quarta-feira, 18 de novembro de 2015

MICROCEFALIA NO BRASIL



IOC/Fiocruz identifica a presença de Zika vírus em dois casos de microcefalia

      O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Flavivírus, concluiu diagnósticos laboratoriais que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras relativas a duas gestantes do estado da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia, conforme publicado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (17/11). O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso das técnicas de RT-PCR convencional e de RT-PCR em tempo real. Os resultados obtidos foram reconfirmados através da técnica de sequenciamento parcial do genoma viral detectado nas amostras. Foi detectado o genótipo asiático – são conhecidos dois genótipos do vírus Zika, os genótipos asiático e africano. Os resultados foram comunicados ao Ministério da Saúde. Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar diretamente, de forma causal, a infecção pelo virus Zika com a microcefalia. Tal entendimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério da Saúde e outras instituições de saúde que investigam as causas de microcefalia no país.

      A descoberta da presença do vírus não é suficiente para estabelecer uma relação causal entre o vírus Zika e os casos de microcefalia nestas gestantes, porém traz dados novos que são relevantes para o esforço de esclarecimento dos casos. Tendo em vista o aumento na notificação de casos de microcefalia, o Ministério da Saúde decretou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, no dia 11 de novembro.

        Historicamente, o IOC atua na resposta a temas relevantes em saúde pública por meio da geração de dados científicos sobre desafios emergentes. Exemplo desta atuação pautada nas questões de saúde do país, o próprio Laboratório de Flavivírus foi criado a partir da ação pioneira do Instituto no estudo da dengue, ainda nos anos 1980.

MICROCEFALIA
Ministério da Saúde divulga boletim epidemiológico

      O Ministério da Saúde divulga nesta terça-feira (17) o primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia, cujo aumento do número de casos no país tem sido monitorado e investigado pela pasta. Até o momento, foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete estados da região Nordeste.

   O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), primeiro estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).

     A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.

    Além deste apoio, nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde enviou a todas as secretarias estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas informações serão constantemente atualizadas.

     Ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos sete estados. Todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas pelo Ministério da Saúde e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento.

     A Fiocruz, que participa das investigações, notificou nesta terça-feira (17) que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.

    Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia. Tal esclarecimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério e outras instituições envolvidas na investigação das causas de microcefalia no país.

    O Ministério da Saúde está tratando deste assunto com a prioridade e responsabilidade que o tema exige, dando transparência aos dados e às informações, com previsão de divulgação semanal do boletim epidemiológico da doença.

    Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.

     Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento. O fato já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.

       Aos gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário online que, a partir desta quarta-feira (18), estará disponível a todas as secretarias de saúde.

    Sobre as gestantes, é importante que elas mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.

     É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

       A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
MICROCEFALIA


Ministério da orientações às gestantes sobre os casos de microcefalia

Sobre os casos de microcefalia na região Nordeste, o Ministério da Saúde orienta às gestantes:

1 -Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;

2 - Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;

3 - Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;

4 - Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;

5 - Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipentes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);

6 - Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas,  usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes;

Até que se esclareçam as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Nessa consulta, devem avaliar as informações e riscos de sua gravidez para tomar a sua decisão.

Não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. As informações estão sendo divulgadas conforme o andamento das investigações. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família.

O Ministério da Saúde, em completa parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, continuará recebendo as ocorrências, dando apoio técnico e mantendo ativo o COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública), para o estudo, a investigação e a definição do agente causador do aumento da ocorrência de microcefalia.



O QUE É MICROCEFALIA


O que é Microcefalia?
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça da pessoa é significativamente menor do que a de outros da mesma idade e sexo. Microcefalia normalmente é diagnosticada no começo da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.

Crianças com microcefalia tem problemas de desenvolvimento. Não há tratamentos para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida. A microcefalia pode ser causada por uma série de problemas genéticos ou ambientais.

Causas
Microcefalia é o resultado de um crescimento anormal do cérebro que pode ocorrer no útero ou na infância. Microcefalia pode ser genética. Algumas outras causas são:

Malformações do sistema nervoso central
Diminuição do oxigênio para o cérebro fetal: algumas complicações na gravidez ou parto podem diminuir a oxigenação para o cérebro do bebê
Exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez
Desnutrição grave na gestação
Fenilcetonúria materna
Rubéola congênita na gravidez
Toxoplasmose congênita na gravidez
Infecção congênita por citomegalovírus.
Doenças genéticas que causam a microcefalia podem ser:

Síndrome de Down
Síndrome de Cornelia de Lange
Síndrome Cri du chat
Síndrome de Rubinstein - Taybi
Síndrome de Seckel
Síndrome de Smith-Lemli–Opitz
Síndrome de Edwards.
    A microcefalia normalmente é detectada pelo médico nos primeiros exames após o nascimento em um check-up regular. Contudo, caso você suspeite que a cabeça de seu bebê é menor do que a de outros da mesma idade ou não está crescendo como deveria, fale com seu médico.




Riscos da toxoplasmose durante a gravidez



      Uma mulher grávida pode tomar precauções que as ajudem a reduzir a probabilidade de contrair a toxoplasmose. Uma das primeiras providências é cuidar do seu contato com gatos. Os gatos são os grandes hospedeiros do parasita que provoca a infecção e potenciais transmissores da doença.

       O gato infectado transmite a doença através de suas fezes. No entanto, se tomarem cuidados especiais, os gatos não representarão perigo algum. Tenha muito cuidado com a alimentação dos gatos.



O consumo de carne crua ou mal cozida, de aves, peixes, répteis e outros mamíferos, não é aconselhável porque pode hospedar o parasita da doença. Quando o gato come uma carne contaminada, contrai a doença. Os parasitas de suas fezes podem ser levados pelo vento e podem chegar a ser depositados em frutas, verduras e legumes. Por isso, a transmissão da toxoplasmose pode ser feita também pelo consumo de frutas, verduras, e legumes mal lavados. Em razão disso, é aconselhável que antes de consumir esses alimentos, devemos lavá-los muito bem. Se tiver gato em casa, escolha uma alimentação com ração, e que o gato saia o menos possível da casa.

As mulheres grávidas devem evitar a limpeza das caixas onde depositam as fezes dos gatos, fazer trabalhos de jardinagem sem luvas, devem beber leite pasteurizado, e lavar bem as mãos ao manipular carnes e vegetais crus.



Diagnóstico de Microcefalia
A microcefalia é diagnosticada por meio do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do bebê. O médico irá colocar uma fita métrica em torno da cabeça do bebê e marcar seu tamanho. Esta medida e também o tamanho da criança serão feitas durante os primeiros anos de vida do bebê e comparadas com uma tabela padronizada a fim de determinar se a criança tem microcefalia.
O médico também pode solicitar exames como: tomografia computadorizada da cabeça, ressonância magnética e exames de sangue para ajudar a determinar a causa da microcefalia.

Prevenção
Se a causa da microcefalia for genética é possível preveni-la. Consulte um geneticista antes de ter um outro filho. Fazer o pré-natal adequado e evitar o álcool e as drogas durante a gestação são atitudes importantes para prevenir a microcefalia.

Complicações possíveis
A criança com microcefalia pode ter outros problemas como:

Retardo mental
Atraso nas funções motoras e de fala
Distorções faciais
Nanismo ou baixa estatura
Hiperatividade
Epilepsia
Dificuldades de coordenação e equilíbrio
Alterações neurológicas.
Algumas crianças com microcefalia terão a inteligência normal.


Perguntas e respostas – Microcefalia
- O que é a microcefalia?
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro
não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico
(PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.
- Quais as causas desta condição?
Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as
substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
- A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem
familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da
sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o
desenvolvimento e a qualidade de vida.
- Como é feito o diagnóstico?
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser
feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar
busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Por isso, é importante que os profissionais de
saúde fiquem sensíveis para notificar os casos de microcefalia no registro da doença no Sistema
de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
- Qual o tratamento para a microcefalia?
Dependendo do tipo de microcefalia, é possível corrigir a anomalia por meio de cirurgia.
Geralmente, as crianças, como já informado, precisam de acompanhamento após o primeiro ano
de vida. Nos casos de microcefalia óssea existem tratamentos que propiciam um desenvolvimento
normal do cérebro.
- Quais estados estão apontando crescimento de casos de microcefalia acima da
média?
O Ministério da Saúde está os casos de microcefalia em Pernambuco, estado que tem
apresentado aumento de casos da doença, classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como situação inusitada em termos de saúde. Temos recebido relatos de profissionais de saúde
sobre o mesmo corrido nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Todas essas suspeitas
estão sendo investigadas e todos esses locais contam com a atuação de profissionais de saúde do
ministério.
- Há registro de ‘surtos’ de microcefalia em outros países?
Por enquanto, não há relatos na literatura cientifica e nem casos registrados em outros países da
associação do zika vírus com a microcefalia. No entanto, nenhuma hipótese está sendo
descartada. 
- Que exames estão sendo realizados nas crianças e nas gestantes dos estados (PE,
RN e PB) que já notificaram o Ministério da Saúde?
A partir dos casos identificados em Pernambuco, como já informado, estão sendo realizadas
investigações epidemiológicas de campo, tais como: revisão de prontuários e outros registros de
atendimento médico da gestante e do recém-nascido. Também estão sendo feitas entrevistas
com as mães por meio de questionário. Os casos seguem para investigação laboratorial e exames
de imagem como a tomografia computadorizada de crânio.
- Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde?
Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não
prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames
previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que
perceberem durante a gestação. Além disso, é importante que os profissionais de saúde estejam
atentos à avaliação cuidadosa do perímetro cerebral e à idade gestacional, assim como à

notificação de casos suspeitos de microcefalia no registro de nascimento no Sinasc.




Fonte: Ministerio da Saúde










Redação e imagens: Divisão de Comunicação deste blog.











Nenhum comentário:

Postar um comentário