quarta-feira, 26 de novembro de 2014

ANSIEDADE SOCIAL - UM PROBLEMA ATUAL

VOCÊ TEM TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL?


        Existem muitos equívocos relativamente ao diagnóstico de ansiedade social. Por vezes confunde-se com timidez, com falta de habilidades sociais, com algum traço de personalidade, com introversão, com algumas fobias específicas, com transtorno do pânico.
           O fato de uma pessoa ter medo de falar em público e ficar ruborizado na presença de outros, não tem necessariamente de considerar-se ansiedade social. No entanto, também não podemos numa primeira impressão dizer que é apenas timidez. Aquilo que mais define um transtorno de ansiedade social, para além de um conjunto de sintomas que estão associados, é a magnitude do desconforto, e o quanto afeta ou limita a vida da pessoa.


        A ansiedade social é um sentimento de desconforto, medo ou preocupação, que é centrado nas nossas interações com outras pessoas e envolve uma preocupação relativamente ao fato de poder ser julgado e negativamente avaliado, ou desprezada pelos outros. Embora muitas vezes possa acontecer durante uma situação social, também pode aparecer em antecipação  a uma ocasião social programada, ou depois, quando analisamos o nosso desempenho numa determinada situação.

         Para a pessoa com ansiedade social, ir a uma entrevista de emprego é pura tortura: você sabe que sua ansiedade lhe causará um problema. Você pode optar por parecer engraçado, você pode ser hesitante, talvez você até possa corar, ou eventualmente não será capaz de encontrar as palavras certas para responder às perguntas de forma coerente. Talvez esta seja a pior parte de tudo o resto: Você sabe que vai acabar por dizer alguma coisa errada. Você simplesmente sabe isso. É especialmente frustrante, porque você sabe que poderia fazer bem o trabalho e poderia ter passado naquela que foi uma entrevista aterradora e intimidante.

FALTA DE ESCLARECIMENTO

Acredito que poucas pessoas socialmente ansiosos devem ter ouvido falar do seu próprio problema, eventualmente nunca o viram a ser discutido nos mídia, como talk shows na televisão. As pessoas socialmente ansiosas pensam que são os únicos no mundo que têm esses sintomas terríveis.

Sentem sensações ansiosas nos seus corpos, tais como:

corar
Sudorese
Batimento cardíaco acelerado
Agitação ou tremor
Boca seca
Falta de ar
Sensação de desmaio
Sentem Pensamentos ansiosos sobre si mesmos, em relação aos outros e às situações:

“Todo mundo está olhando para mim.”
“Vão pensar que eu sou um perdedor”.
“Eu não pertenço aqui.”
“Eu não tenho nada a dizer.”
“As pessoas vão ver como eu estou nervoso”.
“Eles não vão querer falar comigo novamente.”
“Eu vou parecer cada vez mais tolo.”
Comportamentos ansiosos, que podem ser provocados pela ansiedade, mas também podem piorar a ansiedade a longo prazo:

Evitar ir a situações sociais
Abandonar situações/lugares sociais
Frequentar apenas lugares “seguros” ou lugares com pessoas”seguras” e da sua confiança
O uso de telefones celulares, leitores de MP3 ou outros dispositivos para evitar entrar em conversas
Desculpar-se excessivamente
Solicitação de confiança dos outros
Preparação excessiva (memorizar o que dizer)
Tentativas de retirar a atenção direta das outras pessoas durante o seu desempenho (por exemplo, fazendo piadas, vestir-se de modo particular, etc)
Procura de sinais de julgamento dos outros sobre si mesmo

        Existe a possibilidade das pessoas com ansiedade social terem uma vida melhor, desde que invistam no seu tratamento. Quer seja com a intervenção de um profissional, ou com um programa de auto-ajuda, o importante é comprometer-se com a melhoria do problema ansioso. Na verdade, as pessoas que não são bem sucedidas, são aquelas que não são persistentes na sua prática e que não  aplicam alguns dos métodos e técnicas simples no seu dia-a-dia. Essas pessoas, são aquelas que desistem.


Porque razão desistimos dos nossos objetivos?

       Desistir ou não desistir, eis a questão! Todos nós em alguma altura da nossa vida enfrentamos este dilema. A possibilidade de desistência assombra-nos como uma manhã nebulosa. Colocamos a nossa capacidade em questão, ou simplesmente não queremos passar pelo sacrifício do esforço que temos de despender para concretizarmos ou levarmos até ao fim o que queremos ou nos propusemos.
           A partir do momento em que nos propomos a um objetivo exigente, a um desafio empolgante ou a mudar algo, inúmeras razões poderão surgir que nos empurram para a dúvida e incerteza (por exemplo, o medo do fracasso, medo do sucesso, a preguiça, falta de acreditar em nós mesmos, etc). Uma maneira de pensar sobre o porquê de não desistirmos é que outras motivações mais poderosas atraem a nossa atenção (por exemplo, o desejo de melhorar o nosso nível de aptidão, reduzir o nosso nível de gordura, ter prestígio, ganhar dinheiro). A ideia de desistir só permanece na nossa mente enquanto existirem razões para desistirmos, mas as probabilidades de desistirmos só aumentam quando nos focamos na desistência.
         Nós não acabamos por desistir de algo porque enfrentamos muitos obstáculos ou por esses obstáculos serem muito difíceis. Nós acabamos por desistir porque em determinadas situações somos demasiado fracos. Na grande maioria da vezes não porque na realidade o somos, mas principalmente por pensarmos que somos fracos.
        Todos nós, mais tarde ou mais cedo somos confrontados com contratempos na nossa vida. Existem razões para alguns de nós ficarmos paralisados nestas situações levando-nos à desistência. Apresento, 3 dos maiores obstáculos que promovem a desistência:

Você não antecipa as razões que o podem levar a falhar
Você não antecipa formas de lidar com os contratempos
Você não acredita que consegue mudar











Fotos: Arq.Felixfilmes




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