quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

SURTO DE COCEIRA - DESCOBERTA A CAUSA


    Dermatologistas que atuam no Nordeste ajudaram a resolver um mistério que afetava moradores de munícipios da Região Metropolitana de Recife. Com o suporte da Sociedade Brasileira da especialidade (SBD), eles implementaram uma série de ações que permitiram identificar as causas de mais de 200 casos de dermatites registrados nas localidades. As queixas dos pacientes foram divulgadas pela imprensa em função de suas características e do desconhecimento da sua origem, até o momento. Por fim, foi confirmado que o problema tem relação com as asas de uma mariposa.

    O surto de dermatites pápulo-eritêmato-pruriginosas, com aspecto urticariforme, desafiou os serviços médicos da cidade. Os casos aconteceram em duas comunidades limítrofes à mata, localizadas em uma área de reserva de mata Atlântica do Parque Estadual de Dois Irmãos, em Recife (PE).

    Trabalho realizado pelos dermatologistas Cláudia Ferraz e Vidal Haddad Junior permitiu descartar várias hipóteses levantadas para explicar a origem do surto. Entre as possibilidades aventadas, estavam intoxicação por ivermectina, escabiose (sarna), picadas de insetos e outras. Contudo nenhuma com comprovação técnica ou científica.

    Para identificar as causas reais, a dermatologista Cláudia Ferraz conduziu uma pesquisa sobre a história epidemiológica correta e descreveu adequadamente as lesões, o que levou a suspeitar da provável etiologia. Por sua vez, Vidal Haddad Junior, que havia testemunhado e publicado outros surtos, esclareceu a etiologia da erupção.

    A chave do problema repousa nas asas de mariposas do gênero Hylesia, que se reproduzem nesta época do ano e causam epidemias de dermatites em vários pontos do país. Estes insetos entram em ambientes domésticos e ao se debaterem contra focos de luz, liberam cerdas corporais minúsculas que penetram profundamente na pele humana e causam a intensa dermatite observada. 


    Além da inflamação inicial, descrita na histopatologia como um infiltrado linfocitário, existe a probabilidade de formação de granulomas em fases posteriores. A dermatite permanece por dias e até semanas, devido à permanência das cerdas (“flechettes”) na pele. Estas cerdas podem ser observadas na pele e exames realizados as mostraram com clareza.

    Os especialistas da SBD explicam que o tratamento é feito com foco na inflamação com corticoides tópicos e anti-histamínicos e, por vezes, dependendo da extensão das lesões, o uso de corticoides sistêmicos pode ser necessário. “Com a comprovação das cerdas no exame direto, história clínica e epidemiológica extremamente compatível e relato de mariposas no local feito pelos moradores, concluímos que o mistério está resolvido e esperamos que os tratamentos corretos sejam ministrados à população”, assinalam os dermatologistas Claudia Ferraz e Vidal Haddad Júnior.




Acesse AQUI a nota técnica na íntegra.













Fonte: SBD-Sociedade Brasileira de Dermatologia









Redação e imagens: Divisão de Comunicação deste blog.










segunda-feira, 31 de maio de 2021

AVALIAÇÃO GERAL DO PREVINE BRASIL- 2021 ( Q-1 ) PRIMEIRO QUADRIMESTRE



Componentes do financiamento

Pagamento por Desempenho

        Um dos componentes que fazem parte da transferência mensal aos municípios é o pagamento por desempenho. Para definição do valor a ser transferido neste componente, serão considerados os resultados alcançados em um conjunto de indicadores que serão monitorados e avaliados no trabalho das equipes (eSF/eAP).

        Esse modelo tem como vantagem o aumento, no registro, das informações e da qualidade dos dados produzidos nas equipes. É importante, portanto, que as equipes se organizem para registrar e enviar periodicamente seus dados e informações de produção, por meio do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), bem como para planejar o processo de trabalho para melhorar o desempenho. Para o ano de 2020, foram elencados e pactuados de forma tripartite sete indicadores que atendem às seguintes ações essenciais: Indicadores criar figuras (texto no comentário)

      O monitoramento desses indicadores vai permitir avaliação do acesso, da qualidade e da resolutividade dos serviços prestados pelas equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária, viabilizando, assim, a implementação de medidas de aprimoramento das ações no âmbito da Atenção Primária à Saúde, além de ser um meio de dar mais transparência aos investimentos na área da saúde para a sociedade. Os indicadores de pagamento por desempenho serão monitorados individualmente a cada quadrimestre, e seus resultados terão efeitos financeiros a partir de setembro de 2020.


Saiba como será calculado os indicadores nesse slide.

1-Nota Técnica nº 5/2020

2- Como a equipe de Saúde da Família pode melhorar os indicadores de desempenho

3- Roteiro de navegação no e-Gestor

4- Guia para Qualificação dos Indicadores da APS - PEC

5- Guia para Qualificação dos Indicadores da APS - CDS

6- Guia AS CID para Qualificação dos Indicadores da APS - Thrift (integração)


    A transferência dos incentivos financeiros para equipes ou serviços da Atenção Primária à Saúde depende do credenciamento e homologação no SCNES, levando em consideração critérios mínimos exigidos de validação dessas equipes e serviços, para que seja cumprida a transferência dos incentivos financeiros federais de custeio, conforme estabelecido pela Portaria nº 60/SAPS/MS, de 26 de novembro de 2020.


RESULTADO DE AVALIAÇÃO PB-2021 - Q-1

EQUIPES HOMOLOGAS



Consulte os Relatórios da APS

Visite o FNS

Pesquise os 5570 municípios no Fundo a fundo






Fonte: APS - MS










Redação e Imagens: divisão de comunicação deste blog.






segunda-feira, 1 de março de 2021

IRPF - IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA - 2021 E RESTITUIÇÃO COM ATENÇÃO AO AUXÍLIO EMERGENCIAL EM 2020

 


O QUE É IMPOSTO DE RENDA?

    O imposto sobre a renda ou imposto sobre o rendimento em que cada contribuinte, seja ele pessoa física ou pessoa jurídica, é obrigado a deduzir uma certa porcentagem de sua renda média anual para o governo federal. A dedução é realizada com base nas informações financeiras de cada contribuinte, obedecendo a tabela do organismo fiscalizador.

IRPF 2021: Veja como declarar o auxílio emergencial e saque do FGTS

    Umas das novidades deste ano IRPF 2021, é o Auxílio emergencial e saques emergenciais do FGTS.

    Mas calma, para toda regra existe uma exceção, não é para todos que receberam o Auxílio Emergencial, tem à obrigação de declarar. O valor do benefício assistencial é para quem recebeu o montante acima de R$ 22.847,76 durante o ano de 2020.  

Auxílio emergencial: devolver ou declarar?

    O auxílio emergencial, tanto o auxílio cheio, de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras), como o auxílio emergencial extensão, de R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras), terão de ser declarados, por serem considerados rendimentos tributáveis de pessoa jurídica.

    Quem recebeu mais de R$ 22.847,76 de rendimentos tributáveis no ano passado e tiver sido contemplado com o auxílio emergencial deverá devolver os valores do benefício.

    A devolução do auxílio emergencial está estabelecida pela Lei 13.982, de abril de 2020. Mais informações sobre como devolver os recursos podem ser obtidas na página do Ministério da Cidadania na internet.

    A declaração no Imposto de Renda e a devolução do benefício valem tanto para o contribuinte principal, como para os dependentes.

    Quem ganhou menos que R$ 22.847,76 em rendimentos tributáveis em 2020 e recebeu auxílio emergencial está isento da declaração do IRPF e não precisa se preocupar.

    Para quem não recebeu o auxílio, a faixa de isenção foi mantida em R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis no ano passado.

    Pela primeira vez, o programa preenchedor dedicará espaço para a declaração de criptomoedas e de outros ativos eletrônicos.

    O saque emergencial de R$ 1.045 do FGTS, autorizado como medida de alívio durante a pandemia de covid-19, também precisará ser declarado, como todos os saques do Fundo de Garantia.

    O dinheiro deverá ser informado no campo “Rendimentos isentos e não tributáveis”. Por se tratar de um rendimento isento, o FGTS não altera a base de cálculo do IR, mas o valor deve ser declarado para comprovar a origem dos recursos.

Onde pegar o Informe de Rendimentos do auxílio emergencial?

    Segundo a Receita Federal, quem recebeu o auxílio emergencial pode pegar o Informe de Rendimentos no site do Ministério da Cidadania ou neste link.

Onde lançar auxílio emergencial no Imposto de Renda?

    Por não ser isento de pagar imposto, logo se trata de um rendimento tributável, recebido de pessoa jurídica, sendo assim, deve ser lançado no campo  “Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica”.  No informe de rendimento terá o nome da fonte pagadora e o CNPJ

Quem recebeu auxílio emergencial vai pagar Imposto de Renda?

    Segundo a Receita Federal o recebimento do auxílio emergencial por si só não gera a obrigação pagar Imposto de Renda. No entanto, dependendo do valor do benefício, em somatória com outros rendimentos obtidos ao longo do ano pode haver necessidade de pagar imposto ou redução na restituição.

    A Receita também lembra que um dos principais motivos da incidência em malha fina anualmente é a omissão de rendimentos de dependentes e despesas médicas.

O que é preciso informar na declaração do IRPF anual?

    Todos os seus rendimentos durante o ano de 2020, inclusive os isentos e não tributados pelo imposto de renda como saque de FGTS e indenizações por acidente de trabalho, além de bens, despesas médicas, odontológicas, gastos com educação, aluguéis, pagamento de pensão alimentícia, dependentes, operações na bolsa de valores, entre outros. 

    Vale lembrar que nem todas as suas despesas poderão ser deduzidas de seu imposto final, mas é importante incluir todas as informações necessárias para avaliar qual o melhor cenário para o seu caso.

O que eu posso deduzir do imposto devido na declaração?

    Para garantir o menor valor de imposto a pagar ou restituir o maior valor possível, é importante declarar todas as suas despesas e saber quais delas são dedutíveis para fins do cálculo deste imposto.

    Vale lembrar que você tem a possibilidade de entregar sua declaração em dois modelos diferentes: o simplificado, que deduz 20% da base de cálculo do imposto, limitado a R$16.754,34, e o modelo completo, que leva em consideração todas as despesas dedutíveis que você teve durante o ano. 

    Informe todos eles na declaração e guarde os comprovantes, para comparar qual é o mais vantajoso no seu caso. Podem ser deduzidos de sua base de imposto, por exemplo:

Dependentes: Pais, filhos, enteados e companheiros, são alguns exemplos que podem ser adicionados como dependentes, garantindo uma dedução de R$ 2.275,08 por dependente. 

Pensão Alimentícia: O valor de pensão pago é dedutível quando for estabelecido em decisão judicial ou acordo extrajudicial. 

Educação: As despesas com educação infantil, ensino fundamental, médio e superior do próprio contribuinte e seus dependentes também podem ser deduzidas da base do imposto, com um limite de R$ 3.561,50 por pessoa. Vale lembrar que material escolar e cursos de idioma e preparatórios não podem ser incluídos na conta.

Saúde: Todos os valores pagos a título de consultas, planos de saúde, internações, psicólogos, dentistas, entre outros, podem ser deduzidos integralmente do imposto de renda, sejam eles do declarante ou de seus dependentes, desde que comprovadas como notas fiscais e/ou recibos.

Previdência Social ou Privada: É possível deduzir todo o valor pago ao INSS em folha ou de forma autônoma, inclusive dos dependentes. Já a previdência privada do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) pode ser deduzida com um limite de 12% da renda bruta anual tributável declarada.

Qual o prazo para que as empresas e bancos forneçam o Informe de Rendimentos?

    As empresas e os bancos devem disponibilizar até o dia 26 de fevereiro de 2021 os Informes de Rendimento relativos a cada CPF dos seus empregados e/ou clientes. Além de outros documentos, o Informe de Rendimentos é o documento essencial para o preenchimento da declaração.

Como acompanhar a situação da declaração do meu Imposto de Renda? 

    Após finalizar sua declaração, é possível consultar o processamento entrando no  portal do GovBR, acessando o e-CAC. Feito isso, vá até a opção “Meu Imposto de Renda”. Lá, você tem acesso ao status de sua declaração com a Receita, além de acompanhar a liberação de sua restituição ou emitir suas guias de imposto, caso seja apurado IR a pagar.

    Para acessar o portal será necessário ter um certificado digital ou criar um código de acesso. Para isso, você precisará informar seus dois últimos números de recibo da declaração de IRPF, caso não possua, a senha pode ser gerada em um posto da Receita Federal.


5 passos para declarar o IRPF 2021 com sucesso


1. Organize toda a documentação necessária 

A primeira coisa que você precisa para entregar a declaração é separar toda a documentação necessária. Utilize a lista completa de documentos necessários que informamos no início do artigo para confirmar se você já está com tudo certo para partir desta etapa para a próxima.

2. Instale o programa da Receita Federal ou baixe o aplicativo

Com todos os documentos em mãos, é hora de realizar o download do programa da Receita Federal em seu computador ou baixar o aplicativo IRPF.

Você pode iniciar uma declaração do zero, importar os dados de sua declaração do ano anterior ou se tiver um certificado digital, selecionar a opção de declaração pré-preenchida, que importa várias informações automaticamente para o programa.

3. Preencha todos os campos e fichas da declaração 

Chegou a hora de preencher os dados da declaração. Junte os documentos separados e inclua as informações conforme as orientações que passamos, tendo muita atenção no preenchimento, pois a maior parte dos casos de malha fina são por erros preenchidos de forma incorreta.

É muito importante lembrar que você só pode lançar dados que possuam comprovantes válidos para comprovação, como notas fiscais e recibos. 

4. Verifique a declaração mais vantajosa

Ao finalizar o preenchimento das informações, o programa irá apresentar o valor a pagar ou restituir nas duas modalidades disponíveis: completa e simplificada. E você poderá escolher a mais vantajosa para você.

No modelo completo poderão ser deduzidas da base de cálculo do imposto todas as despesas permitidas por lei da . Significa dizer que, de seus rendimentos tributáveis serão deduzidas as despesas com INSS, médicas, com educação e outros. 

Já na declaração simplificada, estas despesas não são consideradas, tendo a base de cálculo um desconto fixo de 20%, limitado a R$16.754,34 total.

5. Transmita as informações 

Após terminar o preenchimento, conferir e escolher seu modelo de declaração, basta verificar as pendências para garantir que nada ficou para trás, e transmitir sua declaração para a Receita Federal.

Imprima o recibo e a declaração completa, gere uma cópia de segurança do arquivo, ele pode ser utilizado para importar seus dados na declaração do ano seguinte.

Pronto! Agora você pode descansar e esperar a restituição – se for seu caso – pois já cumpriu sua obrigação com o IRPF em 2021. 

Ainda tem dúvidas? Fale com a Contabilizei. A gente te ajuda a entender tudo sobre o IRPF para que você possa realizar a sua declaração do imposto de renda com facilidade e muita segurança.

A restituição

    A Secretaria da Receita Federal divulgou que o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física 2021, ano-base 2020,  será de 1º de março a 30 de abril. As restituições começam a ser pagas em maio.

    Uma das novidades na declaração do Imposto de Renda em 2021 é que beneficiários do Auxílio Emergencial serão obrigados a declarar.

Vale a pena declarar mesmo não estando entre os casos obrigatórios?

Se você não se enquadra em nenhum dos casos de obrigatoriedade que mencionamos ou foi declarado como dependente no IRPF de outro contribuinte, fica dispensado da entrega.

Mas vale sempre lembrar que, mesmo sem estar obrigado à entrega, declarar seus rendimentos e despesas pode ter uma série de vantagens, podendo ser utilizada como comprovante de renda em empréstimos e financiamentos ou até mesmo garantindo uma restituição de imposto.

Como será o calendário da restituição do IRPF em 2021?

Assim como em 2020 o calendário da restituição começará no final de maio e terá 5 lotes. Confira as datas:

1º lote: 31 de maio de 2021

2º lote: 30 de junho de 2021

3º lote: 30 de julho de 2021

4º lote: 31 de agosto de 2021

5º lote: 30 de setembro de 2021

Normalmente estão enquadrados nos primeiros lotes idosos, pessoas com deficiência e professores, eles tem prioridade no recebimento. Porém quanto antes você fizer a declaração e enviar, mais cedo ela será processada e, caso você tenha direito a restituição, mais rápido poderá recebê-la. 












































Redação e imagens: Divisão de Comunicação deste blog.









quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

A MÁSCARA CORRETA E O USO CORRETO DURANTE A COVID-19

 



    Conhecer os tipos de máscaras de proteção respiratória é o primeiro passo para a definição de qual a mais adequada para cada situação.

    Com algumas cidades brasileiras adotando o uso obrigatório de máscaras para todas as pessoas que saem de suas casas, em função do novo coronavírus, as dúvidas sobre qual o melhor tipo de proteção são muitas.

    Por conta disso preparamos um guia para que você possa escolher com mais segurança entre tantos tipos de máscaras de proteção respiratória qual o mais adequado para você!

Conheça agora!



Como escolher um dos tipos de máscaras de proteção para as vias respiratórias?

Aplicação

    Cada profissão requer um tipo de máscara específico e com determinado grau de eficiência.

    É por conta disso que as pessoas que estão na linha de frente da luta contra a Covid-19 devem ter acesso às máscaras apropriadas para a sua proteção.

    Enquanto a população, de forma geral, pode utilizar máscaras de pano confeccionadas em casa, seguindo as orientações do Ministério da Saúde.

Tipo de máscara

    Existem, basicamente, dois tipos de máscaras de proteção respiratória: aquelas que chamamos máscaras de proteção e as chamadas máscaras cirúrgicas.

Entre elas, as maiores diferenças são que as chamadas máscaras cirúrgicas protege quem as usa contra infecções transmitidas por meio de gotículas, enquanto as máscaras de proteção formam uma barreira contra qualquer agente que possa ser inalado.


Nível de proteção

Seja uma máscara de proteção ou uma máscara cirúrgica, todos os tipos de máscaras de proteção respiratória possuem regulamentações específicas para sua produção e uso.

No entanto, essas normas são variáveis de acordo com a realidade de cada país, especificamente.

No Brasil tanto a ANVISA quanto o Ministério da Saúde são as autoridades que dividem responsabilidades sobre as normatizações de uso.

Descartáveis ou reutilizáveis

Cada máscara, conforme dissemos, tem a sua especificidade em relação ao uso.

As máscaras cirúrgicas são equipamentos de proteção individual descartáveis. Ou seja: um único uso é o suficiente para inviabilizar o próximo uso.

Já as marcas de proteção são equipamentos reutilizáveis.

Algumas, que contam com um tipo de filtro interno de carvão ativado, por exemplo, podem ter também seus filtros trocados.

Período de eficácia da filtração

O tempo de uso sempre dependerá do modelo de máscara adquirido, uma vez que os tipos de máscara de proteção respiratória são diferentes entre si.

O que sempre devemos ter em mente, no entanto, é que o limite de uso é sempre marcado pela sensação de umidade na máscara.

Sempre que ela estiver úmida, deixará de ser eficiente e deverá ser trocada.

Conforto

Existem diversos tipos de máscara de proteção e cirúrgica, bem como vários tamanhos.

As máscaras devem ser, também, sempre ajustáveis, de forma que possam cobrir boca e nariz.

Quais são os tipos de máscaras de proteção respiratória?

Existem alguns tipos de máscaras de proteção respiratória e cada um tem uma indicação.

Algumas máscaras de proteção têm respiradores, que são muito utilizadas por pessoas que trabalham com produtos químicos, por exemplo, e necessitam proteger seu sistema respiratório dos gases por eles liberados.

Outros tipos de máscaras de proteção respiratória, como a N95, são utilizadas em ambientes hospitalares para proteger o profissional de saúde de contaminações virais, como a causada pelo novo Coronavírus.

Existem duas normas aplicáveis às máscaras de proteção, sendo uma a europeia e a outra a americana.

As máscaras de proteção na tipificação americana são assim classificadas:

Classe N: como a N95, N99 e N100, são indicadas para o tratamento da Covid-19, MERS, SARS e H1N1 em ambientes hospitalares;

Classe R: máscaras que são também resistentes a óleo por até oito horas, como a R95, R99 e também a R100;

Classe P: máscaras que são absolutamente resistentes a óleos, tais como a P95, P99 e P100. Já as máscaras classificadas segundo a norma europeia, recebem o nome de PFF – Peças Faciais Filtrantes.

PFF1: essa máscara, dentre todas as da classe PFF, é a menos filtrante. Filtra até 80% de todos os aerossóis e tem, no máximo, 22% de fuga deles para o interior.

PFF2: filtra no mínimo 94% e tem, no máximo, 8% de fuga para o interior. É utilizada em ambiente hospitalar para prevenir profissionais do contágio da Covid-19, SARS e Tuberculose, dentre outras.

PFF3: filtra, no mínimo, 99% de todas as partículas e tem fuga para o interior de no máximo 2%. É a máscara protetora mais potente que podemos ter acesso.

Ela é utilizada por trabalhadores que precisam ser protegidos de partículas como o amianto, por exemplo.

Quando optar por uma máscara cirúrgica?

As máscaras cirúrgicas devem ser utilizadas somente em ambiente hospitalar, por equipes de profissionais ligados à saúde.

A máscara deste tipo é um equipamento de proteção individual descartável e é utilizada por profissionais que necessitam de uma barreira contra vírus e bactérias transmitidos por meio de gotículas.

No entanto, aqueles agentes que causam infecções e são transmitidos por via aérea não são barrados por máscaras desse tipo.

É justamente por conta disso que seu uso não é recomendado para a população em geral e deve ser restrito ao ambiente médico-hospitalar.

Quando optar por uma máscara de proteção respiratória?

As máscaras de proteção respiratória são equipamentos de proteção individual cuja função é filtrar impurezas presentes no ar que podem causar danos a saúde.

Seu uso, no entanto não se limita somente ao ambiente médico-hospitalar.

Pessoas que trabalham expostas a agentes químicos, ao pó ou à fumaça também devem utilizá-las.

As máscaras de proteção podem ter ou não acessórios filtrantes a elas incorporadas, como filtros de carvão ativado, por exemplo.

Você deve optar por uma máscara desse tipo quando se estiver exposto a qualquer agente dessa classe.

Quais as normas aplicáveis aos diferentes tipos de máscaras de proteção respiratória?

As normas aplicadas aos diferentes tipos de máscaras de proteção respiratória podem ser determinadas de acordo com cada país em que são fabricadas, testadas e comercializadas.

Conforme vimos, existem diferentes tipos de máscaras de proteção respiratória comercializadas no Brasil.

A N95, N99 e N100 são aquelas nomeadas de acordo com a tipificação americana.

Já as máscaras PFF1, PFF2 e PFF3 recebem essa nomenclatura de acordo com a tipificação europeia.

Orientações da ANVISA

De acordo com a determinação da ANVISA presente em sua nota técnica GVIMS / GGTES/ANVISA Nº 04/2020 cada grupo envolvido diretamente na pandemia do COVID-19 deve utilizar um dos tipos de máscara de proteção respiratória.

Na página 8 do documento encontramos as seguintes informações:

Casos suspeitos, confirmados e acompanhantes devem utilizar máscara de proteção cirúrgica;

Profissionais de saúde devem utilizar máscaras de proteção cirúrgica durante o atendimento e máscaras de proteção respiratória N95 ou PFF2 durante procedimentos;

Profissionais de apoio devem utilizar máscaras cirúrgicas.

Todos devem constantemente higienizar as mãos com sabonete líquido ou álcool em gel 70% e tanto os profissionais de saúde quanto profissionais de apoio ainda devem utilizar também:

Profissionais de saúde: face shield, avental, luvas e gorro;

Profissionais de apoio: face shield, avental e luvas.

Quais tipos de máscaras de proteção respiratória protegem de doenças contagiosas e vírus?

As doenças transmissíveis por via respiratória requerem atenção especial por parte do paciente, por parte da equipe médica e dos auxiliares que possam se envolver no processo de cuidado.

Veja a seguir quais são as máscaras que cada um deve utilizar em caso de contaminação ou tratamento das principais doenças respiratórias.

Tuberculose

Os pacientes que foram diagnosticados com tuberculose devem utilizar máscaras cirúrgicas, sobretudo quando estão em fase de contágio.

As máscaras cirúrgicas evitam a contaminação do ambiente e de pessoas que estiverem ao seu redor através das gotículas respiratórias ou da fala.

Já profissionais de saúde envolvidos diretamente ou não no cuidado de pessoas com tuberculose devem utilizar máscaras de proteção respiratória de classe PFF2.

Novo Coronavírus, SARS, H1N1

Todos os pacientes com suspeita ou confirmação dessas doenças, bem como seus respectivos acompanhantes, devem utilizar máscaras cirúrgicas.

Já os profissionais de saúde que tenham qualquer envolvimento direto com esses pacientes devem utilizar máscaras de proteção respiratória PFF2, no mínimo, sendo a PFF3 mais recomendada.

Devo usar uma máscara descartável ou reutilizável?

A máscara cirúrgica é um dos tipos de máscaras de proteção respiratórias descartáveis.

Assim, logo depois de utilizá-la – seja por duas horas ou até que fique úmida, o que acontecer primeiro – deve ser retirada cuidadosamente e descartada em recipiente apropriado.

Já as máscaras de proteção podem ser descartáveis ou não, a depender do seu tipo.

Quando são máscaras de proteção respiratória com filtro, a depender do seu manual, podem ser feitas as devidas substituições apenas do elemento filtrante.

De qualquer forma, o fabricante é aquele que realiza os devidos testes e é o capacitado para fazer a observação de utilização correta.

Qual a diferença entre os tipos de máscaras de proteção respiratória PFF1, PFF2 e PFF3?

O que difere os tipos de máscaras de proteção respiratória é o grau de eficiência em relação à filtragem do ar.

As máscaras de proteção PFF são, em si, o seu próprio filtro e diferem apenas em graus de filtragem, sendo:

PFF1: filtra 80% no mínimo;

PFF2: filtra 94% no mínimo;

PFF3: filtra 99% no mínimo.

No entanto, cada uma dessas máscaras também têm um potencial de entrada de ar, chamada tecnicamente de “fuga”, sendo:

PFF1: fuga de 22%, no máximo;

PFF2: fuga de 8%, no máximo;

PFF3: fuga de 2%, no máximo.

Qual a diferença entre as máscaras PFF2, N95 e máscaras cirúrgicas descartáveis?

A máscara conhecida como N95 refere-se a um classificação de filtro de aerossol adotada nos EUA e equivalente, no Brasil, a PFF2. Ou seja, a diferença entre a PFF2 e a N95 se refere à nomenclatura utilizada em cada país.

Uma das diferenças entre as máscaras N95 ou PFF2  para as máscaras cirúrgicas descartáveis se concentra no seu potencial de filtragem de gotículas. 

Sendo a principal diferença entre a máscara cirúrgica e a N95 é que a primeira não protege adequadamente o usuário de patologias transmitidas por aerossóis.

Máscaras cirúrgicas descartáveis

São eficazes contra infecções bacteriológicas e possuem três níveis: I, II e R. A combinação IIR torna a máscara cirúrgica resistente a salpicos e filtração bacteriana de pelo menos 98%.

Já na norma americana, observamos três níveis, sendo: N1, N2 e N3. A N3 tem eficiência a exposição de fluídos, sendo recomendada para profissionais que lidam com riscos elevados de contaminação.

PFF2 ou N95:

A eficiência da máscara de proteção respiratória N95 ou PFF2 é de 95%, com fuga de 8% para o interior da máscara.

É utilizada para a proteção de profissionais de saúde envolvidos diretamente no tratamento de pessoas contaminadas por Covid-19, tuberculose, SARS e MERS.

Como colocar e usar máscaras de proteção respiratória? Cuidados e passo a passo

Para colocar

Retire a máscara que você vai utilizar de sua embalagem de forma cuidadosa e deixe-a em sua embalagem, do lado de dentro;

Limpe cuidadosamente as suas mãos;

Coloque a sua máscara em seu rosto, evitando tocar a parte interna dela;

Ajuste o clip nasal, caso ele exista;

Ajuste os elásticos ou os atilhos para melhor conforto em sua face;

Verifique se a máscara está cobrindo totalmente o queixo e o nariz, exatamente colada à face;

Não mexa mais na máscara até o momento de retirá-la. Se precisar ajustar, ajuste pelos elásticos ou atilhos.

Lave suas mãos cuidadosamente.

Para retirar

Lave suas mãos cuidadosamente;

Para retirar a sua máscara não toque a parte externa;

Retire cuidadosamente através dos elásticos ou atilhos;

Deposite sua máscara em um dispositivo apropriado para o descarte;

Lave suas mãos cuidadosamente.

Se necessário coloque outra máscara.

Conclusão

Conforme vimos, existem diversos tipos de máscaras de proteção respiratória e cada uma é indicada para um perfil específico de utilização.

No entanto, mais do que saber o tipo correto de máscara a ser utilizada para cada especificidade é a sua utilização correta.

É somente através do uso correto que a máscara de proteção ou cirúrgica do tipo descartável tem total eficácia.

Portanto, seja lá qual for o seu caso, se paciente ou profissional da saúde, tome sempre as devidas precauções tanto ao inserir uma máscara nova, seja para retirá-la e descartá-la.

Essas são atitudes responsáveis que fazem total diferença e complementam o uso correto da sua máscara.


Abaixo algumas imagens para 

apresentação na comunidade.




















Fontes:

1- ANVISA

2- USO EFICAZ DA MÁSCARA












Redação e imagens: Divisão de comunicação deste blog.