terça-feira, 6 de março de 2018

A REVOLUÇÃO DE 1817 - DATA MAGNA EM PERNAMBUCO



     A Data Magna do Estado de Pernambuco – 6 de março, dia da Revolução Pernambucana de 1817 –, foi estabelecida por iniciativa da Assembléia Legislativa de Pernambuco por intermédio da Lei nº 13.386, no dia 24 de dezembro de 2007. O Projeto de Lei, de autoria da deputada Terezinha Nunes, tem como objetivo evocar e homenagear os heróis da Revolução, proporcionar aos pernambucanos um maior conhecimento da sua história e reafirmar o amor pelo seu Estado.

Data Magna
     Em 2007, o dia 6 de março foi declarado a Data Magna de Pernambuco, em virtude da Revolução Pernambucana.
   Em 2009, o Governo de Pernambuco aprovou outra lei, alterando a Data Magna do Estado para o primeiro domingo de março.
   Em 2017, por ocasião do bicentenário da Revolução Pernambucana, o Governo de Pernambuco aprovou uma nova lei, alterando novamente a Data Magna do Estado para 6 de março e reinstituindo assim o dia como feriado civil.

Bandeira de Pernambuco em 1817
com três estrelas representando
os estados envolvidos no movimento
de independência do Brasil
( PE - PB - RN)

Um pouco de história


     Em 1808 com a vinda da família real para o Rio de Janeiro, devido a invasão napoleônica, e em 1810 com a abertura dos portos no Brasil, o comércio português sofreu uma séria mudança, alterando toda a sua conjuntura. A liberação do comércio permitiu a multiplicação de relações comerciais entre o Nordeste brasileiro e outras nações. 
Por Pernambuco ser a capitania mais lucrativa, foi a mais solicitada no pagamento de impostos. Muitos desses impostos tornaram-se impopulares, como o caso da tributação sobre os produtos comercializados, principalmente os alimentos e para custear os gastos extravagantes da Corte, já situada no Rio de Janeiro.

Dentre as suas causas, destacam-se:

   A influência das ideias iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas, o absolutismo monárquico português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém-chegados ao Brasil
   Grande seca que havia atingido a região em 1816 acentuando a fome e a miséria e ocasionando uma queda na produção do açúcar e do algodão, produtos que eram a base da economia de Pernambuco e que começaram a sofrer concorrência do algodão nos Estados Unidos e do açúcar na Jamaica;
    Influências externas com a divulgação das ideias liberais e iluministas, que estimularam as camadas populares de Pernambuco na organização do movimento de 1817;
   A crescente pressão dos abolicionistas da Europa que vinha criando restrições gradativas ao tráfico de escravos, mão de obra que se tornava cada vez mais cara e que era o motor de toda a economia agrária pernambucana.

      Em 1817, aconteceu a revolução pernambucana. Os revoltosos queriam proclamar a República e com isso acabar com o sistema de governo existente.

Vários fatores causaram a revolução:

1- Os Gastos da Corte no RJ

      Vieram juntamente com a Família Real cerca de 15000 pessoas que eram sustentadas pelo governo. A maioria (nobres e funcionários do governo português) passou a ocupar os principais postos na administração (tinham esses cargos somente para receber pagamentos).

Havia também os gastos com comidas, roupas, festas, etc.

       O governador de Pernambuco era obrigado a enviar grandes somas de dinheiro para o Rio de Janeiro e com isso, atrasava o salário dos soldados causando um descontentamento geral no povo brasileiro.

2- Rivalidade entre Brasileiros e Portugueses

A mudança da Corte para o Rio de Janeiro deixou Portugal arruinado, pois o país perdeu o monopólio sobre o comércio colonial e passou a ser dependente da Inglaterra. Por causa disso, muitos portugueses vieram para o Brasil para tentar uma vida melhor.

Começaram a trabalhar em vários lugares (repartições públicas, casas comerciais, indústrias) tirando o lugar de muitos brasileiros.

3- Influência da Independência dos EUA

Vários países da América queriam seguir o exemplo dos americanos.

4- Influência da Revolução Francesa

Os ideais da Revolução Francesa influenciaram muitas nações.

5- Colônias Espanholas

Algumas Colônias Espanholas eram independentes


     A revolta começou quando um soldado matou um português durante as festas comemorativas da expulsão dos holandeses.


Os revoltosos tomaram Recife e libertaram os presos políticos. O governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro fugiu para o Rio de Janeiro.


Os líderes da rebelião chamavam-se: Domingos José Martins, José de Barros Martins (tinha o apelido de “Leão Coroado”), João Ribeiro e Miguelinho (esses dois últimos eram padres).

Em Recife os revoltosos organizaram um governo provisório que tinha representantes do clero, do comércio, do exército, da justiça e dos fazendeiros.

Medidas Tomadas 
- Abolição dos impostos
- Liberdade de imprensa

O novo governo seria republicano.

Ao tomar conhecimento da revolta, Dom João enviou a Pernambuco vários soldados para retomar a cidade.

    Enquanto o porto de Recife era bloqueado, tropas baianas atacavam por terra. Apesar de lutarem, os rebeldes foram cercados e derrotados, mas muitos fugiram para o interior.


Os principais líderes foram julgados e condenados à morte. O padre João Ribeiro suicidou-se.

A repressão só diminuiu em 1818, quando Dom João foi coroado rei.

     A violência contra os pernambucanos aumentou ainda mais a revolta dos brasileiros que desejavam, mais do que tudo, ser independente de Portugal (leia: independência do Brasil).

    A revolução em Pernambuco não foi a primeira nem a última revolta, várias outras ainda estavam por vir, inclusive em Pernambuco.

    A Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, foi um movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817 na então Capitania de Pernambuco, no Brasil.

Alguns ilustres neste momento da revolução

Cruz Cabugá

    Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá foi revolucionário Brasileiro. Foi presidente do Erário do governo revolucionário de Pernambuco. Foi nomeado Cônsul Geral do Brasil na Bolívia, no período regencial.

     Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá nasceu no Recife, Pernambuco, na segunda metade do século XVIII. Estabelecido com um comércio, mantinha um grande círculo de amizades, tanto na cidade onde morava, como em um sítio que possuía na localidade de Manguinhos. Eram frequentes as festas realizadas em sua residência, para aliciar adeptos para a Maçonaria.

     Em 1817, eclodiu a Revolução pernambucana, deflagrada contra a opressão da corte portuguesa, com a cobrança de elevados impostos. Depois de controlar a cidade, trataram os revolucionário de consolidar e organizar a república. Os oficiais desfizeram-se das insígnas portuguesas e ocuparam a praça do Erário, onde estavam depositados seiscentos contos de reis. Para presidir o Erário, foi nomeado o comerciante Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá.

      O governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, foi deposto e foi convocada uma eleição para a constituição do novo governo, que depois de formado, passou a se comunicar com o interior, com as capitais vizinhas e com o exterior. Assim, buscando o reconhecimento do governo da república, seguiu para os Estados Unidos o comerciante Cruz Cabugá.

     Sua missão nos Estados Unidos, seria, além do reconhecimento, adquirir armas e munições para combater as tropas do rei Dom João VI e também contratar oficiais franceses do antigo exército napoleônico que estivessem na América do Norte, a espera de emprego e oportunidade.

     Do governo americano conseguiu o compromisso de que, enquanto durasse a revolução, os Estados Unidos liberaria a entrada de navios pernambucanos em águas americanas e receberia exilados, caso a rebelião fracassasse.

   Temeroso das represálias e castigos que poderiam cair sobre ele, ficou nos Estados Unidos. Os soldados recrutados quando chegaram ao Brasil foram presos antes de desembarcarem. Cruz Cabugá teve seus bens confiscados.

     Apesar da adesão de vários Estados, a revolução Pernambucana de cunho republicano e federativo, fracassou. Em 1821, com o perdão real, Cruz Cabugá voltou ao Brasil, pode reaver os seus bens e retomar suas atividades. Em 1831 foi nomeado cônsul geral do Brasil na Bolívia, onde faleceu em 1833.
Barbara Alencar

        Bárbara Pereira de Alencar (Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu, 11 de fevereiro de 1760 — Fronteiras, 18 de agosto de 1832) foi uma comerciante e ativista política brasileira. Primeira presa política do Brasil, é considerada uma heroína da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador.


      Bárbara de Alencar era mãe dos também revolucionários José Martiniano Pereira de Alencar e Tristão Gonçalves, e avó do escritor José de Alencar.

     A heroína republicana nasceu na Fazenda Caiçara, pertencente ao patriarca da família Alencar, o português Leonel Alencar Rego, seu avô, e situada na freguesia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu, sertão de Pernambuco. Adolescente, Bárbara se mudou para a então vila do Crato, no Ceará, casando-se com o comerciante português José Gonçalves do Santos.
      No contexto da Revolução Pernambucana de 1817, foi presa e torturada numa das celas da Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. É considerada, portanto, a primeira prisioneira política da História do Brasil.
     Morreu depois de várias peregrinações em fuga da perseguição política em 1832 na cidade piauiense de Fronteiras, mas foi sepultada em Campos Sales, no Ceará. Seu túmulo está em processo de tombamento

Assista a aula sobre
a Revolução de 1817



Resumo em fotos
Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva
irmão de JOSE BONIFÁCIO

Benção das bandeiras
em 1817


GRUPO DE ESCULTURAS
REVOLUCIONÁRIOS PE DE 1817 JUNTO A DIREITA
DO MONUMENTO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL-EM SP

Mapa_de_Alagoas,_c.1903
APOS O DESMEMBRAMENTO
DE ALAGOAS E PERNAMBUCO

PADRE Frei_Caneca
LÍDER DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Que também se envolveu
no movimento.

Recife 1865 apos a
revolução pernambucana 1817






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Fontes:





















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