesticidas e produtos químicos, certas síndromes genéticas e cirurgias para tratamento de úlceras ou retirada da vesícula biliar.

     Os tipos mais comuns da doença são o adenocarcinoma (o mais frequente e mais relacionado com o tabagismo) e os tumores das células das ilhotas pancreáticas.

Sintomas
O câncer de pâncreas é uma doença que demora a apresentar sintomas, o que retarda e dificulta o diagnóstico. Quando eles aparecem, os mais comuns são: dor abdominal de leve ou forte intensidade que se irradia para as costas, icterícia, perda de apetite e de peso, cansaço, anemia, diabetes tipo 2.
Infelizmente, alguns desses sinais podem indicar que as células malignas já invadiram a corrente sanguínea e afetaram órgãos vizinhos. Nesses casos, a doença pode estar numa fase mais avançada e é mais resistente ao tratamento.

Diagnóstico
     O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas e o resultado de exames de laboratório (especialmente a dosagem de uma proteína no sangue) e de imagem, tais como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPER). Há casos em que é preciso realizar uma biópsia para fechar o diagnóstico.

Prevenção
    Não fumar e evitar o excesso de álcool são medidas importantes para a prevenção do câncer de pâncreas. Pessoas portadoras de outros fatores de risco, como pancreatite crônica, diabetes, histórico familiar ou submetidas a certas cirurgias de estômago, duodeno e vesícula devem manter o acompanhamento médico regular.

Tratamento
     O tratamento do câncer de pâncreas pressupõe, sempre que possível, uma cirurgia para a retirada completa do tumor. Quando já existem focos de metástases prejudicando o funcionamento de outros órgãos, ela pode ser realizada para reduzir os sintomas adversos causados pela doença. Outro recurso paliativo é a colocação de endopróteses.
Quimioterapia, associada ou não à radioterapia, é um recurso terapêutico para evitar recidivas do tumor, controle da doença ou alívio dos sintomas.
Câncer pâncreas é uma doença grave. As características dos sintomas que, no início, são inespecíficos e podem ser confundidos com manifestações de outras enfermidades, muitas vezes, inviabilizam o diagnóstico precoce, fundamental para o sucesso do tratamento.

Recomendações
* Dor em faixa na parte superior do abdômen, que se irradia para as costas requer atendimento médico para ser avaliada;

* Adote hábitos saudáveis de vida. Especialmente, não fume e evite excessos com o álcool, os dois fatores de risco mais importantes para o aparecimento do câncer de pâncreas.


Principais sinais e sintomas
Na maior parte dos casos, o câncer se desenvolve nas células que produzem sucos digestivos, conhecido como câncer de pâncreas exócrino, e pode provocar sintomas como:

Pele e olhos amarelados, quando atinge o fígado ou comprime os ductos que transportam a bile;
Urina escura, que acontece pelo acúmulo de bilirrubina no sangue, devido à obstrução do transporte da bile;
Fezes esbranquiçadas ou com gordura, devido à dificuldade da bile e bilirrubina chegarem ao intestino;
Coceira na pele, também causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue;
Dor abdominal forte que irradia para as costas, quando o tumor cresce e comprime órgãos vizinhos ao pâncreas;
Má digestão persistente, quando bloqueia a liberação do suco pancreático para o intestino, dificultando a digestão dos alimentos gordurosos;
Falta de apetite e perda de peso, devido à alteração na digestão e mudanças hormonais causadas pelo câncer;
Náuseas frequentes e vômitos, quando o tumor bloqueia e comprime o estômago;
Formação de coágulos de sangue ou sangramentos, devido à interferência na coagulação causada pelas mudanças hormonais da doença, e pela lesão causada nos órgãos e na circulação ao redor
Desenvolvimento de diabetes, que podem acontecer quando o tumor interfere no metabolismo do pâncreas, alterando a sua produção de insulina;

    O câncer de pâncreas, que é o tipo de tumor maligno deste órgão, pode apresentar alguns sintomas, como pele amarelada, coceira no corpo, dor na barriga, dor nas costas ou perda de peso, por exemplo, e a quantidade e intensidade variam de acordo com o tamanho do tumor, o local afetado do pâncreas, os órgãos ao redor atingidos e se há ou não metástases.

      A maioria dos casos de câncer no pâncreas não apresenta sintomas na fase inicial, ou apenas muito leves, o que dificulta a sua identificação. Entretanto, quando estes sintomas estão intensos ou quando outros sinais e sintomas surgem, é possível que se esteja em uma fase avançada.
     Além disso, este tipo de câncer também pode se desenvolver nas células responsáveis por produzir hormônios e, nesses casos, os sinais comuns incluem excesso de acidez e surgimento frequente de úlceras no estômago, alterações bruscas dos níveis de açúcar no sangue, aumento do fígado ou diarreia intensa, por exemplo.

     Uma vez que na sua fase inicial este tipo de câncer não provoca o surgimento de sintomas, a maior parte dos pacientes só descobrem o diagnóstico numa fase mais avançada ou terminal, quando o câncer já se espalhou para outros locais, tornando mais difícil o tratamento.




CÂNCER DE PÂNCREAS
Algumas medidas preventivas podem ser adotadas, como evitar o consumo de derivados do tabaco e a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e adotar uma dieta balanceada com frutas e vegetais. Para indivíduos submetidos a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno ou que sofreram retirada da vesícula biliar, recomenda-se a realização de exames clínicos regularmente, como também para aqueles com histórico familiar de câncer. Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabete melitus devem também fazer exames periódicos.

CÂNCER DE FÍGADO
Evitando Infecções por Hepatite - O fator de risco mais significativo é a infecção crônica por hepatite B e C.
Limitando Uso de Álcool e Cigarro - O abuso de álcool é uma das principais causas da cirrose, que pode levar ao câncer de fígado.
Mantendo um Peso Saudável - Evitar a obesidade pode ser outra maneira para ajudar a se proteger contra o câncer de fígado.
Limitando a Exposição a Produtos Químicos Cancerígenos - Mudar a forma como certos grãos são armazenados em países tropicais e subtropicais poderia reduzir a exposição às substâncias causadoras de câncer, como as aflatoxinas.
Tratando Doenças que Aumentam o Risco - Certas doenças hereditárias podem causar cirrose hepática, aumentando o risco de câncer de fígado. Diagnosticar e tratar estas doenças precocemente pode diminuir esse risco.











Fontes:
1 - ONCOGUIA
2 - TUA SAÚDE
3 - INCA














Redação e Imagens: Divisão de Comunicação deste blog










quarta-feira, 15 de agosto de 2018

MP-827 VIRA A LEI 13.708 MAS REAJUSTE FOI VETADO



      Foi transformada na Lei 13.708 de 2018 a medida provisória que regula a atividade dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. A MP  estabelece pontos como a jornada de trabalho para recebimento do piso salarial, a participação em cursos de treinamento e o custeio de locomoção necessária para a realização do trabalho.

      A Medida Provisória (MP) 827/2018 havia sido aprovada pelo Congresso Nacional sob a forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 18/2018 no mês passado.

     Contudo, a Presidência da República vetou o reajuste de 52.86% do piso salarial dos profissionais, previsto no texto enviado à sanção.


Veto a reajuste

     A previsão de reajuste foi vetada após consulta aos ministérios do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, da Justiça, da Fazenda e da Saúde. Pelo texto aprovado no Congresso e enviado à sanção, o piso salarial nacional para os agentes comunitários seria de R$ 1.250 em 2019, R$ 1.400 em 2020 e R$ 1.550 em 2021. A partir de 2022, o piso seria reajustado anualmente em 1º de janeiro, com valor a ser fixado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

       Na razão para o veto, o presidente da República Michel Temer alegou que o aumento do piso é inconstitucional por não ter sido de iniciativa do Executivo Federal. Há também, segundo Temer, infração do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e da Lei de Responsabilidade Fiscal, por criar despesa obrigatória sem nenhuma estimativa de impacto financeiro.


Regulamentação

      De acordo com a nova lei, é essencial e obrigatória a presença de agentes comunitários de saúde nos programas ligados à saúde da família e de agentes de combate às endemias na estrutura de vigilância epidemiológica e ambiental. A cada dois anos, trabalhadores de ambas as carreiras frequentarão cursos de aperfeiçoamento organizados e financiados igualmente entre os entes federados.

        A jornada de trabalho de 40 horas semanais exigida para garantia do piso salarial será integralmente dedicada às ações e serviços de promoção da saúde, de vigilância epidemiológica e ambiental e de combate a endemias em prol das famílias e das comunidades assistidas, no âmbito dos respectivos territórios de atuação. Também vai assegurar aos agentes participação nas atividades de planejamento e avaliação de ações, de detalhamento das atividades, de registro de dados e de reuniões de equipe.

      Compete ao ente federativo ao qual o trabalhador estiver vinculado fornecer ou custear a locomoção necessária para o exercício das atividades.

A nova lei entrou em vigor nesta quarta-feira (15).


























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