Into lança alerta sobre o risco de trombose
Doença ocorre com maior frequência depois de cirurgias das áreas ortopédica e oncológica
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) intensificou as ações de prevenção à trombose entre o público em geral. A doença, que pode ser causada pelo entupimento de veias geralmente depois de cirurgia, corte ou mesmo pela falta de movimento, foi rastreada pelo Into entre pacientes que haviam saído da internação pós-procedimento cirúrgico. Do total de 7.560 cirurgias realizadas no ano passado, 151 dos pacientes retornaram ao Into em decorrência de trombose – ou seja, 2%.
Para frear o aumento de casos, especialistas do Into lançaram um alerta para que os pacientes cumpram à risca todas as prescrições médicas depois de voltar para casa. O material educativo começou a ser distribuído neste mês de agosto para o público que circula diariamente pelo Instituto – 10 mil pessoas, entre pacientes, acompanhantes, visitantes e funcionários. Depois de cruzar os dados das internações e rastrear o problema, o Into realizou em julho uma campanha de conscientização e preparou o corpo funcional para tratar com ainda mais ênfase o assunto entre pacientes e acompanhantes durante a internação.
“Trombose venosa é um problema infelizmente frequente depois de cirurgias ortopédicas e oncológicas, em especial. Por isso, é fundamental que os pacientes cumpram a prescrição de medicamentos mesmo que seja por longos períodos”, alerta o diretor do Into, João Matheus Guimarães. “As orientações sobre a prática de exercícios também devem ser todos os dias observadas para agilizar ao máximo a recuperação pós-cirúrgica e evitar a doença”.
Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são o principal foco de preocupações do especialista. Essas três subespecialidades cirúrgicas corresponderam a 80% dos casos verificados no ano passado em pacientes que retornaram ao Into depois de operados. O percentual de ocorrência de trombose foi de 4,7% em pacientes submetidos a cirurgia de joelho, de 2,9% nos casos de cirurgia de trauma e de 2,8% nos de cirurgia de quadril. O rastreamento e ações de prevenção à trombose integram o Programa Nacional de Segurança do Paciente.
A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço. Às vezes coágulos podem se soltar, viajando pelo sangue até ‘encalhar’ no pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar. Essa condição, que provoca uma súbita falta de ar, pode ser bastante grave e exige atendimento imediato.
COMO PREVENIR:
Manter-se em movimento, se possível, fazer atividades físicas rotineiramente.
Ingerir bastante líquido.
Procure sempre tirar dúvidas em relação a este assunto com um profissional de saúde.
Caso você tenha que fazer algum tratamento ou tomar algum medicamento, como prevenção de trombose, não fique com dúvidas e pergunte sempre.
OS PRINCIPAIS SINTOMAS DO PACIENTE QUE DESENVOLVE COÁGULO SANGUÍNEO:
Uma dor diferente da dor da cirurgia
Vermelhidão ao longo da perna (que aparece de repente ou inchaço que está piorando)
Inchaço na perna (que apareceu de repente ou inchaço que está piorando)
Aumento da temperatura (calor) da perna que está doendo
Respiração curta e rápida e palpitações, podendo acontecer algum desmaio
Tosse com sangue
Dor no peito ou nas costas (que não é comum)
O QUE PODE REDUZIR OS RISCOS:
Evitar o aumento do peso corporal
Movimentar-se ao máximo no dia, respeitando as limitações orientadas pela equipe de saúde
Realizar exercícios recomendados pela equipe de saúde
Parar de fumar
Ingerir líquidos (cerca de 2 litros/dia)
Seguir à risca as instruções dadas sobre a medicação preventiva
A doença se dá pela formação de coágulos nas veias da perna, conhecida como trombose venosa profunda, e no coração, chamada de fibrilação atrial. Segundo Salo Buksman, médico do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), a trombose venosa ocorre com muita frequência no pós-operatório de cirurgias ortopédicas e também em situações de câncer. “São coágulos que se formam em veias das pernas, que têm o risco de se soltar e encalhar no pulmão, provocando um quadro de embolia pulmonar, que é potencialmente letal”, explica.
A doença também pode causar sérios danos ao coração: “É que existe uma arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial, que provoca formação de coágulos dentro do coração, que podem se soltar e provocar um acidente vascular cerebral ou uma gangrena”, completa Salo.
Causas
Os coágulos de sangue podem se formar quando algo retarda ou altera o fluxo de sangue nas veias. Os fatores de risco incluem:
Após um cateter de marcapasso ter sido passado através da veia na virilha
Repouso absoluto (ficar sentado por muito tempo)
Hábito de fumar
Histórico familiar de coágulos sanguíneos
Fraturas na pélvis ou nas pernas
Parto nos últimos 6 meses
Insuficiência cardíaca
Obesidade
Cirurgia recente (especialmente cirurgia de quadril, joelho ou cirurgia pélvica feminina)
Glóbulos sanguíneos em excesso sendo produzidos pela medula óssea (policitemia vera), tornando o sangue mais denso e lento do que o normal
Tratamento
Além dos medicamentos recomendados pelos médicos, indicados para quem tem algum fator de risco, a população em geral também deve tomar algumas medidas preventivas durante voos prolongados para evitar o problema.
“Evitar a bebida alcoólica, porque provoca a desidratação, que favorece a trombose. Pelo contrário, procurar ingerir bastante água, sucos, refrigerantes, para ficar hidratado, com isso a pessoa vai mais ao banheiro e essa movimentação ajuda a fazer a circulação de sangue pelas veias. São medidas, além do remédio, que podem atenuar os riscos”, afirma Buskman.
Trombose pode ser evitada com alimentos que melhoram circulação
A trombose, causada pela formação de trombos no coração ou em vasos sanguíneos, pode ser evitada com a ingestão regular de alimentos que melhoram a circulação.
Os ricos em vitamina C (como frutas cítricas e vermelhas) e flavonóides (frutas vermelhas, cebola roxa) são indicados para evitar a formação de trombos. Eles funcionam como antioxidante e fortalecem as paredes dos vasos, com a redução da fragilidade e do extravasamento do sangue. Peixes de água fria, linhaça e chia contém ômega-3 são opções porque evitam a formação de coágulos e aumentam a fluidez sanguínea. O ban-chá (chá verde) também é indicado.
Segundo especialistas, pessoas com mais de 40 anos estão mais susceptíveis a ter uma trombose e o grupo de risco da enfermidade é formado por mulheres que utilizam pílulas anticoncepcionais, ou tem histórico familiar da doença, ou que fez abortos recorrentes, teve eclampsia (convulsões na gravidez), ou mesmo obesidade, tabagismo e alcoolistas.
O tratamento da trombose adequado deve ser prescrito por um médico e muitas vezes com o uso de medicamentos. É aconselhável também evitar alimentos ricos em vitamina K que alteram o sistema de coagulação. Estão nessa lista, vegetais verdes escuros e miúdos, que devem ser ingeridos com cautela. Sal e alimentos embutidos, ricos em sódio (sal), precisam também ser evitados porque comprometem a circulação sanguínea.
Fonte: Portal da Saúde - MS
Imagens e redaçao: Divisão de Comunicação deste blog.
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