segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CHIKUNGUNYA - AQUELE QUE SE CURVA ( KATOLOTOLO )

Febre Chicungunha é o nome de uma doença 
que está se alastrando pelo mundo,
causada por um vírus parente do da dengue.


          O nome Chicungunha significa “aquele que se curva” no idioma swahili, da Tanzânia, devido à forma com que os primeiros pacientes se curvavam por causa das dores.


           O vírus Chikungunya (na grafia original), ou CHIKV, também transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti, além do Aedes albopictus. Como não ocorre transmissão de pessoa para pessoa, não há necessidade de isolamento dos pacientes.


             Chicungunha ou catolotolo é um arbovírus, do gênero Alphavirus (Togaviridae), que é transmitido aos seres humanos por mosquitos do gênero Aedes. Até recentemente havia sido detectado somente na África, onde estava restrito a um ciclo silvestre (Jupp & Kemp 1996, Diallo et al. 1999), e na Ásia e na Índia onde sua transmissão era principalmente urbana, envolvendo os vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus. Casos da doença causada pelo vírus, a febre chicungunha, foram detectados no Brasil pela primeira vez em Agosto de 2010.

            O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante. A mortalidade em menores de um ano é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas.


Etimologia

             Chicungunha é um aportuguesamento de chikungunya, o nome da doença na língua maconde, um dos idiomas oficiais da Tanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença em 1953. O termo provém da raíz verbal kungunyala, e significa "tornar-se dobrado ou contorcido", em referência à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas intensas dores articulares e musculares, características da doença. Em Angola (África) a doença é popularmente conhecida por catolotolo, palavra proveniente do quimbundo katolotolu, derivação do verbo kutolojoka ("ficar alquebrado").

               



Onde foi detectado o vírus

                Casos da febre chicungunha foram relatados na Tailândia (em 1953), Indonésia, Taiwan, Singapura, Malásia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Quénia (em 2004), Comores (em 2005), Mayotte, Seychelles, Maurícia, Reunião (2005-2006) e Índia (2006), e, em menor intensidade, na Itália, Martinica, Guadalupe, Guiana Francesa, Estados Unidos5 e Brasil (em 2010) . Os casos confirmados no Brasil referem-se a dois pacientes do sexo masculino (de 41 e 55 anos, em São Paulo) que apresentaram os sintomas depois de uma viagem à Indonésia. A terceira paciente, uma paulista de 25 anos, esteve na Índia.1

                 

         

         Em Junho de 2014 foram confirmados seis casos no Brasil de soldados que retornaram de uma missão no Haiti. 11 Segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde, porém, no dia 15 de outubro de 2014, foram confirmados 337 casos no país, sendo 274 apenas na cidade de Feira de Santana, na Bahia.



            Um surto de chicungunha foi relatado em 2006 em Andhra Pradesh (Índia), mesma época em que casos alóctones foram relatados em diversos países europeus.12 A existência de grandes cidades densamente povoadas onde existam os insetos vetores da doença, bem como o aumento do número de viagens entre países e intercontinentais facilitam sobremaneira a disseminação do vírus.


Vetores e transmissão

      A transmissão do vírus da chicungunha (CHIKV) é feita através da picada de insetos-vetores do gênero Aedes, principalmente pelo Aedes aegypti. O Aedes albopictus, à parte a sua predileção pelo ambiente silvestre, também é considerado vetor da doença. Embora a transmissão direta entre humanos não esteja demonstrada, há de se considerar a possibilidade da transmissão in utero da mãe para o feto.


Principais sintomas

     Os sintomas da febre chicungunha são característicos de uma virose, e portanto, inespecíficos. Os sintomas iniciais são febre acima de 39º, de início repentino, dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dores de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. O diagnóstico diferencial com a febre hemorrágica da dengue é extremamente importante, razão pela qual, ao aparecimento dos sintomas é fundamental buscar socorro médico.


       É interessante ressaltar que, diferentemente da dengue, por exemplo, doença viral transmitida pelos mesmo vetores, uma parte dos indivíduos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre 6 meses e 1 ano. “Há casos de pacientes que não conseguem escrever”, diz o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho.


          De acordo com Jaime Rocha, infectologista especializado em Medicina do Viajante, o chicungunha é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. “É uma doença parecida com a dengue, inclusive nos sintomas: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. A grande diferença está no seu acometimento das articulações, já que o vírus chikungunya avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local”, revela o médico.
        Rocha afirma que a melhor forma de se prevenir contra a febre chikungunya é evitando a proliferação do mosquito Aedes aegypti, bem como se protegendo das picadas com o uso de repelentes e telas nas janelas.


        O Ministério da Saúde informa que foram registrados dois casos da febre Chikungunya em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre transmissão da doença. 

PROXIMAS AÇOES

        Será feita ainda um Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), em outubro, para identificação das áreas infestadas pelo Aedes aegypti e albopictus.  O Ministério também promoverá reuniões macrorregionais de mobilização das secretarias estaduais e municipais de saúde para o combate à dengue e Chikungunya, no período de 24 a 28 de novembro.

             EUA concluem primeira fase de estudo de vacina contra chikungunya.

        Pesquisa, ainda inicial, sugere que método é seguro e pode proteger contra a doença, provocada por vírus "primo da dengue"

           Testes clínicos iniciais feitos com uma vacina contra a chikungunya apontam que o método parece ser seguro e eficaz em proteger contra a doença, que é transmitida por um vírus e provoca sintomas semelhantes aos da dengue. A imunização vem sendo desenvolvida pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Não existe uma vacina contra a chikungunya atualmente, mas há algumas em fases de testes. A desenvolvida pelo NIH é composta por partículas do vírus da doença que não são capazes de provocar uma infecção, porque não contêm material genético do microrganismo. Ao entrar em contato com tais partículas, o sistema imunológico do paciente desencadeia uma reação parecida com a que aconteceria se ele fosse infectado de fato. Com isso, o seu corpo fica mais fortalecido para combater um possível contágio.


           Essa é a primeira etapa clínica dos testes da vacina, que, até então, havia sido testada somente em macacos. A fase inicial de um estudo clínico é feita para analisar a segurança e a tolerabilidade de uma substância, mas já dá pistas sobre a sua eficácia.

        Apesar disso, vacinas são as estratégias com maior custo-efetividade para a prevenção de doenças. Por isso, dada a carga dos surtos de chikungunya em determinadas regiões, o desenvolvimento dessa vacina deve ser encorajado.

  



  


  


         




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Fonte: SBI





Fotos: Arq.Felixfilmes


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