quarta-feira, 8 de abril de 2015

PRESERVATIVO NÃO PROTEGE CONTRA O HPV SÓ A VACINA


          Fizemos uma pesquisa de opinião em vários locais de Recife - PE e em outras cidades de Pernambuco, já recebemos e-mails de outras cidades do Brasil e, constatamos uma triste realidade no contexto FALTA DE INFORMAÇÃO em relação à vacina contra o HPV. Ouvimos o seguinte: " - Sou diretora da escola e disse pra meninas ( fiquem tranquilas que ja reservei uma UTI móvel, podem ir tomar a vacina )." .."- Já disse pra minha filha que não vai tirar a roupa pra ninguém vacinar de jeito nenhum ! " .... " - Não deixo minha filha tomar esta tal vacina porque a vizinha foi internada e quase morreu, Deus me livre ! "...." Minha filha desmaiou na primeira  e agora nao vai tomar a segunda de jeito nenhum, vai que ela morre ? deixo não ! "..." E quem foi que disse que minha filha virgem precisa desta vacina? Isto é pra quem já se perdeu.! "..." Minha filha tomar isto na frente dos outros ?  O que o povo irá pensar? Não ! ela não vai tomar nenhuma pra ficar por ai falada ! Nem pensar ! "....E muitas outras pérolas do conhecimento. Bem apesar de parecer engraçados os termos, mas a situação é gravíssima.
       Portanto, vamos agora falar um pouco sobre o câncer em geral, que existe mais de 100 tipos catalogados.


O QUE É CÂNCER ?

       Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm como ponto em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos.

Câncer no Brasil

      Segundo estimativas do INCA, cerca de 580 mil casos novos da doença são esperados para 2015. A Estimativa 2015 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada no ano passado, detalha ainda os cânceres mais incidentes na população brasileira no próximo ano serão pele não melanoma (182 mil), próstata (69 mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago (20 mil). Ao todo estão relacionados na publicação os 19 tipos de câncer mais incidentes, sendo 14 na população masculina e 17 na feminina. Excetuando-se pele não melanoma, a ocorrência será de 394.450 novos casos, sendo 52% em homens e 48,% entre as mulheres.

       O número de casos novos para cada tipo de câncer foi calculado com base nas taxas de mortalidade dos estados e capitais brasileiras (Sistema de Informação Sobre Mortalidade - SIM). A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma projeção de 27 milhões de novos casos de câncer para o ano de 2030 em todo o mundo, e 17 milhões de mortes pela doença. Os países em desenvolvimento serão os mais afetados, entre eles o Brasil.


Os quatros mitos utilizados na campanha do
Dia Mundial de Combate ao Câncer 2015

     Como ocorre todos os anos no dia 4 de fevereiro, o mundo e, especialmente as instituições de saúde oncológicas, mobilizam-se para realizar uma campanha e disseminar informações sobre câncer nas regiões em que são afetadas. Sempre com um foco na Declaração Mundial do Câncer , o slogan principal da campanha é “Derrube os Mitos”.

    Por ser uma doença complexa, existe uma disseminação enorme de conceitos equivocados sobre a doença. Entre os grandes mitos criados em torno do câncer, existem quatro deles que foram selecionados como os principais por atrapalhar o tratamento, a prevenção e o diagnóstico precoce da doença:

Mito 1: Não é necessário falar sobre câncer

Realidade: Apesar do câncer se um tópico difícil de abordar, em particular em algumas culturas e condições, afrontar a doença abertamente pode melhorar os resultados a nível individual, comunitário, e de políticas públicas.

Mito 2: Não há sinais ou sintomas de câncer

Realidade: Para muitos tipos de canceres, há sinais de alerta e sintomas e os benefícios de um diagnóstico precoce são indiscutíveis.

Mito 3: Não há nada que eu possa fazer sobre câncer

Realidade: Há muito o que fazer a nível individual, comunitário e político e, com a estratégia correta, um terço dos canceres mais comuns podem ser prevenidos.

Mito 4: Eu não tenho direito a tratamento de câncer

Realidade: Todos tem o direito a acesso a tratamentos efetivos contra o câncer em igualdade de condições, sem sofrer dificuldades.


VACINA CONTRA HPV

       HPV é a abreviatura de “human papilomavirus”, o que significa papilomavirus humano também conhecido como virus hpv, hpv virus, condiloma acuminado, verruga genital, genital warts, crista de galo, cavalo, cavalo de crista, couve-flor, jacaré e jacaré de crista. Os HPVs possuem predileção por tecidos de revestimento (pele e mucosas) e provocam na região infectada alterações localizadas que resultam no aparecimento de lesões decorrentes do crescimento celular (células) irregular. Estas lesões são denominadas verrugas ou popularmente conhecidas como “crista de galo”.

       Conhecida desde a antiguidade, as infecções genitais pelo HPV chamaram atenção a partir da década de 80, quando se identificou a correlação destas lesões como câncer de colo uterino. Mais de 150 tipos até o momento foram identificados, dos quais apenas 35 tipos podem infectar a região anogenital feminina e masculina.

O HPV é um vírus universal, que não tem preferências, quer seja quanto ao sexo, idade, raça, localização.

     Pode se instalar em qualquer região do corpo, bastando haver uma porta de entrada através de micro-abrasões (micro-traumas) da pele ou mucosa. Já se detectou o vírus não só na região genital, mas também extragenital como olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, reto e uretra. E ainda, sua presença foi encontrada no líquido amniótico (líquido que envolve o feto na vida intra-uterina).

     O sintoma mais comum da infecção pelo HPV é a presença de verrugas nos homens, mulheres, adultos e crianças e podem acometer, região genital, anal, oral.

     No Brasil, na região Nordeste, em especial Recife, temos um maior índice de HPV e câncer de colo uterino.

     Nos três primeiros meses de vacinação da primeira dose, iniciada em março de 2014, mais de 4,1 milhões de meninas foram imunizadas no País. A segunda dose deve ser tomada seis meses após a primeira, e a terceira dose da vacina, após cinco anos.
    A vacina começou a fazer parte do calendário de vacinação de 2014 para todas as meninas que completam 11 anos e a partir de 2016, deverá ser disponibilizada para as meninas a partir de 9 anos.
     O HPV é um dos principais responsáveis pelo câncer de colo do útero, terceiro tipo de câncer que mais mata as mulheres no Brasil.
  Segundo o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o papilomavírus humano é um dos mais contamináveis do mundo e cerca de 30% das meninas de 11 a 13 anos já tiveram o contato com o vírus mesmo sem ter tido uma relação sexual completa, por isso a importância de fornecer a vacina para essa faixa etária.
“Baseado em dados populacionais, essa é a melhor idade que a vacina produz a maior resposta imunológica. Não estamos aqui pra dizer a idade que a criança vai começar a relação sexual, isso é outra discussão”, enfatiza o secretário.
   As vacinas serão disponibilizadas em unidades de saúde e nas escolas públicas e particulares.
     Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a segunda dose é fundamental para garantir a proteção da mulher. “Sem a segunda dose não há segurança nenhuma que a menina está protegida”, afirmou Chioro. “As meninas que não tinham 11 anos em março e não fizeram a primeira dose, devem fazê-la agora”.
    A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 4,94 milhões de meninas em 2015, que, junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, podem ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero.

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Redação: Marcos Felix ( agente de saúde - Recife - PE )






Fotos: Arq.Felixfilmes






Fonte: VÍRUS HPV-MS





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