terça-feira, 15 de setembro de 2015

SETEMBRO DOURADO - ALERTA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER INFANTO-JUVENIL



      Cerca de 70% das crianças e adolescentes brasileiros, entre zero e 18 anos, que são diagnosticados no início de um câncer, se curam, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas quando o diagnóstico é feito de forma tardia, essa taxa cai para menos da metade, como informa a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).
     A Campanha Nacional  Setembro Dourado foi lançada para conscientizar a população sobre a importância da identificação da doença o mais cedo possível.
      Segundo o Inca, cerca de 11 mil novos casos de câncer infanto-juvenil são registrados, por ano, no Brasil. Apesar das grandes chances de cura, é a principal causa de mortes por doença, nessa faixa etária.


     Para a presidente da Sobope, Teresa Fonseca, o maior desafio é identificar a patologia, já que o tratamento, segundo ela, é acessível.


       Mas o presidente da Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer, Rilder Campos, diz que o desafio dos pequenos pacientes no interior do país é maior, já que os centros especializados de diagnóstico e tratamento estão nos grandes centros.
      Insistir no diagnóstico, mesmo que se pareça com uma doença comum, também é importante para o sucesso no tratamento.
       De acordo com o Inca, o linfoma, que são nódulos em áreas como pescoço, axilas e virilha, é o terceiro tipo da doença que mais atinge o público infanto-juvenil, ficando atrás da leucemia e dos tumores na cabeça. 
    Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, a quimioterapia e a radioterapia são tratamentos eficazes na cura dos pequenos. Mas, em casos mais graves, a doação de órgãos e tecidos, como a medula óssea, pode salvar vidas.

Tipos de Câncer 

        O progresso no desenvolvimento do tratamento do câncer na infância foi espetacular nas últimas quatro décadas. Estima-se que em torno de 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. A maioria dessas crianças terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

       Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do adulto afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão). Doenças malignas da infância, por serem predominantemente de natureza embrionária, são constituídas de células indiferenciadas, o que determina, em geral, uma melhor resposta aos métodos terapêuticos atuais.

      No adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que nos permitam observar claramente essa associação. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e orientação terapêutica de qualidade.

Diferença entre o câncer infantil e o câncer adulto:

      Em nosso meio,  muitos pacientes ainda são encaminhados ao centro de tratamento com doenças em estágio avançado, o que se deve a vários fatores: desinformação dos pais, medo do diagnóstico de câncer (podendo levar à negação dos sintomas), desinformação dos médicos. Também contribuem para esses atrasos no diagnóstico, os problemas de organização da rede de serviços e o acesso desigual às tecnologias diagnósticas.  Mas algumas vezes também está relacionado com as características de determinado tipo de tumor, porque a apresentação clínica dos mesmos pode não diferir muito de diferentes doenças, muitas delas bastante comuns na infância. Os sinais e sintomas não são necessariamente específicos e, não raras vezes, a criança ou o jovem podem ter o seu estado geral de saúde ainda em razoáveis condições, no início da doença. Por esse motivo, é de importância crucial o conhecimento médico sobre a possibilidade da doença. 
     É muito importante estar atento a algumas formas de apresentação dos tumores da infância. 

    Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna suscetível a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas.
No retinoblastoma, um sinal importante de manifestação é o chamado "reflexo do olho do gato", que é o embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de fotofobia ou estrabismo. Geralmente acomete crianças antes dos três anos de idade. Hoje a pesquisa desse reflexo poderá ser feita desde a fase de recém-nascido.
     Algumas vezes, os pais notam um aumento do volume ou uma massa no abdômen, podendo tratar-se nesse caso, também, de um tumor de Wilms ou neuroblastoma.
Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, podendo ser visíveis ou não e causar dor nos membros, sintoma, por exemplo, frequente no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes.
   Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dor de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.
    É importante que os pais estejam alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas e que ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra para avaliação. É igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância. Mas isto não deve ser motivo para que a visita ao médico seja descartada.
      O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto, em que há necessidade da participação de um laboratório confiável e do estudo de imagens. Pela sua complexidade, o tratamento deve ser efetuado em centro especializado, e compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença. O trabalho coordenado de vários especialistas também é fator determinante para o êxito do tratamento (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas), assim como o de outros membros da equipe médica (enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos).

Todos os cânceres são genéticos. Genético ≠ Hereditário

—- Genético: Que está relacionado ao gene (é um segmento do DNA responsável em sintetizar uma proteína ou em determinar uma característica. Ex: a cor dos olhos).
—-  Hereditário: Que se transmite por sucessão. De pai e mãe para filho(a).​
O prognóstico (são as chances de cura baseadas em determinantes que seguem abaixo) nos centros especializados brasileiros, o prognóstico é de 70% a 80%  de cura, ou seja, crianças, com tipos de câncer em geral, que vivem mais de 5 anos após o diagnóstico.

O prognóstico está relacionado a alguns fatores:


       Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, inseridos no seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente. Neste sentido, não deve faltar  ao paciente e à sua família,  desde o início do tratamento, o suporte psicossocial necessário, o que envolve o comprometimento de uma equipe multiprofissional e a relação com  diferentes setores da sociedade, envolvidos no apoio às famílias e à saúde de crianças e jovens.



Para saber mais os detalhes dos tipos de câncer veja nos links abaixo.

  1 - Leucemias
       a) Leucemia Linfóide Aguda
       b) Leucemia Mielóide Aguda

  2 - Linfomas
       a) Linfoma de Hodgkin
       b) Linfoma não Hodgkin

  3 - Neuroblastoma





  8 - Histiocitose


       a) Astrocitoma
       b) Ependimoma
       c) Meduloblastoma


       a) Osteossarcoma



















Fontes: SOBOPE
           INCA













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